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Em disputa emocionante, Vergne supera Cassidy e vence primeiro e-Prix de Hyderabad

A briga pela vitória foi bem emocionante, Vergne conseguiu conservar a ponta até a linha de chegada, mesmo após todas as investidas de Cassidy pela vitória

Neste sábado (11) a Fórmula E esteve na Índia para disputar o primeiro ePrix de Hyderabad, a prova foi extremamente movimentada e cheia de muita emoção. Mitch Evans começou a corrida da pole, mas quando ativou o seu primeiro Modo Ataque, perdeu duas posições e não conseguiu recuperar mais. Jean-Éric Vergne e Sébastien Buemi então passaram a lutar pela vitória.

Evans não concluiu a prova, pois foi tocado pelo companheiro de equipe, a Jaguar não conseguiu se quer obter alguns pontos na Índia, depois de uma boa performance dos seus pilotos.

A prova seguiu e a disputa pela vitória mudou, Vergne passou a ser pressionado por Nick Cassidy. A brigada durou até a última volta, mas o piloto da DS Penske levou a melhor e conseguiu cruzar a linha de chegada na primeira posição. Buemi brigou pelo terceiro lugar, mas foi punido com um Drive Through ao final da prova, desta forma caiu para a 15ª posição.

O pódio contou com a participação de Antonio Felix da Costa com a Porsche, que terminou a prova no quarto lugar, mas herdou a terceira posição. Pascal Wehrlein foi o quarto colocado, se aproveitando de uma boa pontuação, enquanto Jake Dennis ficou apenas com o décimo sexto lugar, após ser tocado por René Rast da McLaren.

A prova na Índia contou com vários abandonos e algumas batidas.

Saiba como foi o ePrix de Hyderabad

Antes da corrida, a Fórmula E foi mais uma vez para a pista para definir o grid de largada. O primeiro ePrix de Hyderabad contou com Mitch Evans conquistando a pole, o piloto da Jaguar venceu Jean-Éric Vergne da DS Penske no confronto final. Sébastien Buemi ficou com a terceira posição.

Hughes da McLaren que tem realizado boas classificações e já conquistou a sua primeira pole na categoria, ficou apenas com o vigésimo primeiro lugar, pois o piloto atrapalhou Pascal Werhrlein durante as voltas realizadas com os grupos. Hughes perdeu as suas duas voltas rápidas e foi eliminado da classificação.

Éric-Vergne já mostrava um bom desempenho, principalmente após encerrar o TL2 no segundo lugar, ficando atrás apenas de Sam Bird.

Com a largada autorizada, os pilotos enfrentariam 32 voltas em tempo regular. Evans manteve a liderança, com Vergne conseguindo seguir na primeira posição, mesmo após ser pressionado por Buemi. A largada foi limpa, mas com muita disputa por conta da proximidade dos pilotos. Hughes da McLaren ganhou uma posição pós-largada, para ocupar o vigésimo lugar.

Di Grassi que está correndo na casa na Mahindra, não realizou uma boa classificação, mas já era o décimo sétimo colocado, conquistando duas posições depois que a largada foi autorizada.

Buemi apostava em uma tocada agressiva e tentava se aproximar de Vergne, mas o piloto da Envision estava sendo pressionado por Fenestraz. Mortara começou a perder várias posições no terceiro giro na pista, o seu carro estava com a asa dianteira danificada depois de tocar em Cassidy quando tentava chegar à sexta posição.

Van Der Linde foi o primeiro piloto a acionar o Modo de Ataque, desta forma conseguiu realizar a ultrapassagem em seu companheiro de equipe, Nico Müller.

Na quinta volta, os dez primeiros eram: Evans, Vergne, Buemi, Fenestraz, Guenther, Cassidy, Bird, Rast, Da Costa e Rowland. A curva 14 era sinalizada com uma bandeira amarela por conta dos restos da asa dianteira de Mortara, a direção de prova optou por não usar a Full Course Yeallow para a limpeza daquela sessão da pista.

Entre os primeiros colocados, Evans foi o primeiro a ativar o Modo Ataque. O piloto da Jaguar perdeu a dianteira e neste momento quando Vergne assumiria a liderança da prova, Buemi surpreendeu o piloto da DS Penske e saltou para a ponta realizando a ultrapassagem.

A prova seguiu e na nona volta foi a vez de Buemi ativar o Modo de Ataque e assim Vergne saltar para a ponta, mas o piloto da Envision fez uma ativação tão precisa que conseguiu retornar à frente de Evans. Fenestraz permaneceu na quarta posição.

Instantes depois foi a vez de Vergne apostar em um acionamento de Modo Ataque com duração de apenas um minuto e o piloto francês conseguiu se manter à frente de Evans, mesmo sendo ultrapassado por Buemi.

A prova seguiu bem movimentada para os líderes, mas na sétima posição também acontecia uma disputa entre Cassidy e Rast, principalmente após o piloto da McLaren ter figurado no sétimo lugar. Os brasileiros estavam fora da zona de pontuação, Sette Câmara ocupava o décimo quarto lugar, enquanto Di Grassi era o décimo sexto colocado.

Na volta 14, Fenestraz, Bird, Evans e Guenther se envolveram em um incidente e desta forma despencaram no grid. Evans foi atingido pelo companheiro de equipe na curva do Modo de Ataque, mas com a proximidade dos outros pilotos, eles também foram afetados pelos incidente.

A prova seguiu, pois, nenhum dos competidores ficou parado na pista, os dois carros da Jaguar seguiram para os boxes. Vergne saltou para a liderança na volta 16, ultrapassando Buemi, enquanto Jake Dennis entrava na disputa pelo pódio.

No giro 16 os dez primeiros eram: Vergne, Dennis, Cassidy, Buemi, Rowland, Rast, Da Costa, Nato, Vandoorne e Câmara. Com os abandonos o piloto brasileiro da NIO entrou na zona de pontuação.

Em uma disputa improvável, Dennis  passou a disputar diretamente com Cassidy, com o piloto da Envision saltando para o segundo lugar na volta 18. Por outro lado, Buemi tinha caído para o quarto lugar depois de ter brigado por uma vitória com Vergne e Evans.

Os pilotos tentavam se livrar da utilização do Modo de Ataque, com isso Dennis, Rast, Da Costa e Wehrlein fizeram suas ativações.

A disputa pela vitória se tornou tão intensa, que Buemi ao recuperar o terceiro lugar foi tocado por Dennis na volta 20. Di Grassi era o décimo primeiro colocado com a Mahindra depois de fazer uma boa prova de recuperação. Guenther foi punido com cinco segundos por ter extravasado os limites de pista de forma consecutiva. A mesma punição foi aplicada para Rowland que também extravasou os limites de pista, infelizmente Rowland era o sexto colocado com a Mahindra.

Na volta 23, com o final da prova se aproximando, os dez primeiros eram: Vergne, Cassidy, Buemi, Dennis, Rast, Rowland, Da Costa, Vandoorne, Wehrlein e Di Grassi. Sette Câmara além de ser ultrapassado por Di Grassi na ativação do seu segundo Modo Ataque, também perdeu a posição para Lotterer.

Foi na volta 24 que Hughes acionou a entrada do Safety Car após bater na barreira de contenção ao perder o controle do carro, o piloto entrou na lista de competidores que abandonou a prova.

O Safety Car permaneceu em pista até o momento que o carro do piloto da McLaren foi removido da pista. A bandeira verde foi acionada na volta 26, com Vergne conservando a liderança, acompanhado por Cassidy e Buemi. Rast tocou a traseira do carro de Dennis e assim caiu para a décima sétima posição, abandonando a prova na sequência. O piloto da Andretti passou a perder desempenho e depois de disputar um pódio, caiu para o décimo sexto lugar.

Na volta 27, Vergne era mais pressionado por Cassidy que buscava a vitória. Neste momento da prova os dez primeiros eram: Vergne, Cassidy, Buemi, Rowland, Da Costa, Vandoorne, Wehrlein, Di Grassi, Lotterer e Sette Câmara. Cassidy buscava um traçado alternativo para seguir a sua perseguição pela primeira posição.

O final da corrida foi marcado por vários competidores ainda ativando o Modo de Ataque, como foi o caso de Lotterer, Guenther e Fenestraz. Vergne era alertado com uma bandeira branca e preta por exceder os limites de pista, próximo de uma punição.

Por conta do período de Safety Car, uma volta foi adicionada, a prova passou a contar com 33 voltas. Buemi foi atacado por Da Costa, que ocupava o quarto lugar.

Restando duas voltas para o final, Cassidy ainda estava buscando uma brecha para vencer a corrida. A disputa pela vitória aconteceu até a última volta, principalmente na porcentagem de energia que cada um dos competidores tinha disponível para o final da prova.

Vergne recebeu a bandeira quadriculada na primeira posição, acompanhado por Cassidy e Buemi, na sequência Da Costa ficou com o quarto lugar, acompanhado por seu companheiro de equipe, Wehrlerin. Sette Câmara foi o sexto colocado, enquanto Di Grassi despencou para o décimo quinto lugar – com a punição de Buemi, os dois brasileiros ganharam uma posição cada.

Ao final da prova Buemi era investigado por uso maior de energia, correndo o risco de perder o pódio. O piloto da Envision foi punido com 17 segundos, perdendo o pódio, caindo então para o décimo quinto lugar. Da Costa ficou com o pódio.

Conclusão do primeiro e-Prix da Fórmula E em Hyderabad – Foto: reprodução Fórmula E
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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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