O GP de Abu Dhabi de 2015 estava com aquele climão de semana entre natal e ano novo, a maioria já estava com a cabeça em 2016. Lewis Hamilton já era o campeão, Nico Rosberg já era o vice e a Mercedes já era a campeã entre os construtores. Mas apesar das principais disputas estarem resolvidas havia um GP a ser disputado em Yas Marina.
Era a última prova da Lotus que passaria a ser a Renault F1 Team em 2016 contando com Kevin Magnussen e Jolyon Palmer como pilotos. Romain Grosjean iria para a estreante equipe Haas. A temporada havia sido mais uma vez dominada pela Mercedes que vencera 15 das 18 provas disputadas até ali. Sebastian Vettel em sua primeira temporada na Casa de Maranello havia feito um excelente ano com 3 vitorias e parecia ser um rival a altura dos prateados para 2016.
A Honda em seu retorno a categoria após 7 anos de ausência protagonizou um dos maiores vexames de sua historia. A parceria com a McLaren não conseguiu reviver os dias de gloria do passado. Incontáveis quebras, punições por troca de componentes, falta de velocidade em reta, e claro o desabafo de Fernando Alonso que chamou o motor de “GP2 engine” mostram bem o fiasco da McLaren-Honda em 2015, com míseros 27 pontos foi a última colocada entre os construtores que pontuaram, a frente apenas da nanica Marussia que não pontuou.
Voltando a corrida, no sábado a Ferrari e Sebastian Vettel cometeram um vacilo incrível no Q1, imaginando que o tempo do alemão com os pneus supermacios era suficiente para avançar ao Q2 o mesmo abortou sua última tentativa e acabou eliminado por 0s013 tendo que partir da 16° posição. Na frente nenhuma surpresa, primeira fila da Mercedes com Rosberg e Hamilton, seguidos por Raikkonen e Perez, Ricciardo e Bottas.
A corrida não foi das mais emocionantes, exceto pela brilhante recuperação de Vettel que veio do fim do grid para a 4° posição. Hamilton tentou superar Rosberg na estratégia parecendo que iria fazer uma parada a menos mas a Mercedes trouxe o campeão aos boxes restando 12 voltas. Rosberg fechou 2015 com mais uma vitoria, Hamilton foi o segundo e Raikkonen o terceiro. Desde que conquistou sua primeira vitoria em 2009 esta foi a primeira temporada em que a Red Bull não venceu nenhum GP. O time austríaco as turras com a Renault aquela altura ainda não sabia com qual motor correria em 2016.
A despedida de Pastor Maldonado foi talvez o lance mais curioso deste GP, o errático venezuelano foi abalroado por Fernando Alonso na primeira curva, uma despedida totalmente ao estilo de Maldonado.