Parece que foi ontem e não é clichê, parece mesmo. Sentar no sofá, acessar o Youtube e procurar por aquela corrida, aquela vitória, aquela memória é algo que sempre bate à minha porta e ultimamente, mais ainda. Provavelmente é a idade.
Carência pela McHonda? Pode ser, pode ser…
O ano é 1986 e imaginem uma pista capaz de irritar 11 de cada 10 pilotos no grid, esse era o GP de Detroit em sua 5ª aparição como USGP no calendário. Com 11 curvas em 90 graus, muito calor e um asfalto extremamente irregular e sem aderência.
Mas porque lembrar desse dia em especial? Quando falamos em GP de Detroit a nossa memória coletiva parte imediatamente para o GP de 1990 e aquela épica batalha entre Senna e Alesi, mas eu sempre vou para um capacete amarelo numa Lotus 98T. E eu agradeço a ela por isso, que corrida senhores, que corrida!
Ao entrar naquele fim de semana, Senna era o terceiro colocado no Mundial de Pilotos, atrás de Prost (McLAren-TAG) e Mansell (Williams-Honda) – que seriam seus principais rivais até o fim de sua carreira.
Na classificação, a batalha contra Mansell foi vencida por meio segundo e com mais de 4 segundos sobre o companheiro de equipe, sim, 4 segundos.
Na corrida, após um furo de pneu, Senna foi capaz de remar de uma 8ª para uma 1ª posição com mais de 30 segundos de vantagem para o segundo colocado. Vencendo com autoridade uma prova que teve 5 líderes diferentes. A única vitória da Renault em solo americano, até 2013 e 9 pontos que colocariam Senna na liderança do Mundial de Pilotos novamente.
Essa foi a quarta vitória da carreira de Ayrton Senna e, de certa forma, a vitória que serviu para todo mundo ter certeza de que muito mais viria daquele capacete amarelo.