George Russell pode não ser o seu piloto favorito, mas muitas pessoas torcem para o britânico que está na Williams. Enquanto o seu futuro não é definido e não sabemos com certeza se ele permanece no time de Grove ou se segue para a Mercedes, podemos analisar o desempenho deste jovem de 23 anos.
Em questão de estatísticas, correr na Williams não ajuda muito o piloto que está na sua terceira temporada. Atualmente ele conta com 16 pontos (pontos conquistados entre Mercedes – naquele GP de Sakhir e na prova da Holanda e Bélgica), uma margem pequena perto do tempo que está na categoria. Obviamente conhecemos todas as adversidades que o britânico teve que passar, sem falar naqueles potenciais vezes onde ele poderia ter conquistado pontos, mas ficou fora da zona de pontuação ou abandonou.
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No entanto, algo que não podemos excluir é a perseverança que Russell tem, um dos jovens pilotos que praticamente considerado ‘mais rápido que a luz’, pois consegue extrair resultados, ainda com um dos piores carros do grid.
A chuva
A pista úmida acaba gerando várias variáveis, é claro que quem tem um carro mais equilibrado e andou outras vezes na chuva, pode ter um desempenho melhor.
Desde a primeira sessão de treino livre, George Russell se destacava tentando manter o carro da Williams entre os dez primeiros, o piloto se agarrou a possibilidade de obter um bom resultado. E mesmo no trabalho com os pneus para a pista seca, o desempenho do piloto impressionava.
Não é que o carro da Williams voltou melhor depois das férias, mas certamente o time anda sendo movido por uma vontade ‘extra’ principalmente após os primeiros postos da temporada sendo conquistados na Hungria.
No sábado, Russell impressionou, o britânico salvou o carro da Williams do Q1, avançou para o Q3 e mesmo diante de uma pista que havia piorado muito por conta da chuva que aumentou. Em uma volta excelente, sendo enviado para a pista no momento certo, Russell quase conquistou a pole.
Bom, pode não existir pole moral, mas o resultado obtido pelo britânico foi quase isso.
“Quero dizer, obviamente, nós nos classificamos em segundo na pista molhada, então eu estava meio que feliz que a chuva estava lá porque eu sabia que se estivesse completamente seco, eu não teria como manter aquela posição,” disse Russell.
Para fazer aquela volta ele precisou vencer o próprio medo, sabia que tinha que passar da Eau Rouge, acertar ele, depois daquele ponto ficaria mais fácil encaixar a volta.
E nessa conta, não devemos criticar o piloto pelas ‘pataquadas’ que ocorreram por conta da categoria. Esse pódio conquistado por Russell foi quase que um reconhecimento depois de tudo o que ele conseguiu extrair com a Williams.
“Em nossa posição, temos que entender como é. Não somos muitas vezes recompensados por uma boa qualificação e hoje, acho, fomos. E teria sido incrivelmente difícil manter esse P2”, disse Russell.
E certamente em uma corrida normal, o piloto não teria oportunidade de manter o segundo lugar, além disso, sequer conquistaria o pódio. Bom, neste caso, com o cumprimento das regras, Russell recebeu a metade dos pontos já que a corrida só teve três voltas. Bons resultados na classificação não são recompensados, pois é necessário ter um bom desempenho na corrida e sabemeos que atualmente a Williams não tem chances.
Neste fim de semana a segurança foi o ponto mais importante do fim de semana. Não tinha condições da corrida ser realizada diante da baixa visibilidade provocada pela chuva.
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Acho que de certa forma, o pódio de Russell foi o ponto mais agradável. A Williams voltou ao pódio depois da última conquista ocorrer no GP do Azerbaijão de 2017 com Lance Stroll.
Um período longo, onde a Williams deixou de ser administrada pela família Williams, foi vendida para a Dorilton Capital e atualmente tem Jost Capito como chefe de equipe.
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