Com poucos meses trabalhando com a Aston Martin, o time está impressionado com o trabalho de Fernando Alonso. O bicampeão mundial de Fórmula 1 foi contratado pela equipe após Sebastian Vettel anunciar a sua aposentadoria. O time britânico tinha a pretensão de evoluir no grid, mas não esperava um salto tão rápido para as primeiras posições do Mundial de Construtores.
O trabalho de Mike Krack com a equipe também é recente, são cerca de 12 meses no comando da Aston Martin, atuando como chefe de equipe.
O carro da Aston Martin usado na temporada passada tinha a cara de ser um equipamento ‘neutro’, para tentar observar o tipo de trabalho que daria certo no grid, para definir a linha do seu projeto para 2023. Logo no início de 2023, com apenas três corridas, Fernando Alonso já faturou três pódios com a Aston Martin e os resultados obtidos pela equipe colocaram o time na segunda posição do Campeonato.
Após o GP da Austrália, Krack comentou o seu relacionamento com Alonso: “Ele trouxe muita energia, muita positividade quando chegou. Ele está sendo um líder ao dar o exemplo, em todos os momentos. Ele está lá muito cedo, está trabalhando muito duro, e é esse exemplo que todo mundo vê e agarra, dá um nível extra de motivação.”
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Alonso é conhecido por uma personalidade forte, mas desde o seu retorno para a categoria, o piloto parece um tanto mudado. Não parecia possível Alonso deixar o projeto da Alpine, pois já tinha colocado forças e empenho e a equipe francesa parecia estar em uma situação melhor que a da Aston Martin. Porém, Alonso de certa forma foi calculista ao escolher a Aston Martin, o piloto gostou da estrutura e da ambição da equipe e ao guiar pelo time britânico, estava se colocando à disposição de liderar um novo projeto.
De sétima colocado no campeonato de 2022, a Aston Martin saltou para a frente do pelotão e o desafio é se manter entre os primeiros colocados. Até o meio da temporada a Aston Martin tem a possibilidade de trabalhar com mais horas de túnel de vento, podendo explorar o desenvolvimento do carro.
Vale ressaltar que no ano passado, após três corridas a Aston Martin permanecia zerada na tabela de pontos, o time foi pontuar apenas em Ímola, quando a quarta corrida foi disputada.
“Acho que fomos a única equipe que não havia pontuado, com um carro difícil de guiar, muito lento, e com pilotos que começavam a perder a confiança na equipe e no carro. Então a partir desse ponto, dissemos ‘ok, só há uma maneira de sair disso, nos unindo e trabalhando duro’. E foi assim que seguimos com isso, e acho que conseguimos muito bem sair com o AMR22 no ano passado ao longo da temporada”, comentou Krack.
“Obviamente no final do ano, terminamos em sétimo, acho que não refletiu 100% onde o carro estava na época. Isso também costuma ser tomado como referência, sabe, quando vemos onde estamos agora. Mas em comparação por terminar em sétimo, acho que fomos melhores do que no final do ano passado, mas o resultado é exatamente o que está no papel.”
A eficiência dos testes de pré-temporada desse ano animou a equipe e aumentaram a sua confiança no projeto. Após três corridas a Aston Martin parece bem, embolada com Mercedes e Ferrari, mas a capitalização de pódios e o bom trabalho nas classificações, tem contribuído para o resultado do time.
Com 41 anos e uma longa carreira no automobilismo, Alonso acumulou muita experiência desses últimos anos. O espanhol está em busca de resultados, principalmente em um momento da carreira que ela se aproxima do seu final. Alonso conquistou o seu último título na F1 em 2006, o piloto viveu transformações da categoria e parece que finalmente ele fez uma ‘nova boa escolha’. O espanhol ressalta que sempre acreditou na conquista do terceiro título e por isso segue na categoria.