A Aston Martin começou a temporada impressionando, nestas três corridas a equipe conseguiu pódios com Fernando Alonso, atualmente ocupa o posto de segunda força do Campeonato de Construtores somando 65 pontos.
Na temporada de 2020, quando ainda era Racing Point, a equipe surgiu com um projeto ambicioso, copiando o carro da Mercedes, na ocasião a equipe conseguiu quatro pódios ao longo de toda a temporada e venceu uma corrida. Mas não conseguiram manter o desempenho em 2021 quando o regulamento foi reajustado e a equipe teve sérios problemas que fizeram a equipe perder performance.
Atualmente a equipe está em plano ambicioso, ainda que não acreditasse que em 2023 estivesse obtendo pódios sucessivos. Quando Fernando Alonso optou por guiar pela equipe neste ano, parecia uma loucura completa, mas o time tem superado as expectativas.
“Tivemos muitas temporadas lutando por quartos e terceiros lugares nos campeonatos e pódios. A diferença é que o ritmo do carro é real, mas próximo dos carros da frente, embora em posição já lutamos em lugares semelhantes antes”, afirma Tom McCullough, diretor de desempenho da Aston Martin.
Mike Krack, chefe de equipe da Aston Martin afirmava que a equipe tinha um plano bem estabelecido para os próximos anos e um projeto melhor. Fizeram o possível para Sebastian Vettel permanecer com a equipe, mas quando o alemão confirmou a sua saída, a Aston Martin precisava de um piloto experiente que ajudasse a equipe nesta fase de evolução.
A Aston Martin está trabalhando para melhorar o túnel de vento, além da fábrica, fez contratações importantes e segue mirando nas primeiras posições do grid. O plano se complementou com o comprometimento de Alonso, mas o mais interessante é ver que neste primeiro momento Alonso está colhendo alguns frutos, sem precisar andar com um carro cheio de questões.
O resultado é surpreendente, se consideramos que na última temporada a Aston Martin esteve batalhando por migalhas, correndo como uma equipe que ocupava o meio para o final do pelotão. Até aquele momento a aposta de Alonso era bem duvidosa, principalmente quando a Alpine parecia estar mais nos trilhos que a equipe britânica.
Atualmente a Aston Martin tem uma vantagem, até o meio do ano ela pode usar o seu tempo de túnel de vento como uma equipe de final de pelotão, contando com mais horas de desenvolvimento. Quando comparada com Red Bull, Ferrari e Mercedes, isso dá um pouco mais de poder para a Aston Martin. Se o time já está a um passo à frente nas pistas, se souber fazer bom uso, pode se tornar ainda mais competitiva.
Isso é algo interessante, principalmente quando falamos sobre o limite de uso do túnel de vento. Quando uma equipe como a Aston Martin pode seguir o seu processo de evolução sem precisar concertar erros, isso torna os dias da equipe mais fáceis. Ferrari e Mercedes estão ainda no dilema de tentar concertar erros para ter um desempenho melhor e isso compromete parte do seu desenvolvimento.
Com o que conseguiram neste ano, atualmente a Aston Martin acredita que uma vitória deve acontecer até o final da temporada, a equipe ainda tem potencial para desbloquear mais desempenho, além de poder se aproveitar de oportunidades que surgirem ao longo do caminho.
Resta saber se a Aston Martin vai conseguir manter esse ritmo e desenvolvimento quando as horas no túnel de vento forem reduzidas e ela precisar trabalhar como uma grande equipe. Além disso, a equipe tem esse histórico de reerguer, brigar por pódios, mas infelizmente também tem em sua história o potencial para despencar e não conseguir se manter. Atualmente o time foca todas as suas forças para entregar um carro mais competitivo e equilibrado para que possam estar mais seguros nessa luta que estão travando.
A Aston Martin também planeja novos pacotes de atualização para o carro e esse fornecimento também precisa acompanhar as grandes equipes.
