A temporada de 2021 será longa, no cronograma ainda existem 12 etapas, mas com os novos ajustes que o calendário vai enfrentar é possível que a gente fique entre 10 ou 11 provas para a reta final da temporada.
A preocupação das equipes agora é com relação ao motor e os seus componentes, para o GP da Bélgica é comum as equipes usarem um motor novo ou a implementação de novas peças, alguns estão usando até mesmo a terceira unidade de potência. Depois as equipes vão realizando o revezamento das unidades, para tentar evitar penalizações.
Depois do GP da Inglaterra após aquele impacto de 51G sofrido por Max Verstappen após a colisão com Lewis Hamilton, acabou gerando a perda do segundo ICE (motor de combustão interna) e tiveram que usar um terceiro no GP da Hungria.
Enquanto Sergio Pérez acabou abandonando a prova no Hungaroring justamente por conta daquele caos que ocorreu na primeira volta. A Honda informou que os danos causados no segundo motor, provocaram a instalação do terceiro elemento para o carro do mexicano nesta prova. Outros pilotos como Sebastian Vettel, Esteban Ocon, Calos Sainz e George Russell também já haviam passaram para a utilização da terceira unidade de potência.
Quantidades e punições
Ao longo da temporada as equipes acabam lidando com o direito de troca de alguns elementos que formam a unidade de potência, cada piloto pode usar 3 motores de combustão interna (ICE), 3 turbocompressores (TC), 3 MGU-H, 3 MGU-K, 2 sistemas de armazenamento de energia (ES), 2 centrais eletrônicas (CE) e 8 exaustores. Ao exceder a sua utilização os pilotos são penalizados com a perda de posições no grid.
Já sabendo destas condições dentro da equipe, Christian Horner está se preparando para as penalidades que estão por vir, escolhendo o momento adequado para realizá-las. Geralmente as equipes acabam ‘optando’ pelas penalizações em circuitos onde é possível realizar ultrapassagens e fica mais fácil fazer uma prova de recuperação.
“Isso é extremamente frustrante para a Honda, pois não é devido à confiabilidade; é devido a acidentes que não causamos. Tivemos um grande azar nas últimas corridas”, disse Horner.
Outro time que também está se preparando é a Ferrari, eles prometeram uma nova especificação do motor que vai estrear nesta temporada. Eles vão introduzir a quarta unidade de potência, com o objetivo de deixá-la atualizada, o que pode ajudar na melhora da performance.
“Eu sei que há uma atualização, será na parte híbrida do motor. Quando vamos trazer, ainda não sabemos”, disse Leclerc.
A reta final promete ser agitada, por estas e outras questões. Por conta de alguns elementos serem limitados a três por temporada, para simplificar é mais fácil falar que os times contam com três motores por ano.
As punições acontecem quando o elemento é excedido e são cumulativas, caso a equipe faça a troca de mais de um elemento – algo que é muito comum, já que as punições são severas, quando é necessário os times costumam realizar uma troca completa.
Na primeira vez que o elemento adicional é utilizado, o piloto é penalizado com a perda de 10 posições no grid. Mas nas próximas vezes se ocorrer uma troca adicional do mesmo tipo de elemento, eles perdem 5 posições no grid.
Se a penalidade for superior a perda de quinze posições no grid, ele larga do final do grid.
No entanto, é muito comum os times revezarem as suas unidades de potência, colocando uma que tem mais quilometragem para rodar na sexta-feira e deixando a mais nova e menos utilizada para o restante do fim de semana.
Para o GP da Bélgica Valtteri Bottas e Lance Stroll vão perder cinco posições cada, depois que foram responsabilizados pelas batidas na Hungria.
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