Os primeiros testes na Austrália ainda são bem inconclusivos, o TL1 ainda realizado com voltas rápidas, deixou Lewis Hamilton, Sebastian Vettel e Charles Leclerc separados por apenas 0,074. No entanto no TL2 o cenário foi bem modificado e a dupla da Red Bull assumiu como ”segunda força”, logo após uma sessão dedica aos long-runs.
A Ferrari saiu dos testes de pré-temporada, bem posicionada, além de manter uma consistência, mas era nítido que a Mercedes escondia o seu desempenho, até porque o melhor momento deles foi ao último dia, quando as equipes investiram na utilização do composto C5 (faixa vermelha – hipermacios).
lll TL2
Com a pista mais emborrachada é natural que nesta sessão de 90 minutos, as voltas rápidas sejam mais velozes. São 20 carros passando constantemente na pista de rua. Melbourne é um circuito onde o asfalto vai sendo ”construído” a medida que as voltas vão sendo completadas. Como está situado em um parque é natural que tenha muita sujeira como folhas e poeira e os carros acabam sofrendo bastante.
Durante o TL2 é natural que as equipes treinem voltas de classificação, mas passem a dar uma atenção especial para a corrida, justamente porque ele é realizado no horário em que a prova vai ter a largada no domingo. Portanto talvez a surpresa das fechas de prata serem dominantes nele, não assuste muito. Outro ponto é a classificação, ela também está dentro desse horário e lembramos aqui que Hamilton faturou a pole do ano passado.
No entanto já é característico da Scuderia Italiana não dar o seu melhor na sexta-feira, portanto é possível que só vamos conhecer a verdadeira eficiência dos carros na sessão classificatória quando o ”modo festa” for ativado. E não é uma besteira falar sobre esse ritmo aquém da Ferrari, quando neste retorno da Fórmula 1, vários fãs falaram que a Mercedes abriu um espaço bem significativo, enquanto Sebastian Vettel disse que eles ainda não encontraram o ritmo ideal. Charles Leclerc completou: “Não há pânico. Vamos tentar descobrir o que está errado e já temos algumas ideias e podemos corrigir para amanhã.
Mesmo com todos os recursos para se observar o desempenho dos carros, ainda é complicado bater um primeiro veredito sobre o que foi visto. Sabemos que o baixo nível de combustível foi aplicado em algumas voltas com os compostos macios, mas não sabemos exatamente o quanto cada equipe estava utilizando nos seus mapas de motor e estratégias de testes.
lll O indefinido
Felizes com o desempenho do motor Honda, Max Verstappen parecia confortável com o seu carro, assim como Pierre Gasly na Red Bull. Atrás deles paira o indefinido, até por conta da proximidade com a Toro Rosso. A Alfa Romeo tratou de dar trabalho também, mas já era algo esperado pelo desenvolvimento do time ainda na pré-temporada.
Renault, Haas, Racing Point e McLaren seguem emboladas, no entanto desta disputa, os carros rosas seguem tentando fazer o upgrade trazer resultado.
Para os fãs do time de Woking, esses primeiros movimentos na pista, vieram acompanhados de um balde de água fria, mas não parece natural que eles estejam a mais de 2 segundos de distância dos líderes, enquanto a Renault apresenta um bom desenvolvimento com os mesmos motores instalados na McLaren.
Já a Williams, apresentou modificações na parte dianteira do FW42, para garantir que estivessem dentro das novas regras de 2019, no entanto esses sim parecem bem distantes, realizando um teste e possivelmente uma corrida a parte no domingo.
Para finalizar o que Hamilton faz um resumo preciso do que vimos nesta sexta-feira: “Eu não acho que vimos todos os cartões de qualquer equipe, mas honestamente”, disse ele. “Sabemos o quanto podemos melhorar para a qualificação e para a corrida, [mas] não temos ideia do quanto os outros podem fazer. Você conhece a Ferrari, eles eram muito fortes nos testes de inverno. Eu não acho que a velocidade deles tenha de alguma forma desaparecido, então com certeza eles estavam testando algo diferente e nós vamos descobrir amanhã.