Neste fim de semana a W Series retorna, acompanhando a Fórmula 1 na etapa que será disputa em Singapura. Está será a primeira vez da categoria feminina na Ásia, em uma prova que gera muitas expectativas.
A W Series precisou alterar o seu calendário, inicialmente a categoria tinha planejado correr no Japão, mas por questões logísticas a prova foi remanejada para Singapura. Essa é uma forma de apresentar e divulgar a categoria na Ásia, antes de seguir para a América.
Jamie Chadwick está perto de conquistar o seu terceiro título consecutivo na W Series, que pode ser definido neste fim de semana no Circuito de Marina Bay. Atualmente no Campeonato Jamie se estabelece na liderança da tabela, com 75 pontos de vantagem para Alice Powell e Beitske Visser. Restam apenas 4 corridas e 100 pontos em jogo, desta forma se Jamie terminar a prova à frente de suas adversárias, pode conquistar o seu terceiro título na categoria.
Top-5 Temporada 2022 da W Series
1) Jamie Chadwick – 143 pontos
2) Alice Powell – 68 pontos
3) Beitske Visser – 68 pontos
4) Abbi Pulling – 65 pontos
5) Belén García – 46 pontos
“O objetivo está em ganhar o título em Singapura e a minha abordagem para o fim de semana não vai mudar. É muito complicado elaborar todos os cenários com os pontos e depois conduzir de forma tática. Eu vou lá e faço o melhor trabalho que posso. Ainda há muitas corridas pela frente, então não preciso ser conservadora”, informou Jamie Chadwick.
Até o momento a W Series disputou seis etapas e em cinco delas Jamie cruzou a linha de chegada na primeira posição. A sequência de vitórias da pilota da Jenner Racing, só foi interrompida pois Alice Powell venceu a corrida disputada na Hungria.
Nove semanas separam a prova da Hungria, para a corrida em Singapura. Depois da corrida que será disputa em Marina Bay, as pilotas vão correr em Austin, no Texas e encerram a temporada com uma rodada dupla no México.
“Foi uma longa pausa e é complicado voltar ao ritmo das coisas. Tenho treinado muito e fui a uma corrida da Fórmula 1 depois das férias de verão. Foi bom estar de volta ao paddock, mas me deu saudade de estar dirigindo novamente. Eu fiz um teste nos EUA com a Indy Lights no início deste mês e foi ótimo ter algum tempo treinando, já que fazia tempo que não entrava em um carro”, afirmou Jamie que teve a oportunidade de fazer uma avaliação na categoria que dá acesso à Indy.
O grid deste fim de semana sofre uma pequena alteração, Ayla Agren, substituirá Tereza Babickova, que sofreu uma lesão na coluna durante um incidente quando participou de uma prova na FRECA. A pilota retornou à República Tcheca, onde está recebendo tratamento médico e a pilota não tem uma data definida para retornar às pistas.
Ayla tem 29 anos, a pilota nasceu na Noruega, mas sua carreira teve como base os Estados Unidos, pois mora no Texas. Agren realizou sua estreia na temporada passada da W Series, correndo com a M. Forbes Motorsport.
Testes na Fórmula 3
Chloe Chambers, Nerea Martí e Abbi Pulling participaram de um teste da Fórmula 3 em Magny-Cours, no dia 17 e 18 de setembro. As pilotas tiveram um dia completo para conhecer o carro da F3, experimentar as configurações do modelo e ficar mais imersa nessa categoria.
Martí teve a oportunidade de testar mais uma vez com a Fórmula 3, depois de sua experiência em novembro do ano passado. A pilota espanhola substituiu Babickova na sessão, depois da lesão sofrida pela outra competidora. Abbi Pulling dividiu a pista com Amna Al Qubaisi.
Os tempos obtidos durante está sessão não foram divulgados, mas essa é uma forma da categoria não apenas avaliar as pilotas, mas também tornar a categoria mais acessível para as mulheres, se preparando para receber as mulheres nos próximos anos.
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As pilotas dividiram as suas atividades em treinos de simulação de corrida e voltas de classificação, tendo três conjuntos de pneus slick para tornar o seu trabalho melhor. O DRS também foi um dispositivo que a categoria permitiu que as pilotas testassem, já que os seus carros na W Series não contam com esse sistema.
Também foi uma oportunidade para avaliar os pneus da Pirelli que são usados na Fórmula 3, as pilotas tiveram uma percepção diferente do composto e da sua degradação, além dos procedimentos que mudam para o aquecimento deles.
Mesmo com a W Series usando carros que são F3, eles são bem diferentes dos carros usados na Fórmula 3 da FIA. Os pneus também mudam, pois a categoria feminina utiliza os pneus da Hankook, que são mais duros e vão melhorando a performance, conforme a degradação deles vai ocorrendo.
Neste fim de semana
A corrida em Singapura terá duração de 30 minutos mais uma volta e será uma prova bem desafiadora para as pilotas. Antes da corrida, as pilotas vão participar de um treino livre e depois definir o grid de largada, mas o contato delas com a pista, se limita a sessões de meia hora de duração, sendo pouco tempo de contato com a pista, antes de uma corrida importante.
“Não se engane, está semana é um grande desafio para as pilotas. É um circuito novo para nós, o tempo de pista é limitado, a superfície irregular, as paredes que estão sempre próximas, nossas sessões acontecem em uma variedade de condições de iluminação e o calor e a umidade são intensos, ainda mais para as nossas pilotas. Estaremos na pista antes do pôr do sol para a classificação e corrida. É difícil saber o que esperar, eu sei que, como foi mostrado na primeira corrida de rua em Miami no início de ano que uma condução limpa e constante, te leva longe”, afirma Dave Ryan.
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