O GP da Holanda será disputado neste fim de semana, como segunda etapa de uma rodada tripla. Max Verstappen que venceu na Bélgica, deseja repetir a dose na Holanda e quem sabe conquistar a sua segunda vitória correndo em casa.
A Red Bull dominou na Bélgica, com o piloto cruzando a linha de chegada com mais de 17 segundos de vantagem para Sergio Pérez. Max largou próximo ao final do pelotão e foi escalando o grid, rapidamente chegou à liderança e de lá não saiu mais.
A pista de Zandvoort foi modernizada, mudou muito desde a primeira vez que a Fórmula 1 disputou uma corrida por lá em 1952 ou sua última passagem em 1985. No entanto, algo que eles conseguiram preservar muito bem até hoje foi o seu desafio, Zandvoort é um circuito veloz e com curvas inclinadas.
No ano passado esperava-se uma prova um pouco mais movimentada, com mais chances de ultrapassagem pelas características do circuito, mas tivemos uma disputa estratégica. Para este ano a categoria pensa em liberar uma área maior de DRS, que começara pouco depois da curva 13 e levará os pilotos em direção a curva 1. Essa possibilidade será avaliada durante o TL1, contanto com os feedbacks dos times e seus pilotos.
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O traçado também conta com aquele jeito ‘old school’, com a brita delimitando a pista. Para a corrida deste ano, o circuito está utilizando uma brita ‘falsa’, tentando reduzir os riscos de bandeira vermelha. No ano passado a brita foi um problema, pois os carros atacavam a zebra e quando os carros deixavam um pouco o traçado, levavam com eles a sujeira para o traçado.
Na curva 12 criaram uma área com cerca de um metro de largura, onde a brita foi envolvida com um tipo de resina, que deixa aquela área sólida. Os pilotos quando atingirem aquele ponto, sabem que não podem ir além e provavelmente vão evitar melhor o trecho com brita.
A pista conta com curvas rápidas e fluidas, além de ondulações pelo traçado, se tornando um desafio único para os pilotos. Zandvoort se provou ser um desafio para a realização de ultrapassagens, pois os pilotos precisam negociá-las em curvas, desta forma a reta principal seria a melhor oportunidade para ganhar posições. Podemos ver novamente, assim como na Bélgica, um trenzinho formado pela utilização do DRS, desta forma se classificar bem é muito importante.
Zandvoort é um traçado sinuoso, com poucas retas, desta forma o motor não é tão cobrado. Outro detalhe importante é ligado ao asfalto, a pista foi recapeada em alguns trechos em 2020, mas em outras partes do traçado, existe aquele asfalto mais antigo. Isso acaba prejudicando a percepção do piloto que precisa se adaptar rapidamente à cada nova curva, evitando cometer erros.
As curvas 13 e 14 fazem parte do último trecho do traçado, mas também é uma parte do traçado inclinada em 18 graus e isso acaba colocando uma certa dificuldade para gerir os pneus, por conta das forças laterais que acabam atuando neles.
O pit-lane em Zandvoort é um dos mais curtos da temporada, e o limite de velocidade nele é reduzido para os 60 km/h. No ano passado os times foram instruídos a não realizar pit-stops duplos, pois atrapalharia o fluxo do pit-lane.
PNEUS
A Pirelli novamente trabalhará com a gama mais dura de pneus para o GP da Holanda, sendo eles: C1 (duro – faixa branca), C2 (médio – faixa amarela) e C3 (macio – faixa vermelha). Além da categoria usar os pneus de 18 polegadas neste ano, eles também tiveram em parte a sua composição alterada.
Mario Isola, diretor de operações da Pirelli, acredita que os times vão adotar estratégias onde vão dar preferência para trabalhar com os pneus médios e macios, pois os compostos duros são de difícil aquecimento.
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A estratégia vencedora de 2021 contou com duas paradas, as trocas realizadas pois Max Verstappen foram em resposta as paradas realizadas por Lewis Hamilton, desta forma o holandês conseguiu vencer em casa.
O CAMPEONATO
Max Verstappen é o atual líder, após a sua vitória na Bélgica, o holandês conta com 284 pontos, contra os 191 que separam ele do seu companheiro de equipe, dando ao piloto da Red Bull 93 pontos de vantagem. Charles Leclerc perdeu o segundo lugar mais uma vez para Sergio Pérez, com a sexta posição conquistada na Bélgica, o monegasco segue para a próxima etapa com 186 pontos. Carlos Sainz está mais próximo do seu companheiro de equipe, pois soma 171 pontos.
A Scuderia Ferrari deseja capitalizar mais pontos neste fim de semana, mas agora, com o Campeonato se aproximando do final, uma possível recuperação do time italiano que já cometeu vários erros é ainda mais difícil.
Fórmula 2
Neste fim de semana os pilotos da Fórmula 2 seguem mais uma vez para a pista e assim como a Fórmula 1, seguem o ritmo de uma rodada tripla.
A Pirelli que também é fornecedora de pneus da F2 e F3, acompanhará as categorias de base em mais um fim de semana. Os pilotos da Fórmula 2 vão trabalhar com os pneus duro e macio (contando com três jogos de pneus duros e dois macios), para usar ao longo do fim de semana. A corrida sprint disputada no sábado tem duração de 29 voltas, enquanto a prova principal disputada no domingo, conta com 40 giros.
Felipe Drugovich que conseguiu uma boa atuação na Bélgica, dispara na liderança do Campeonato com 205 pontos, contra os 162 conquistados por Théo Pourchaire. O vice-líder não completou a corrida principal após enfrentar problemas no carro. Logan Sargeant ainda é o terceiro colocado com 129 pontos. Enzo Fittipaldi despencou para o sexto lugar e agora conta com 101 pontos.
A Fórmula 3 também está rumando para o encerramento da temporada, a última corrida será disputada em Monza. Para a rodada em Zandvoort os pilotos vão trabalhar com os pneus médios, contando com três conjuntos de compostos para todo o fim de semana, além de um quarto conjunto de pneus médios da rodada anterior para usar durante o TL1. A prova sprint da F2 na Holanda contará com 21 voltas, enquanto a corrida principal tem duração de 26 voltas.