O GP do Canadá será disputado como 9ª etapa da temporada 2024, marcando um breve retorno à América do Norte.
De certa forma o público da Fórmula 1 atualmente está um pouco mais otimista, principalmente pelo desempenho de Ferrari e McLaren. Charles Leclerc venceu o GP de Mônaco, depois de Max Verstappen não conseguir faturar a pole e começar a prova ocupando o sexto lugar.
A realidade é que as equipes rivais da Red Bull progrediram um pouco com os seus carros, enquanto os austríacos precisaram recuar. Dada as características do equipamento da Red Bull, Verstappen não está podendo atacar as zebras como antes e em alguns circuitos que os pilotos precisam ir ao limite para obter a melhor performance, existe um pouco mais de chances dos rivais se darem bem.
É esperado que a RBR tenha certa dificuldade neste traçado, pelo mesmo problema enfrentado em Mônaco, abrindo uma chance da Ferrari buscar mais uma vitória. De qualquer forma, os times estão atentos para capitalizar o máximo de pontos. Este é mais um fim de semana sem Sprint, portanto o foco é total na corrida.
Se a chuva aparecer, as equipes vão tentar salvar os pneus para a classificação e corrida, mas ainda precisariam coletar dados para se preparar.
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A prova no Canadá está cercada por muito otimismo, pois Ferrari e McLaren podem novamente ter um bom desempenho. Embora o circuito tenha retas importantes, o traçado desta pista é limitado pelos muros de contenção próximos ao asfalto. A pista não é tão abrasiva e foi recapeada e as zebras substituídas.
Desde a primeira corrida realizada em 1978 nesta pista, poucas mudanças aconteceram no traçado, que foram desde adicionar e remover chicanes. Assim como alguns outros traçados, conforme os anos foram passando, as instalações sofreram melhorias, como o edifício que comporta os boxes.
O primeiro GP do Canadá disputado neste traçado aconteceu no dia 30 de setembro de 1979, a prova contou com vitória do australiano Alan Jones guiando a Williams.
O Muro dos Campeões já fez várias vítimas ao longo dos anos e esse é um ponto de atenção para os pilotos no traçado. Ao se aproximar das curvas 12 e 13 o piloto tem chances de brigar por ultrapassagens, mas pode perder tudo na 14. Essa parte do traçado ficou conhecida como muro dos campeões, pois em 13 de junho de 1999, três campeões mundiais bateram naquele ponto. Jacques Villeneuve, Michael Schumacher e Damon Hill foram os responsáveis por nomear aquela parte do circuito.
É um circuito que os pilotos costumam gostar bastante, além de proporcionar corridas interessantes. Mesmo sendo um traçado semi-permanente, com algumas características de circuitos de rua, é possível encontrar espaços para fazer ultrapassagens.
Anteriormente a pista era conhecida como Circuito Notre-Dame, construída em uma ilha artificial, mas o nome foi alterado para homenagear Gilles Villeneuve, um piloto nascido no Canadá, mas que faleceu tragicamente durante a sessão de classificação do GP da Bélgica de 1982.
O Autódromo Gilles Villeneuve, tem algumas características que lembram Baku, como as retas longas, frenagens bruscas, curvas mais concentradas em uma direção. Por conta das retas, os carros exigem menos arrasto, no entanto, em decorrência das chicanes e grampos, mais downforce é necessária.
Antes de Baku fazer parte do calendário, os times tiveram que pensar em uma asa especial para o circuito de Montreal, na tentativa de gerar o mínimo arrasto possível nas retas, mas obter o máximo de downforce possível nas curvas mais lentas. Assim existe uma correlação dos carros nessas duas pistas.
O circuito é formado por 14 curvas: seis para a esquerda e oito à direita. Diversas curvas são acompanhadas de uma mudança dupla de direção: combinadas entre esquerda/direita ou direita/esquerda; por consequência, os carros precisam responder rapidamente. Isso acontece nas curvas 1 e 2, três e quatro, seis e sete, oito e novo e a chicane no final das curvas 13 e 14.
Os freios são muito cobrados neste traçado, semelhante ao GP da Áustria. Os times ainda precisam ficar atentos ao resfriamento dos freios, mas essa preocupação é um pouco menor quando comparada as provas realizadas em Spielberg – pois a distância da volta é maior e há mais tempo para trabalhar a temperatura dos freios.
É claro que o piloto que está atrás precisa ficar abaixo de um 1 segundo para fazer o uso do DRS, mas a realidade é que depois de uma ultrapassagem, o competidor não quer deixar margem para que o adversário possa retomar a posição perdida.
Ter um carro que trabalha bem nas retas é extremamente importante neste circuito, mas tem outro quesito que também é preciso levar em consideração quando os times estão no Canadá: os pneus.
Pneus
Assim como para a prova em Ímola e Mônaco, a Pirelli permanece ofertando aos pilotos a gama mais macia de pneus. A aderência é baixa e precisa ser construída ao longo do fim de semana. A gama é composta pelos pneus: C3 (duro – faixa branca), C4 (médio – faixa amarela) e C5 (macio – faixa vermelha).
É necessário ficar atento ao longo de toda a volta com a temperatura dos pneus, evitando perder a aderência do composto e por consequência cometer um erro que levará o piloto ao muro. O circuito de Montreal tem características de um traçado de rua, com as barreiras muito próximas dos pilotos e pequenas áreas de escape.
Os pneus precisam receber uma atenção especial nesta pista, quando os carros passam pelas longas retas, eles são resfriados, isso acaba afetando a aderência dos compostos quando eles chegam à curva, neste momento o piloto precisa de aderência por conta da freada, para não perder o controle do carro.
O pit-lane em Montreal é curto, desta forma os times não perdem muito tempo realizando a troca dos pneus. Também existe uma vantagem para quem passa por ele, pois o piloto acaba evitando passar pela última chicane e são devolvidos na curva 2; evitando a briga da primeira curva.
A entrada do Safety Car precisa ser levada em consideração para a construção das estratégias. Geralmente é uma prova que compensa realizar a segunda troca de pneus e optar por ter mais performance.
Neste fim de semana a Fórmula 1 está por sua conta, desta forma ela não contará com a Fórmula 2 ou Fórmula 3 para contribuir com o processo do emborrachamento do traçado
O clima nesta época do ano é instável e a categoria já espera lidar com um fim de semana chuvoso. No ano passado a chuva surgiu no TL3 e a classificação também foi marcada pela sua presença. A atividade para a definição do grid de largada foi bem desafiadora.
Em 2011 a categoria enfrentou muita dificuldade para concluir a etapa, a prova se tornou uma das mais longas da história, com duração de 4h04m39s537. Depois deste evento a categoria implementou um limite de quatro horas para a conclusão do evento, incluindo períodos com a bandeira vermelha. No entanto, hoje a duração total passou a ser de três horas, enquanto da corrida segue em 2 horas.
