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Preview do GP da Hungria de Fórmula 1 da Temporada de 2019

A Hungria já realizava algumas competições de automóveis desde 1901 que sofreram intervenção do KMAC (Királyi Magyar Automobil Club) junto aos automóveis clube da Alemanha e da Áustria, colocando o país nas rotas das competições. Desde o início da década de 1930, planos começaram a ser elaborados para realizar uma competição em grande escala e em 1936 no circuito Népliget pelas ruas de Budapeste foi realizado o 1° Grande Prêmio da Hungria, porém o país só teria uma competição oficial em 1986, quando entrou para o calendário da Formula 1 e contando com uma vitória de Nelson Piquet.

Foram dois anos e meio até o contrato que colocaria a Hungria como mais um circuito para a Fórmula 1, mas o contrato só veio a ser firmado em setembro de 1985, onde nos próximos cinco anos a corrida seria realizada em solo húngaro. O autódromo levou oito meses para ser construindo em Budapeste.

O Brasil tem um bom histórico de vitórias no país, no ano de estreia e no seguinte Nelson Piquet venceu a corrida. Em 1988, 1991 e 1992 foi a vez de Ayrton Senna e Rubens Barrichello pela Ferrari em 2002.

A primeira extensão da pista, tinha pouco mais de 4 KM de 1986 à 1988. A partir de 1989, o circuito sofreu uma alteração, com a suspensão de uma combinação de curvas e desta forma passou a ter 3,975KM até 2002. Em 2003 a reta de largada passou a ter 986,29 metros e o circuito como um todo passou a ter 4,381KM.

Pneus

As ultrapassagens no circuito são mais difíceis, portanto, se classificar bem é de suma importância. Também é umas das pistas mais lentas do calendário, com uma velocidade média de 190km/h. As retas não são longas e 12 das 14 curvas são executadas em baixa velocidade, portanto o que conta mesmo na pista é a aerodinâmica do carro.

 

 

Mesmo sendo um circuito com poucas disputas, os pneus estão sempre trabalhando e por isso os compostos escolhidos foram: C2 (faixa branca – duro), C3 (faixa amarela – médio) e C4 (faixa vermelha – macio).

Hugaroring é o significado de pista sinuosa e a maioria delas é lenta, portanto, os pneus estão sempre trabalhando. O dowforce é a tipo de configuração favorita para pelas equipes e assim o carro costuma responder melhor nas curvas. A estratégia vencedora está baseada em uma parada.

As temperaturas costumam ser altas e devido a localização da pista, o ar quase não circula; além dos pneus sofrerem, as condições de pista não são as mais agradáveis para os pilotos.

O GP da Hungria marca o início das férias de verão da Fórmula 1, a prova é importante, pois com um bom resultado, as equipes vão confiantes para a segunda parte do campeonato.

 

Corrida 2018

Se no sábado havia chovido durante a prova de classificação, no domingo a temperatura na pista tinha aumentado muito e estava na casa dos 57°, com 34°C no ambiente.

Era de se esperar que com o circuito travado, a prova não fosse muito movimentada. Hamilton ganhou aquela corrida facilmente, só os pneus que causaram um percalço durante as últimas voltas, pois a parada o inglês nos boxes, ocorreu antes dos principais competidores.

Hamilton largou bem e Bottas assumiu a posição de escudeiro, bloqueando Kimi Raikkonen que vinha logo atrás e com apenas quatro voltas, o inglês já havia aberto uma vantagem de 5s para o companheiro de equipe.

O inglês provou que se classificar bem na Hungria é extremamente importante, pois a dupla da Ferrari possuía carros fortes no circuito e uma boa estratégia; o alemão largou com os pneus macios, para permanecer mais tempo na pista, contra os compostos ultramacios dos rivais com as flechas de prata.

Raikkonen não seguiu o plano do companheiro de equipe e com os pneus ultramacios, precisou parar na volta 14, o finlandês da Mercedes fez o mesmo no giro seguinte. Naquela altura da prova, Hamilton estava a 9s de Vettel, que assumia o segundo lugar.

Hamilton permaneceu na pista, até a volta 25, para instalar os pneus macios, mas todos duvidavam que fosse possível seguir com eles até o final da prova, pois restavam 45 voltas até a bandeirada.

Desta forma, Vettel assumiu a primeira posição e começou a render mais que o rival, no entanto a chance do alemão estava mais ligada a obter a segunda posição de Bottas na estratégia do que o primeiro lugar. Desta forma ele trabalhou conseguindo a vantagem que precisava para realizar a parada, mas encontrou retardatários que fizeram com que a sua vantagem de 25s, diminuísse para 20s.

O pit-stop de Vettel foi desastroso, o piloto enfrentou problemas e na volta 38, retornou atrás de Bottas. Raikkonen em estratégia diferente, realizava a sua segunda parada.

Restando cerca de 15 voltas para o final, a Ferrari avisou a Vettel, que os pneus de Bottas estavam no talo e aquele era o momento de ir para cima. Aproveitando um vacilo do finlandês, Vettel conseguiu a ultrapassagem e Raikkonen que estava no embalo foi junto. Bottas tocou a traseira do alemão, quando tentava retomar a posição e desta forma, Raikkonen conseguiu o terceiro lugar.

Na penúltima volta, foi a vez de Ricciardo se aproveitar de Bottas e os dois se tocaram, com o carro do finlandês ficando avariado, após abusar da manobra de defesa. Uma punição foi aplicada para ele, 10s, mesmo assim ficou com o quinto lugar. Para completar o grid, Gasly era o sexto, acompanhado por Magnussen, Alonso, Sainz e Grosjean.

Hamilton cruzou a linha de chegada na primeira posição com Vettel e Raikkonen completando o pódio.

 

BPCast § 49 | Preview do GP da Hungria de Fórmula 1

 


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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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