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Preview Baku 2018 – Agora sem desculpas

O Circuito Urbano de Baku é uma corrida de rua sediada na capital do Azerbaijão. Em 2016 a corrida recebeu o título honorífico de Grande Prêmio da Europa, mas desde o ano passado passou a ser chamado de Grande Prêmio do Azerbaijão.

Por ser um circuito novo, ele traz características bem famosas de outros traçados como as ruas estreitas de Mônaco ou as inúmeras curvas que lembram Cingapura e até a retas rápidas de Montreal. O traçado é de autoria do arquiteto Hermann Tilke,, ele também é responsável pelo desenho de circuitos como Abu Dhabi, Rússia, Bahrain entre outros.

A pista conta com 20 curvas e uma largura de 13m, porém a curva 15 é a mais complicada já que a largura diminui drasticamente para cerca de sete metros, desde a temporada passada o nível de dificuldade aumentou ainda mais, já que os carros ficaram mais largos e robustos. As curvas são de baixa velocidade e acabam esfriando os pneus e fica mais fácil dos pilotos dechaparem os compostos.

Por ser um circuito de rua, a aderência no primeiro treino livre tende a ser ruim, mas a pista vai ficando emborrachada conforme os pilotos entram na pista. Os compostos usados para essa corrida são os Supermacios (faixa vermelha), Macios (faixa amarela) e os Ultramacios (faixa roxa), diferente da configuração do ano passado que optou pelos pneus médios de faixa branca. A goma dos pneus este ano mostra que tem uma boa durabilidade e dessa forma é possível utilizar também os compostos mais maleáveis na busca por uma maior competitividade em circuitos de rua.

lll Corrida 2017

A corrida no Azerbaijão foi a oitava no campeonato passado, sendo realizada no final de junho. Vettel chegava em Baku com 141 pontos contra os 129 de Lewis Hamilton.

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A corrida foi uma das mais inesperadas do calendário até aquele momento, contando com a vitória improvável de Daniel Ricciardo e a punição para Sebastian Vettel depois de jogar o carro para cima de Lewis Hamilton, além de várias entradas do carro de segurança para felicidade do Mayländer.

Na largada o único que se saiu melhor foi Lewis Hamilton já que liderava a corrida, porque atrás dele foi sem sombra de dúvidas uma confusão, a começar por Kimi Raikkonen e Valtteri Bottas se estranhando e o finlandês da Mercedes despencando para o final do pelotão, além de um bico quebrado e um pneu furado, o piloto precisou se arrastar até os boxes para iniciar uma corrida de recuperação.

Ricciardo da Red Bull acabou efetuando uma parada precoce para limpar as entradas de ar do carro e realizar o seu pitstop ainda na sexta volta da corrida e com isso foi mais um dos pilotos a cair para o fim do grid e ter que remar o pelotão.

Na volta 12 tínhamos o primeiro acionamento do Safety Car, por conta do carro de Daniil Kvyat que quebrou no meio da reta e precisou ser removido do local. Com isso os pilotos aproveitaram para antecipar as suas paradas nos boxes, Hamilton seguido de Vettel, Massa, Pérez e Raikkonen. Max Verstappen logo em seguida abandonava a corrida.

O Safety Car deixava a pista na volta 17, com um Hamilton que já vinha pressionando o carro de segurança por algum tempo para que o mesmo deixasse a pista e quando ele saiu o inglês queria abrir vantagem em seu companheiro. Massa aproveitou para ultrapassar Kimi Raikkonen com Esteban Ocon seguindo o embalo do brasileiro e pouco depois um novo Safety Car era ativado na pista para a limpeza de detritos, principalmente os que estavam localizados próximo à reta dos boxes.

Na volta 19 uma nova relargada aconteceu, mas pouco antes Hamilton e Sebastian Vettel acabarram ”tretando”, com a redução de velocidade do inglês, o piloto da Ferrari encheu a traseira da Mercedes e pouco depois, para ”tirar satisfação”, Vettel jogou seu carro para cima de Hamilton.

Massa como não tinha nada com essa história, assim que a pista fora liberada, não perdeu tempo e ultrapassou Pérez, deixando os dois pilotos da Force India se estranharem na pista, para ficar com a terceira posição. Ocon tentava uma manobra parecida como a do brasileiro, mas Pérez acabou se dando mal e teve que abandonar a corrida. Raikkonen pegou detritos na pista, ficou com o pneu furado e teve que se recolher para os boxes.

Na volta 20 o Safety Car era acionado mais uma vez, mas como os pilotos haviam se tocado muito, na volta 23 a direção de prova decidiu instaurar uma bandeira vermelha na pista e fazer a limpeza como deveria já ter sido feita.

Sem regime de parque fechado, nos 20 minutos em que os carros ficaram parados as equipes conseguiram fazer alguns reparos em seus carros, a Ferrari assim como a Force India viram a oportunidade de colocar Raikkonen e Pérez que haviam abandonando a corrida novamente na pista.

Quando a pista foi liberada, o carro de segurança entrou com os pilotos para a volta de aquecimento dos pneus e mais uma vez Sebastian Vettel e Hamilton quase se estranharam na pista.

Na relargada, Ricciardo ultrapassou Felipe Massa e Stroll, ficando com a terceira posição. Massa com problemas na suspensão pouco tempo depois abandonava a prova depois de uma boa performance – esse foi o mais próximo que o piloto chegou ao pódio de conquistar um pódio na temporada de 2017 (deu dó). Lance Stroll era o quarto seguido por Magnussen e Alonso.

Na volta 29 Lewis Hamilton começou a ter problemas com o encosto de cabeça do seu carro, que estava saindo e o piloto fazia o possível para que ele não se soltasse, com isso ficou claro que o inglês precisaria se encaminhar para os boxes mais uma vez, mas o piloto da Mercedes estava mais preocupado com a perda de posições na pista.

Pouco depois da flecha de prata de Hamilton se encaminhar para os boxes, aquele incidente entre o inglês e Vettel teve uma decisão definida e Vettel foi punido com 10 segundos de parada nos boxes.

O alemão ainda se manteve na pista para conseguir alguma vantagem no comprimento da sua punição e quando ele deixou os boxes, conseguiu retornar na frente de Hamilton, mas Ricciardo passava a ser o novo líder da prova, seguido por Stroll e Magnussen.

A nova ação de Vettel ao retornar para a pista foi tentar pressionar Alonso para ganhar mais uma posição e deixar o espanhol entre ele e o rival da Mercedes, mas a McLaren não era páreo para aguentar o tranco por muito tempo.

Outro carro que também não foi páreo para quem vinha atrás era a Haas de Magnussen que perdeu o terceiro lugar para Ocon e Bottas. O finlandês da Mercedes passou a caçar o piloto da Force India até conseguir a ultrapassagem na volta 40 e o francês ficou para ser jantado pouco depois por Vettel e Hamilton que vinham logo atrás.

Bottas que não estava satisfeito com o tanto que já havia remado na sua corrida de recuperação, ainda pressionou Stroll para conquistar o segundo lugar.

Ricciardo era só sorriso no pódio de Baku e Alonso marcava os primeiros pontos da McLaren do ano.

Fonte: Globo Esporte
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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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