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Pirelli ajusta escolha de pneus para o GP da Bélgica de 2025, que terá corrida Sprint

Para ampliar as escolhas estratégicas, Pirelli faz ajuste na gama de pneus para o evento em Spa-Francorchamps

Após três semanas de pausa, a Fórmula 1 retorna neste fim de semana para a disputa do GP da Bélgica. A prova acontece no circuito tradicional de Spa-Francorchamps, com o local sediando um evento Sprint.

A segunda meta da temporada 2025, começa antes do início das férias de verão. Outros eventos Sprint aconteceram em Xangai e Miami ainda no início no campeonato.

Por conta do formato do fim de semana, as equipes vão encarar neste retorno, apenas uma sessão de treinos livres, antes de partir para a classificação Sprint. A corrida de 100 km no sábado, conta com 15 voltas, logo depois, as equipes retornam mais uma vez para o traçado, para definir o grid de largada do GP da Bélgica. A corrida do domingo, conta com 44 giros.

A Fórmula 1 optou por neste ano mais uma vez acomodar um evento Sprint na Bélgica, outro evento como esse ocorreu em 2023.

A escolha dos Pneus

Para a corrida deste ano, a Pirelli conseguiu realizar um ajuste na gama, para abrir mais a estratégia do evento. A escolha para os compostos se dá pelos pneus: C1 (duro – faixa branca), C3 (médio – faixa amarela) e C4 (macio – faixa amarela).

Pneus escolhidos para o GP da Bélgica de 2025 – Foto: divulgação Pirelli

Em alguns eventos anteriormente, a Pirelli conseguia com a sua gama ampla fazer essas combinações, para ampliar o gap na escolha dos compostos e movimentar as estratégias. Depois de algumas corridas neste ano, muito “batidas” nas escolhas, essa foi a alternativa que a fornecedora de pneus encontrou na tentativa de melhorar o evento. A última vez que a Pirelli apostou em algo assim, aconteceu no GP da Áustria de 2022 com a gama: C2 duro, C3 médio e C5 macio.

O novo composto neste evento será o C1, já que as equipes trabalharam com o C3 e C4 no ano passado. Conforme as simulações realizadas pela Pirelli, a expectativa é que a prova seja disputa em duas paradas, tornando a corrida mais competitiva.

Por ser um evento Sprint, as equipes entram no dilema de preservar os pneus para o domingo, enquanto precisam lidar com duas classificações e duas corridas. Com apenas uma sessão para preparar os carros, os times têm que levar todas essas questões em consideração.

Neste formato, as equipes recebem um jogo a menos de pneus, do que no fim de semana regular, dessa forma cada um dos pilotos conta com 12 conjuntos, sendo: 6 macios, 4 médios e 2 duros. Durante a classificação sprint as equipes precisam trabalhar no SQ1 e SQ2 com os pneus médios, enquanto o macio é permitido apenas no SQ3.

A corrida na Bélgica, assim como acontece na Áustria, tem um clima instável. Por ser um circuito muito longo de 7.004 km, é normal que as equipes possam lidar com um trecho de chuva em uma parte e enfrentar um circuito seco nas outras extremidades.

No entanto, o calor nessa época do ano pode ser muito intenso, algo que dificulta as equipes na gestão dos pneus. Com a entrega dos compostos C3 e C4, os pilotos precisam evitar cometer erros, para não perder esses jogos e prejudicar as estratégias dos seus times.

Essa também é uma pista que marca um desafio enorme para a definição da configuração dos carros.

O GP da Bélgica de 2024

A maioria dos pilotos optou por largar com pneus médios no grid. As exceções ficaram por conta de Carlos Sainz e Guanyu Zhou, que escolheram os compostos duros, enquanto Daniel Ricciardo apostou nos macios.

Ao longo da prova, a estratégia de duas paradas se mostrou a mais eficaz, com o pneu duro entregando o melhor equilíbrio entre durabilidade e performance. Entre os 19 pilotos que completaram a corrida — Zhou foi o único a abandonar — apenas cinco seguiram com uma única parada, trocando do composto médio para o duro: George Russell, Fernando Alonso, Lance Stroll, Kevin Magnussen e Yuki Tsunoda, que cruzaram a linha de chegada nessa ordem.

Porcentagem dos stints – Foto: Pirelli

Desses cinco, apenas Russell e Alonso conseguiram pontuar, com Russell vencendo e Alonso terminando em nono. No entanto, uma reviravolta veio após a corrida: durante a verificação técnica da FIA, o carro de Russell foi desclassificado por estar abaixo do peso mínimo exigido. Com isso, a vitória passou para seu companheiro de equipe, Lewis Hamilton, que havia utilizado uma estratégia de médio-duro-duro.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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