A temporada 2023 da Fórmula 1 contará com três estreantes no grid, Logan Sargeant, Oscar Piastri e Nyck de Vries vão disputar a sua primeira temporada completa da Fórmula 1. Este é o segundo ano com os carros do novo regulamento e os competidores se preparam para um grande desafio.
De Vries é o piloto com mais experiência entre os novatos, o holandês de 28 anos foi Campeão da Fórmula E na temporada 2020/21. O atual titular da equipe AlphaTauri seguiu para a categoria elétrica por falta de vaga e espaço na Fórmula 1, mas nunca desistiu de um dia guiar na categoria.
Em 2022 De Vries substituiu Alexander Albon durante o GP da Itália, o piloto conquistou a nona posição e faturou os seus primeiros pontos na Fórmula 1 e foi um destaque do fim de semana. Naquele momento, De Vries estava realizando vários testes para as equipes que usam o motor Mercedes, por fazer parte da academia do time alemão e também cumprir o seu papel de reserva, ele colaborou para que as equipes conseguissem cumprir o regulamento que exigia a participação de um jovem piloto.
Depois de uma temporada complicada na Fórmula E, cometendo muitos erros e sem chance de defender o título, De Vries auxiliou Stoffel Vandoorne na conquista do título e encerrou um ciclo com a Mercedes.
As negociações estavam acontecendo na Fórmula E para o fechamento do grid do próximo ano, enquanto o nome de De Vries não era anunciado por nenhum dos times da categoria elétrica, surgiram rumores que o holandês estaria na F1. Então a oportunidade de contratar o holandês para a AlphaTauri chegou ao passo que Pierre Gasly era liberado para correr na Alpine e formaria um time 100% francês.
“Acho que é muito óbvio que este é um momento muito especial. Obviamente tive a oportunidade de experimentar e guiar pela primeira vez em Monza no ano passado. Mas agora estou à frente da minha primeira temporada oficial e estou muito ansioso para isso. Tivemos um longo tempo de preparação e estou me preparando há muito tempo, então é a hora de começar. É bom estar aqui”, comemorou o holandês.
A AlphaTauri encerrou o último Campeonato na nona posição, somando apenas 35 pontos. Foi uma temporada complicada para Pierre Gasly e Yuki Tsunoda, mas o time quer resultados melhores neste ano. Durante os testes de pré-temporada a AlphaTauri foi a equipe que mais adquiriu quilometragem.
Sobre a posição da equipe no grid, De Vries disse: “Ainda é difícil fazer uma leitura clara de todos. Quero dizer, o grupo da frente está definido, mas o pelotão intermediário é tão próximo que é difícil saber onde você está nesse grupo. Vai mudar de fim de semana para fim de semana, dependendo das características da pista”, comentou De Vries.
“Então, acho que no sábado à noite saberemos onde estamos aqui no Bahrein, e talvez na Arábia estejamos em uma posição diferente dentro desse grupo. Mas estou esperançoso de que sejamos competitivos, mas também o tempo dirá onde estamos.”
A AlphaTauri precisa de bons resultados dos seus dois pilotos. Em tempo de casa Yuki Tsunoda tem mais experiência, mas De Vries esteve ativo todo esse tempo antes de entrar na Fórmula 1.
Oscar Piastri foi um fenômeno nas categorias de base, desde a sequência de títulos conquistados na Fórmula Renault, Fórmula 3 e Fórmula 2 é esperado que o piloto esteja na Fórmula 1.
Piastri foi apoiado pela Alpine na base, o time estava preparando o piloto para assumir uma vaga, mas esse assento estava um pouco longe de ser disponibilizado ao australiano. Com uma dupla formada por Esteban Ocon e Fernando Alonso, a Alpine se sentia confortável em não mudar, mesmo contando com Piastri e Jack Doohan na base.
A saída de Alonso do time, fez com que a equipe respondesse com a ‘contratação’ de Piastri, mas o piloto desmentiu a equipe, informando que não correria com os franceses em 2023. Com vários conflitos de prazos e a falta de disponibilidade da Alpine que não garantia a vaga de Piastri para 2023, o fez o piloto buscar um novo contrato com a McLaren que foi validado.
Piastri ficou um ano parado, realizando apenas trabalhos no simulador e o teste de pós-temporada no final do ano depois de ser liberado pela Alpine. Para o australiano era importante participar dos testes, adquirir quilometragem e agora começou o seu primeiro ano da Fórmula 1.
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“Já se passaram 12 anos desde que comecei a correr, então tudo até aquele ponto me levou ao agora. Então, me chamar de piloto de Fórmula 1 e me preparar para minha primeira corrida é um sentimento especial, definitivamente”, afirmou Piastri.
“Acho que ao sair daquele ano, definitivamente tive uma nova apreciação pelo quanto gosto de correr. Mesmo nos momentos ruins, ainda é melhor ter esses momentos ruins do que não ter nenhum momento. Acho que voltei provavelmente com mais fome, eu diria, do que antes e agora que estamos aqui no grid, é uma ótima sessão”, seguiu o australiano.
Os testes de pré-temporada para a McLaren não foram tão satisfatórios, mas Lando Norris acredita que a equipe não está tão ruim no Campeonato.
“Obviamente o teste não foi o mais tranquilo, mas acho que vamos entender melhor onde estamos amanhã. Acho que estamos em algum lugar no meio do pelotão e veremos onde chegamos no sábado à noite”, finalizou Piastri.
Logan Sargeant também está animado com a sua estreia pela Williams. O piloto chega à Fórmula 1 depois de encerrar o campeonato da F2 na terceira posição. A Williams estava buscando um substituto para Nicholas Latifi e não mediu esforços para colocar Sargeant em seu carro.
O piloto norte-americano realizou vários treinos livres com a Williams, com o intuito de adquirir quilometragem e um ponto adicional na superlicença, para que não tivesse chances dele não a conquistar ao final da temporada 2022.
Também existe um grande apelo da Fórmula 1 para ter um piloto norte-americano na categoria. Sargeant está tendo uma grande oportunidade para correr na categoria.
“A F1 está em um palco muito maior. Agora é um pouco mais de malabarismo, preparação e mídia. Mas, para ser honesto, estou muito feliz com o resultado do teste. Eu me sinto confortável no carro. Sinto que estabeleci uma boa base e uma base para trabalhar. Estou relativamente relaxado”, seguiu Sargeant.
Sobre trabalhar com Albon, Sargeant disse: “Acho que ele é provavelmente o companheiro de equipe mais aberto e honesto que eu já tive. Ele é super legal de trabalhar, obviamente com muita experiência e super rápido, então também é uma referência muito boa pra mim. Mas dentro da equipe, sinto que é um ambiente muito saudável. Todos estão trabalhando para o mesmo objetivo e me sinto parte da família depois de um ano e meio”, afirmou Sargeant.