ColunistasDestaquesFórmula 1Post

Pérez vence GP da Arábia Saudita para liderar dobradinha da Red Bull. Russell é P3

Sergio Pérez passeou em Jeddah para conquistar a sua quinta vitória da carreira. Max Verstappen escalou o pelotão para formar uma segunda dobradinha neste início de temporada com a Red Bull. Alonso recebe punição ao final da prova

Sergio Pérez fez valer a conquista da pole, o mexicano venceu o GP da Arábia Saudita neste domingo (18), cruzando a linha de chegada com mais de 5 segundos de vantagem para Max Verstappen.

Na largada Pérez foi atacado por Fernando Alonso e perdeu a ponta, mas poucas voltas depois, o mexicano recuperou a primeira posição, pois não tinha perdido contato com Fernando Alonso. Pérez ficou com receio de perder a vitória depois da ação do Safety Car, mas o piloto imprimiu um ritmo muito forte e conseguiu sagrar a vitória.

Max Verstappen que largou da décima quinta posição foi escalando o pelotão para poder brigar pelo pódio. O holandês desfrutou da eficiência do carro da Red Bull para poder conquistar o segundo lugar. Quando a corrida se aproximou do final, Verstappen reclamou do semieixo do carro, passou a sentir algumas vibrações, mas conseguiu concluir a prova.

Fernando Alonso é a figurinha carimbada em meio a dobradinha da Red Bull na Arábia Saudita. O espanhol que largou da segunda posição e atacou Pérez na largada, terminou a prova na terceira posição. O piloto da Aston Martin fez uma grande corrida e representou o time mais uma vez no pódio.

Porém, instantes após o encerramento da prova, Alonso foi investigado pela sua parada nos boxes, por conta da punição de cinco segundos que foi cumprida erroneamente. O espanhol foi punido com dez segundos, caindo então para a quarta posição.

Enquanto a Mercedes enfrenta os seus problemas com o W14, a equipe faturou um terceiro lugar com George Russell, que herdou o pódio de Alonso. A quinta posição é de Lewis Hamilton. Os pilotos da Mercedes travaram um embate, mas Hamilton precisou recuar, pois completou 32 voltas com os pneus médios.

Carlos Sainz foi o sexto colocado, seguido por Charles Leclerc. O monegasco que cumpriu a punição no grid de largada do GP da Arábia Saudita, fez uma prova de recuperação, mas diferente de Verstappen, não tinha carro para obter uma posição superior. O monegasco se mostrou frustrado com o desempenho da Ferrari ao longo da prova.

A Alpine é mais uma dobradinha que se forma no grid, Esteban Ocon foi o oitavo colocado, acompanhado por Pierre Gasly. Kevin Magnussen ultrapassou Yuki Tsunoda próximo do encerramento da prova, para ficar com a décima posição. A Haas, portanto, faturou um pontinho na segunda prova do ano.

A Fórmula 1 realiza uma breve pausa para retornar na Austrália em quinze dias.

Saiba como foi o GP da Arábia Saudita

Os pilotos da Fórmula 1 retornaram ao traçado de Jeddah para encerrar o fim de semana com a disputa do GP da Arábia Saudita. Os minutos que antecedem o início da prova são de muita tensão, principalmente quando pensamos nas estratégias e escolhas dos pneus para o começo da prova.

O grid de largada foi alterado apenas por Charles Leclerc, o piloto se classificou na segunda posição, mas com a punição que gerada pela perda de dez posições no grid de largada, o monegasco começou a corrida da décima segunda posição.

Max Verstappen que enfrentou problemas na classificação passou pela troca do câmbio, a equipe optou por retornar ao carro do holandês o primeiro câmbio (usado no Bahrein) ao invés de instalar uma terceira unidade. Cerca de uma hora antes do início da corrida a Red Bull estava verificando o carro de Sergio Pérez, para atestar que não existia nada de errado com o carro do mexicano, depois do problema enfrentado por Verstappen.

Largaram com os pneus macios, Charles Leclerc e Lando Norris, enquanto Lewis Hamilton e Logan Sargeant apostaram nos pneus duros para a largada. O restante do pelotão começou a prova com os pneus médios.

Dividiram a primeira fila Sergio Pérez e Fernando Alonso, o piloto mexicano conquistou a pole no sábado, depois de cravar uma primeira volta voadora no Q3. George Russell dividiu a segunda fila com Carlos Sainz. O destaque da classificação foi Oscar Piastri que levou a McLaren a oitava posição, enquanto Lando Norris largou da décima nona posição por ter tocado no muro durante a classificação.

Largada autorizada, Pérez tentou fechar Alonso, mas o espanhol assumiu a ponta. Russell manteve a terceira posição, com Sainz em quarto. Tsunoda e Albon disputavam pela décima sexta posição, enquanto Verstappen se manteve em décimo quinto. Na sequência Stroll atacou Sainz e obteve a quarta posição.

Alonso era investigado por não ter parado corretamente dentro do colchete antes da largada. Piastri que estava com problemas na asa dianteira seguiu para os boxes para substituir o bico do carro e retornou ao traçado para a vigésima posição. O carro do piloto australiano ficou danificado por um toque com Esteban Ocon na largada.

Na segunda volta Alonso recebeu uma punição de cinco segundos, pois rapidamente os comissários investigaram e puniram o piloto espanhol.

Com três voltas, Norris também seguiu para os boxes e assim como Piastri retornou com os pneus duros instalados. O britânico também instalou uma nova asa dianteira, Norris começou a perder desempenho e contato com os outros competidores – aparentemente ele não tocou com ninguém depois da largada. Os dez primeiros eram: Alonso, Pérez, Russell, Stroll, Sainz, Ocon, Hamilton, Gasly, Leclerc e Zhou. Verstappen estava na décima terceira posição.

No giro seguinte, Pérez atacou Alonso e reassumiu a liderança da prova. Rapidamente o mexicano estabeleceu mais de 0s700 para o espanhol.

Com o desenvolvimento da prova, Verstappen já era o décimo primeiro colocado na sétima volta. Enquanto Gasly ameaçava Hamilton, Leclerc aproveitou o momento para concluir a ultrapassagem no francês e assumir a oitava posição. Na sequência o piloto da Ferrari passou a atacar Hamilton.

Na décima volta Verstappen já era o nono colocado. Bottas e Magnussen realizaram as suas paradas para instalar os pneus duros.

Dois giros depois Hamilton foi ultrapassado por Verstappen e caiu para a nona posição. Zhou e Hülkenberg resolveram trocar os seus pneus e instalaram os pneus duros. Neste momento os dez primeiros eram: Pérez, Alonso, Russell, Stroll, Sainz, Ocon, Leclerc, Verstappen, Hamilton e Gasly.

Na volta 14, Stroll foi para os boxes e instalou os pneus duros, enquanto a Ferrari se movimentava para trocar os compostos de Sainz. Leclerc estava separado por mais de 4 segundos do piloto espanhol. Sainz foi permanecendo na pista até a volta 16, quando instalou os pneus médios. Depois de ter ficado de cara para o vento o dono do carro 55 voltou à frente de Stroll.

Enquanto Verstappen pressionava Leclerc, a Ferrari optou por realizar a troca dos pneus usados pelo monegasco. Ocon também fez a sua troca. Leclerc retornou ao traçado à frente de Stroll.

Na sequência Stroll foi forçado a parar o carro na curva 13, enfrentando problema de recuperação de energia. Uma bandeira amarela foi acionada, mas na sequência o Safety Car foi acionado. Aproveitaram para realizar as suas paradas Tsunoda, Albon, De Vries e Bottas.

Na volta 19 Pérez e Alonso seguiram para os boxes enquanto o Safety Car aguardava para reagrupar os carros. O espanhol mesmo cumprindo a punição retornou à frente de Russell e Verstappen. A Mercedes também parou Russell e Hamilton, o mesmo aconteceu com a Red Bull trocando os pneus de Verstappen.

Com 20 voltas os dez primeiros eram: Pérez, Alonso, Russell, Verstappen, Sainz, Hamilton, Leclerc, Tsunoda, Ocon e Gasly. Norris fez mais uma parada, agora para instalar os pneus médios.

O Safety Car deixou a pista no final da volta 20. A direção de prova justificou que o Safety Car foi acionado pois eles não tinham certeza sobre o ângulo e a posição que Stroll tinha parado na pista. Pérez manteve a primeira posição, enquanto Alonso fez o possível para se defender de Russell, segurando o britânico para que o piloto da Mercedes enfrentasse Verstappen.

Na volta seguinte, Sainz foi ultrapassado por Hamilton, o piloto da Mercedes ficou com a quinta posição e partiu para se aproximar de Verstappen. Lá no final do pelotão, Zhou assumiu o décimo quinto lugar ultrapassando De Vries. Albon e Sargeant andavam próximos, pois os pilotos ocupavam a décima terceira e décima quarta posições, respectivamente.

Não demorou muito e na volta 24 Verstappen já era o terceiro colocado, enquanto se preparava para assumir o segundo lugar por ter se aproximado de Alonso. Pérez permanecia na liderança, com mais de cinco segundos de vantagem para Alonso. O mexicano tinha aferido a melhor volta da prova ao anotar 1m33s440.

Quando os pilotos chegaram no giro 25, Verstappen formou uma dobradinha com o companheiro de equipe. Com um ritmo forte, o holandês começou a trabalhar para se aproximar de Pérez.

Com a prova chegando na metade, dava para notar a formação de forças nessa pista: Red Bull, Aston Martin, Mercedes, Ferrari, Alpine, Haas, Williams e McLaren.

Alexander Albon passou a enfrentar problemas com os freios, deixou o seu companheiro de equipe passar e foi despencando no pelotão. O piloto não tinha entrado nos boxes e permanecia na pista se arrastando, antes de conseguir entrar no pit-lane.

Com 28 voltas, Hamilton atacava Russell na busca pelo quarto lugar. Albon abandonou a prova. Verstappen fazia sua aproximação em Pérez lentamente.

A corrida ficou um pouco morna, pois algumas distâncias tinham se estabilizado. Como os pilotos pararam cedo, também existia a preocupação com os pneus, principalmente se as equipes estavam trabalhando com a estratégia de apenas uma parada.

Na volta 36, Sargeant seguia pressionando Hülkenberg que seguia tentando se defender na décima segunda posição. Bottas foi chamado aos boxes para instalar os pneus macios e retornou atrás dos carros da McLaren, mas com mais de 29 segundos separando o finlandês de Piastri.

Verstappen começou a reclamar do semieixo do carro e da dirigibilidade do RB19. A equipe não tinha identificado nenhum problema, mas aconselhou o piloto a não atacar as zebras. Instantes depois foi a vez de Pérez reclamar dos pedais dos freios, mas a equipe informava que era um desgaste das pastilhas.

Zhou assumiu o décimo terceiro lugar, ultrapassando Sargeant. Pouco depois era a vez de Magnussen atacar Tsunoda pelo décimo lugar.

Depois de Sargeant ter disputado por posições, o piloto passou a ser desafiado por outros competidores. De Vries ultrapassou o piloto da Williams, enquanto os dois pilotos da McLaren estavam atacando o piloto norte-americano.

Enquanto Piastri aguardava uma reação de Norris, o australiano começou a atacar o companheiro de equipe. Os pilotos estavam rodando no mesmo ritmo.

Tsunoda foi ultrapassado por Magnussen na volta 47, perdendo assim a décima posição e a chance de pontuar na Arábia Saudita. Na volta seguinte Piastri assumiu a décima sexta posição e foi liberado para brigar com Sargeant.

Alonso foi alertado para acelerar na última volta e tentar ficar a cinco segundos à frente do espanhol.

Pérez recebeu a bandeirada na primeira posição, vencendo a primeira corrida de 2023. Verstappen completou a dobradinha, acompanhado por Alonso. O espanhol cruzou a linha de chegada com mais de 5 segundos de vantagem para Russell, porém ainda não estava claro o motivo para o piloto tentar fugir de uma possível punição se nada aparentemente estava sendo investigado.

Pouco depois do encerramento da corrida Alonso foi punido, pois investigaram a sua parada nos boxes e a forma como a Aston Martin cumpriu a punição. O espanhol então ficou com o quarto lugar, enquanto Russell herdou o pódio.

Mostrar mais

Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo