Ainda é cedo para qualquer análise sobre os carros de 2022, geralmente quando os times fazem as apresentações dos seus carros estão focados na revelação das pinturas, na apresentação dos seus patrocinadores. Os lançamentos são aguardados pelo público, alguns times até se preocupam em fazer eventos e transmiti-los, mas não querem revelar muito para os seus concorrentes.
Quando um novo regulamento é introduzido, principalmente quando ele vai mudar a estética do carro, os times se debruçam nos regulamentos, investigam cada detalhe, tentam buscar soluções aerodinâmicas que os seus adversários podem não ter se atentado.
Os lançamentos dos carros ainda possuem aquele toque de “esconder o jogo”, fazem o possível para não entregar nada. Imagens renderizadas são divulgadas quando time não quer nem fazer graça com o lançamento. Outros apostam nos ensaios feitos com muito efeito, posicionamento das luzes e caprichando na edição para não revelar qualquer solução aerodinâmica.
Na realidade, alguns especialistas e até mesmo os times dizem que o carro real só será visto na primeira prova do ano. Depois dos testes eles ainda vão passar por ajustes, modificações e atualizações antes de participar do primeiro treino livre. Ainda nos testes de pré-temporada os times acabam escondendo o jogo, não falo apenas da performance, mas alguns até apostam em pinturas especiais para disfarçar as soluções que encontraram.
Quando chegam às pistas para os primeiros testes, os times colocam seus fotógrafos de olhos mais treinados para registrar e captar partes dos carros que podem ser estudadas. É tão natural, que assim que o carro entra no pit-lane, os membros da equipe já avançam para cobrir os carros, tentando evitar os olhos atentos dos fotógrafos.
Em um ano que representa o início de uma nova era, é natural os times não revelarem os avanços que tiveram em seus projetos. Atualmente as equipes não têm um nível de comparação, criaram os seus carros do zero, seguindo apenas aquilo que acreditam ser a aposta certa. E mesmo com um regulamento rígido, ele ainda tem uma margem para interpretação, além dos times imprimirem a ‘filosofia’ em seus carros.
Nestes primeiros lançamentos que tivemos em 2022, os carros parecem extremamente parecidos, sem muita personalidade. Haas e Red Bull foram as primeiras equipes que revelaram os seus carros, o time americano apostou em uma imagem renderizada, enquanto os austríacos ainda mostraram um carro, mas o RB18 é extremamente parecido com o modelo da FIA, utilizado para a divulgação do modelo de 2022.
O chefe de equipe da Red Bull, Christian Horner ainda foi categórico quando informou que o carro mostrado na apresentação era diferente do que estaria em pista. Mas a Aston Martin rumou para algo diferente em sua apresentação, segundo Matt Bishop, o chefe de comunicações da Aston Martin, o AMR22 era real, este será o carro que vamos ver na pista nos próximos dias.
Oh dear, we’ve been tango’d, they have literally unveiled the F1 showcar! Not a RB18. This isn’t even up to the current regs!@scarbstech livestream is over
If you want analysis I covered it yesterday.https://t.co/zO5drGZ66J— Craig Scarborough (@ScarbsTech) February 9, 2022
As imagens da Aston Martin vão além no detalhamento, elas mostram saídas de ar na parte superior da carenagem, um bico mais fino e trabalhado. A asa traseira da Aston Martin tem um formato muito mais explorado do que o dos outros carros revelados até agora, fora as entradas de ar…
Entretanto, os times já sabem que ao longo dos testes de pré-temporada vão fazer várias checagens. Mesmo que esse seja o AMR22 que vai estar na pista, ele ainda será aperfeiçoado, até para se adequar ao seu programa de testes. Fora que todos desejam ter acertado ao máximo, mas sabem que mudanças acontecem, principalmente por conta do direcionamento do projeto.