Os desdobramentos do caso envolvendo Christian Horner, a Red Bull e a funcionária que denunciou Horner por um comportamento inadequado parece não ter fim. Nas últimas semanas aconteceram diversas movimentações, em um momento ficou claro que Horner ficaria na equipe, principalmente após ser inocentado, mas a nova rodada de informações indica a saída do chefe de equipe.
Está mais do que claro que uma queda de braço está sendo travada internamente na Red Bull. A briga por poder e a divisão da equipe pelo lado austríaco e tailandês e o suporte prestado segue.
No sábado, durante o GP da Arábia Saudita, onde a Red Bull faturou mais uma dobradinha na temporada 2024, Oliver Mintzlaff, CEO de Projetos Corporativos e Investimentos da Red Bull GmbH, convenceu todos os envolvidos a evitar novos comentários sobre a situação interna da equipe com a imprensa: “Não pretendemos divulgar nossos problemas internos e pessoais para o mundo inteiro”, comentou com alguns repórteres antes do início da prova.
Enquanto as atividades da Arábia Saudita se desenrolavam, Helmut Marko informou que existia a “possibilidade técnica” de sofrer uma suspensão e não estar com a equipe no GP da Austrália. A fala de Marko fez até mesmo com que Max Verstappen saísse mais uma vez em defesa do austríaco e deixasse em aberto a possibilidade de deixar o time.
A situação tentou ser apaziguada com imagens de união, para tentar apagar o incêndio causado. Durante a cerimônia de premiação do GP em Jeddah, Horner mais uma vez esteve acompanhado da esposa e Adrian Newey, reforçando essa imagem do apoio que tem da equipe.
Porém, um dia após a prova, uma nova movimentação de informações começa a circular. O lado tailandês da Red Bull que estava até o momento apoiando Horner, pode estar inclinado em seguir a Red Bull GmbH e permitir que a demissão do chefe de equipe aconteça. A decisão original seria de Oliver Mintzlaff.
Tudo estaria ligado com a possibilidade de nesta próxima semana a funcionária envolvida em toda a situação, tornar público o ocorrido, revelando o seu ponto de vista. A funcionária foi afastada do cargo, após a investigação que inocentou Horner foi encerrada – confirmação que também aconteceu durante a prova em Jeddah. Além disso, é esperado que ela tome medidas legais, que vão além da investigação conduzida pela Red Bull GmbH.
Outra movimentação é que estão apontando que os Estados Unidos também podem estar influenciando nesta decisão. O time que assim como a Fórmula 1 tem explorado cada vez mais o mercado norte-americano e tem vínculo com a Ford para o fornecimento dos motores a partir de 2026, tem notado um aumento de boicotes e ativistas dos direitos das mulheres realizando cobranças sobre o caso.
E ainda tem muito pano para a manga, segundo informações que vem de um jornal alemão, a banda de rock U2 também estaria entrando na equação para gerar ainda mais burburinho e aumentar o peso da decisão da Red Bull para de fato tirar Horner do controle da equipe.
Sim, a banda U2 que tem vários anos na estrada, abordando temas políticos, direitos e realizando vários questionamentos pertinentes sobre a sociedade, planeja demonstrar o seu apoio público com uma música chamada “Don’t be horny, be Christian”.
A funcionária afetada por este caso teria um vínculo com o guitarrista da banda e essa seria uma demonstração de suporte por esse caso que já tem tomado grandes proporções. O seu irmão seria genro do então guitarrista da banda. O nome da música não poderia ser mais sugestiva.