Convidamos a Rafaela Oliveira do site Garota da F1, para falar sobre a insatisfação de Lewis Hamilton diante do silêncio de uma categoria que não se manifestou sobre o caso George Floyd, confira:
Neste domingo (31) a comunidade da Fórmula 1 ficou agitada! E não foi devido a uma corrida, e sim a uma critica dura e precisa do hexacampeão Lewis Hamilton.
O inglês publicou em suas redes sociais sua insatisfação com o silencio de seus colegas da categoria sobre o caso de George Floyd, homem negro morto por um policial branco, na última semana.
O ocorrido gerou e continua a gerar revolta no mundo todo e Hamilton, sendo a única presença negra na Fórmula 1, não deixou de se posicionar e sentir a dor de estar sozinho dentro de sua profissão.
Em seu instagram o piloto escreveu:
“Eu vejo vocês que estão em silêncio, algumas das maiores estrelas, que, mesmo assim, ficam em silêncio em meio à injustiça. Nenhum sinal de ninguém da minha indústria que, logicamente, é um esporte dominado por brancos. Eu sou um dos poucos pilotos negros lá, mas mesmo assim eu me levanto sozinho. Eu achava que agora, após ver o que está acontecendo que vocês diriam algo sobre isso, mas vocês não nos apoiam. Saibam que eu sei quem vocês são e eu vejo o que vocês fazem…”.
A indignação de Hamilton não só é valida como necessário, são gerações e gerações de vitimas do racismo estrutural sofrendo sozinhas. É preciso usar dos privilégios que temos e não nos calar.
O comentário gerou todo tipo de resposta, muitas criticas, principalmente daqueles que não sabem se colocar no lugar dos outros em um momento que isso é fundamental. Contudo, a mensagem do hexacampeão também gerou um efeito dominó e não só pilotos da Fórmula 1, mas de outras categorias passaram a se pronunciar.
Talvez a Fórmula 1 não mereça Lewis Hamilton, mas precisa dele, assim como a sociedade em geral. Se posicionar faz toda a diferença em um mundo dividido e o inglês sabe disse e usa de sua influência para reeducar os outros.
Confira também o seu texto no site Garota da F1, “Saia da sua bolha!“