Neste fim de semana a Fórmula 1 segue para o Circuito de Suzuka, palco da 4ª batalha do campeonato. Com pouco mais de seis meses após a última visita da categoria ao Japão, a categoria desembarca mais uma vez, para a próxima batalha.
A corrida mudou de data por conta da regionalização do calendário da Fórmula 1. Nos últimos anos a prova era disputada entre setembro e outubro e agora passa para abril, participando de uma formação Oceania e Ásia, com as corridas da Austrália, Japão e China programadas para este momento do campeonato.
Suzuka que foi o palco da decisão de vários campeonatos, agora se depara com uma categoria que está no começo do calendário, enquanto ainda tem basicamente 20 provas – depois do GP do Japão – pela frente.
O evento neste ano é marcado pela época das flores de cerejeira, que deixa o país com outra cara. Esta mudança na programação também faz a categoria experimentar a pista de outra forma, com temperaturas mais baixas, em uma média entre 8º C e 13°C.
Por conta das exigências do traçado, a Pirelli por mais um ano fornecerá a gama dura de pneus, ela é formada por: o pneu C1 (duro – faixa branca), C2 (médio – faixa amarela) e C3 (macio – faixa vermelha).
Neste traçado os pneus são altamente exigidos, pois os carros estão praticamente avançando de uma curva para a outra. A 130R é uma das curvas mais rápidas e ela também exige muito dos compostos, cobrando a sua eficiência.
O asfalto colabora para a degradação dos compostos por conta da sua abrasividade e rugosidade. Em um traçado em formado de 8, os pneus são muito cobrados, então a fornecedora não preparou uma alteração para a realização desta prova; a aposta é realmente na segurança.
Sobre as estratégias, geralmente é uma corrida para duas paradas. No ano passado, Max Verstappen concluiu a prova realizando dois stints de pneus médios e um com o composto duro.
O grid seguiu essa linha de duas paradas, mas alguns apostaram nos pneus macios para a largada em uma combinação com os pneus duros para o final da prova.
Neste fim de semana a Pirelli tem uma icônica, já que as equipes vão lidar com temperaturas mais baixas e isso pode significar uma alteração na estratégia, com eles podendo apostar em apenas uma parada. No entanto, o piloto que optar por apenas uma troca de pneus pode ficar um pouco limitado e precisará cuidar dos seus pneus evitando erros para alongar a sua permanência na pista.
Existe também o desafio de manter os pneus na janela operacional correta, principalmente sabendo como trabalhar o aquecimento deles, enquanto se evita perder o controle do carro e dechapar os compostos. Some isso a uma pista bem complicada, deixando os pilotos mais tentos para que tudo possam sair como seus times esperam.
Vamos observar ao longo dos treinos livres como será a eficiência dos pneus e a degradação dos compostos.
Com o encerramento do GP do Japão de 2024, Sauber e Racing Bulls se comprometeram por ficar um pouco mais em Suzuka. Na terça-feira (9) e quarta (10) essas duas equipes vão participar de testes para a Pirelli, avaliando o desenvolvimento e construção dos pneus que estão sendo desenvolvidos para a próxima temporada.