Com a produção dos carros suspensa por conta da pandemia de Covid-19, a McLaren atendeu ao pedido do governo do Reino Unido em março e passou a produzir respirados para pacientes que foram afetados pelo vírus.
Foram produzidos 13.437 respiradores e mais de 100 mil componentes individuais fabricados em apenas 10 semanas. O foco do momento estava em salvar vidas, desta forma o Grupo McLaren utilizou os recursos disponíveis de design, prototipagem, produção e eletrônica para aumentar a produção de equipamentos.
O mundo todo estava ao mesmo tempo necessitando de equipamento médico para salvar vidas, a quantidade de respiradores não era suficiente para a demanda de pessoas necessitadas. Realizar a produção destes equipamentos, significou salvar a vida de milhares de pessoas.
Várias equipes de F1 atenderam ao Projeto Pitlane, disponibilizando a sua tecnologia para a construção de equipamentos, aquelas que tem sede no Reino Unido atenderam ao chamado prontamente.
No comunicado da equipe, eles explicaram a complexidade que é para montar um equipamento hospitalar:
“Projetar e fabricar um respirador, assim como um carro de Fórmula 1 ou um supercarro, não é de forma alguma um processo simples ou rápido. As peças mais importantes do equipamento médico são extremamente sensíveis, estas máquinas que precisam de hardware e software especializados operando em um design altamente complexo e intrincado. Se um dos componentes não funcionar corretamente, toda a máquina pode desligar e potencialmente colocar o paciente em risco.”
Para produzir as peças necessárias, utilizaram projetos que já estavam acordados para acelerar o processo, já que a certificação de equipamentos hospitalares leva tempo.
Problemas surgiram no caminho, como a necessidade de adquirir matérias especializado e peças necessárias para a fabricação. Desta forma começou um processo de planejamento, gerenciamento de projetos, compra e logística pela McLaren Racing.
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Eles conseguiram 117 fornecedores para obter os componentes necessários para a produção do dispositivo Penlon.
“No espaço de quatro semanas, tendo começado o projeto do zero, tínhamos 10 milhões de peças novas. E tudo isso vinha de uma cadeia de suprimentos completamente nova – a maioria de nós nunca tinha visto um respirador antes”, disse Mark Mathieson, diretor de inovação da McLaren.
“Nem uma vez tivemos que parar a linha de produção devido a falta de peças ou materiais. Quando você considera que no início do projeto havia um risco real de acontecer, esta foi uma conquista fenomenal”, finalizou.
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O esforço do grupo (McLaren Racing e McLaren Automotive) ainda resultou na produção de carrinhos sob medida onde os ventiladores podem ser fixados e transportados dentro de ambientes clínicos.
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“A construção do carrinho foi uma experiência de aprendizado para todos os envolvidos”, admite Piers Thynne, diretor de produção da McLaren Racing. “Apesar de ser um produto simples, é um dispositivo médico, portanto, está sujeito a um rigoroso processo de inspeção de alta qualidade.”
A Royal Academy of Engineering premiou a McLaren pelos serviços prestados durante a pandemia.