A Liberty Media, empresa proprietária da Fórmula 1 está enfrentando uma investigação do Departamento de Justiça dos EUA por rejeitar a entrada da Andretti na categoria.
Em maio de 2024, o Congresso Americano encaminhou uma carta à Liberty Media, questionando os motivos para ter impedido a entrada da Andretti na competição, principalmente após avaliação da FIA que detectou que o time cumpria todos os requisitos estipulados.
O CEO Greg Maffei confirmou em uma reunião com os acionistas, referente aos lucros trimestrais, que a empresa está sendo alvo de uma investigação pela Divisão Antitruste do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, para compreender melhor essa recusa da categoria.
A Andretti encaminhou a sua candidatura para a FIA, quando foi aberta a possibilidade de uma 11ª equipe participar do grid da F1. Após a análise de toda a documentação solicitada pelo órgão regulamentador do esporte, a sua aprovação foi confirmada, pois a empresa cumpria todos os requisitos. No entanto, a equipe norte-americana precisava provar o “seu valor” para a Fórmula 1.
Após a avaliação da categoria, ficou definido que não existia espaço para um novo time no grid, principalmente por atualmente as dez equipes do pelotão não quererem dividir a premiação que contempla a competição. Alegaram que a Andretti não agregaria valor ao grid. Desde então uma novela vem se desenrolando. A Andretti segue os passos de que ingressará ao grid da competição, enquanto, a Fórmula 1 está segura de que isso não acontecerá em um curto espaço de tempo.
Naquele documento emitido pelo Congresso Americano, o grupo bipartidário de legisladores ativou a Lei Antitruste de 1890 – que atua como um conjunto de leis que regulam a conduta e a organização de negócios para promover a concorrência e evitar monopólios injustificados, evitando prejudicar a livre concorrência no mercado.
“Olhando para a Andretti, como vocês viram esta manhã, anunciamos que há uma investigação do DoJ”, disse Maffei aos analistas de negócios de Wall Street. “Pretendemos cooperar totalmente com essa investigação, incluindo quaisquer solicitações de informações relacionadas. Acreditamos que nossa determinação, a determinação da F1, estava em conformidade com todas as leis antitruste aplicáveis nos EUA, e detalhamos a lógica de nossa decisão em relação à Andretti em declarações anteriores”.
“Certamente não somos contra a ideia de que qualquer expansão seja errada”, disse ele. “Há uma metodologia para a expansão que requer a aprovação da FIA e da F1, e ambos os grupos precisam considerar os critérios atendidos. Estamos certamente abertos para que novos participantes se inscrevam e possam ser aprovados se esses requisitos forem atendidos”, afirmou.