Há 30 anos Nigel Mansell conquistava o seu primeiro e único título na Fórmula 1. O leão demorou treze temporadas para conseguir o resultado que todos os pilotos almejam na F1: um dia se tornar Campeão Mundial e colocar o seu nome na história.
Mansell conquistou o seu título durante a segunda passagem na Williams, o piloto britânico já tinha guiado pelo time de Grove entre 1985 e 1988. Neste retorno em 1991, Mansell começou a temporada com três abandonos por falhas e falta de confiabilidade do seu carro, enquanto Ayrton Senna já tinha emplacado três vitórias com a McLaren. O britânico conseguiu se recuperar no campeonato, para encerrar a temporada na segunda posição, enquanto seu companheiro de equipe, Riccardo Patrese foi o terceiro colocado.
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No ano seguinte ao seu retorno, Mansell começou de forma matadora a temporada de 1992, cinco vitórias, nas cinco primeiras corridas. O britânico guiava o Williams-Renault FW42B, um carro que tinha uma superioridade clara nas pistas. O carro usado em 1992 era uma evolução do veloz FW14, mas a máquina se tornou ainda melhor pelos dispositivos eletrônicos que continha: a suspensão ativa e o controle de tração.
A aerodinâmica do FW14B também era invejável, mas o carro precisava encaixar com o dono, Mansell caiu como uma luva para o modelo. Depois das cinco vitórias no início da temporada, um segundo lugar em Mônaco e um abandono no Canadá, Mansell emplacou mais três vitórias França – Inglaterra e Alemanha. Foi na corrida da Hungria equivalente a 11ª etapa do Campeonato, que Mansell conquistou o título com um 2º lugar.
O Leão se consagrou Campeão com uma antecedência impressionante, foram oito vitórias até aquele momento da temporada. Mansell chegou na Hungria precisando marcar 4 pontos à mais que Riccardo Patrese, mas na ocasião, o italiano parecia dispostos a adiar os planos do companheiro de equipe. Patrese cravou a pole daquela prova.
A prova foi movimentada, Mansell que começou a prova do segundo lugar, foi superado por Ayrton Senna e Gerhard Berger. O italiano controlava a ponta, fez isso até a volta 39, quando rodou na curva 2. Patrese ficou fora da zona de pontuação, naquela época apenas os seis primeiros colocados eram contemplados com pontos, desta forma bastava um pódio para que Mansell se tornasse campeão na Hungria.
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Mansell se manteve no segundo lugar até a volta 61, no giro seguinte fez um pit-stop, retornando para a pista na sexta posição. As últimas voltas da prova foram eletrizantes, com Mansell duelando na pista para voltar mais uma vez ao pódio. O Leão então recebeu a bandeira quadriculada na 2ª posição, atrás de Ayrton Senna e comemorou a conquista do título.
No restante da temporada Mansell pode relaxar, as coisas estavam decididas! O britânico ainda fechou o ano conquistando mais cinco poles, mas delas apenas em Portugal voltou a capitalizar uma vitória. Das dezesseis corridas disputadas, Mansell conquistou 14 poles e nove vitórias.
Durante o GP da Itália, Mansell anunciou a sua saída da Fórmula 1, seguiu para a Indy onde foi Campeão da temporada de 1993. Em 1994 ainda guiou na Indy, mas retornou à F1, para disputar o GP da França, substituindo David Coulthard, mas também esteve com o time nas últimas três provas da temporada.
Mansell ainda guiou em 1995 pela McLaren, mas a temporada foi supercomplicada. Em 1996 ele ainda fez duas provas, mas deixou a categoria em definitivo.
Por conta dos 30 anos de seu título, Mansell realizou um encontro com o FW14B durante o Festival de Goodwood. O piloto foi homenageado durante um dos maiores eventos do automobilismo mundial, sendo aplaudido pelo público pressente enquanto desfilava com o carro.
Sebastian Vettel guiou durante o GP da Inglaterra o FW14B, durante um evento de exibição, para celebrar os 30 anos da conquista de Nigel Mansell. Em 2020 Vettel adquiriu o carro que Leão conquistou o título. O FW14B tinha um 5 vermelho, que identificava Mansell na pista, o mesmo número usado por Vettel na Fórmula 1.