Os pneus que serão usados durante o GP da Emilia-Romagna, em Ímola já estão definidos. A Pirelli divulgou a seleção ainda no início de abril, com uma mudança para a prova que será disputada como 6ª etapa do calendário de 2023.
Por conta do baixo consumo dos pneus em 2022, a Pirelli avançou em sua escolha e fornecerá a gama mais macia de pneus: C3 (duro – faixa branca), C4 (médio – faixa amarela) e C5 (macio -faixa vermelha), mesma combinação utilizada no Azerbaijão. Na corrida do ano passado, a fornecedora de compostos disponibilizou a gama intermediária de pneus para os competidores.
A corrida contou com duas paradas, mas o começo da prova foi marcado pela chuva. Com a pista declarada molhada, as estratégias zeraram e todos foram obrigados a começar a prova usando os pneus intermediários. Em 2022 o GP da Emilia-Romagna contou com um fim de semana frio e chuvoso, com os times lidando com a pista molhadas nas sessões de sexta-feira e domingo. Algo semelhante é esperado para este fim de semana. Porém, desta vez a categoria não realizará uma corrida Sprint em Ímola.
O traçado é bem técnico, mas também é uma pista que combina curvas de alta e baixa velocidade, testando o desempenho dos carros de forma profunda. A ideia é que os times tenham a opção de trabalhar estratégias diferenciadas com o uso da gama mais macia de pneus e possam realizar uma corrida mais dinâmica. Ímola não é um circuito que proporciona muitas ultrapassagens, desta forma a guerra na pista se resume as estratégias.
A pista conta com um asfalto um pouco abrasivo; os compostos acabam trabalhando bastante por conta das forças laterais. O GP de 2022 foi disputado no penúltimo fim de semana de abril, um mês antes da corrida desta temporada. Esperavam temperaturas mais altas, mas no momento espera-se que elas mal ultrapassagem os 20°C, sendo mais um fim de semana frio e provavelmente chuvoso em Ímola.
NOVA CLASSIFICAÇÃO
A Pirelli realizará um novo formato de classificação em Ímola, com apenas um composto sendo trabalhado em cada uma das sessões que compõem a atividade. No Q1 as equipes podem trabalhar apenas com os pneus duros, enquanto no Q2 os pneus médios são os compostos selecionados e o Q3 – quando as voltas mais velozes são realizadas – os compostos macios entrarão em ação.
Essa alocação diferenciada também será trabalhada em uma outra prova do ano que ainda será definida. A Pirelli confirma que vai fornecer apenas 11 conjuntos de pneus neste fim de semana, diferente dos 13 compostos que são usados em um fim de semana regular da categoria. A distribuição fica desta forma: 3 jogos de pneus duros, 4 médios e 4 macios.
A seleção de pneus de chuva segue inalterada, são: quatro jogos de pneus intermediários (faixa verde) e três pneus de chuva extrema (faixa azul).
Durante a Sprint realizada no Azerbaijão, a Pirelli trabalhou uma regra diferente de utilização dos pneus. No Q1 e Q2 estavam disponíveis os pneus médios, mas as equipes só podiam trabalhar com compostos novos, precisando reservar esses pneus para a sessão, enquanto no Q3 as equipes só poderiam trabalhar com os pneus macios novos. Uma classificação com duração menor também foi usada para definir o grid de largada da sprint.
Após diversas reclamações sobre os pneus, a Pirelli vai introduzir um novo composto de chuva que não precisa das mantas térmicas. Eles são fruto de pesquisas e da solicitação da categoria para mudanças, o novo pneu de chuva extrema que não precisa de aquecimento para uma operação adequada.
Até o momento os pneus de chuva extrema são aquecidos pelas mantas durante duas horas a 40°C. A fornecedora de compostos tem trabalhado para a remoção das mantas térmicas em 2024, começando pelos pneus de chuva.
A Pirelli escolheu o fim de semana na Emilia-Romagna para fazer a estreia do novo composto para chuva que não precisa desse pré-aquecimento. A etapa que tem tudo para ser marca pela chuva, pode ser o momento ideal para atestar a eficiência dos novos compostos.