Realizado no Autódromo de Interlagos de 3 a 5 de novembro, o Grande Prêmio de Brasil de Fórmula 1 de 2023 quebrou recordes, atraindo um público de 267 mil pessoas, somando os três dias, representando um aumento significativo de 47% em comparação com 2021. Contudo, enquanto o prefeito Ricardo Nunes celebra o impacto econômico de R$ 1,64 bilhão na cidade, os fãs começam a se perguntar se vale a pena encarar as agruras de Interlagos.
Vale lembrar que é a soma dos três dias, ou seja, não vá na conversa que foram 267 mil pessoas diferentes como muitos gostam de falar.
Apesar dos números impressionantes, questionamentos sobre a sua infraestrutura e da sua capacidade de Interlagos em oferecer uma experiência à altura dos preços dos ingressos do evento surgiram. O autódromo, confirmado como sede do Grande Prêmio do Brasil, me recuso a chamar de GP de São Paulo, até 2030, viu um impacto econômico expressivo de R$ 1,64 bilhão, conforme apontado pela Fundação Getúlio Vargas (F.G.V.). Entretanto, os fãs ressaltam que a estrutura do local não acompanha o sucesso crescente da competição, até mesmo porque apenas três mastros para bandeiras não ajudaram em nada na sexta-feira em meio a tempestade com galhos caindo na cabeças dos fãs e cobertura de setores voando junto com a Bandeira do Brasil.
O levantamento da F.G.V. revela um aumento de 12,9% no impacto econômico em comparação com 2022. A movimentação financeira não apenas preencheu os cofres da cidade, mas também gerou R$ 246,5 milhões em impostos, um incremento notável de 12,8% em relação ao ano anterior.
Os números favoráveis não escondem as deficiências estruturais apontadas por fãs e pessoas envolvidas no evento. Com um público de 267 mil pessoas, o evento destacou a falta de adequações necessárias para atender adequadamente os fãs, desde banheiros até acessibilidade para pessoas com capacidade motora reduzida, idosos, gestantes e P.C.D., levantando questões sobre a experiência oferecida e o retorno para aqueles que investiram em ingressos e deslocamento, já que os números destacam a lotação da rede hoteleira da cidade.
Outro ponto que segue em discussão são as condições de trabalho dos serviços realizados pelos terceirizados, como vendedores, pessoal da limpeza, segurança e Staff, estes relatando que não havia alimentação adequada, jornadas de mais de 14 horas, uso restrito e controlado dos banheiros, um despautério sem o menor pingo de lógica.
A falta de estrutura adequada no autódromo e em torno dele para atender a todos, de fãs a trabalhadores, estrutura esta que parece ter sido congelada no tempo desde os anos 90, contrasta com a grandiosidade das cifras anunciadas. O transporte público para chegar até lá é um desafio, com os fãs testando a sua paciência e saúde.
Enquanto o Prefeito e os organizadores celebram os ganhos, os fãs lamentam os preços dos alimentos e bebidas ofertados para consumo dentro do autódromo, já que estes também atingiam números impressionantes. Os espectadores precisavam escolher entre vender um rim no mercado negro ou se contentar com um simples cone de batatas fritas e gelado.
Os fãs que esperavam um retorno por seus sacrifícios financeiros foram deixados a ver navios, olha que nem tem praia em São Paulo. Em comparação com eventos como da Indy e da Fórmula E, menos o e-Prix de São Paulo, que foi lamentável também, aqui me refiro aos e-Prix de fora do Brasil, onde a interação com os pilotos e equipes é uma realidade, preços dos alimentos não lhe custam um mês de salário, pois em Interlagos, a emoção este ano se resumia a torcer para que a pipoca não custasse o equivalente ao valor do ingresso
O prefeito destaca os benefícios, como a ocupação total dos hotéis, mas os moradores locais se perguntam se isso compensa os dias de trânsito caótico e o aumento nas taxas dos serviços básicos. Afinal, enquanto a exposição internacional da cidade é elogiada, a população local continua esperando melhorias palpáveis em suas vidas cotidianas.
Ricardo Nunes fica feliz com os valores em caixa, uma vez que em ano pré-eleitoral ele sai de gabinete criando obras faraônicas e desnecessárias para enfim buscar ser eleito como Prefeito de São Paulo, o caos que reinou após o apagão em decorrência as fortes chuvas do dia 03 de novembro não apagaram da memoria dos fãs tudo que aconteceu na cidade e aos inúmeros moradores da cidade que até agora não entenderam como os três mastros não foram usados para colocar o Prefeito em um ponto mais alto da cidade para que ele pudesse ver caos que estava cidade, vamos instalar um banquinho para o Prefeito no topo do mastro central?
Enquanto São Paulo se orgulha de sediar a Fórmula 1 até 2030, os fãs se perguntam se o glamour compensa a falta de conforto e retorno para quem enche os cofres do evento. Resta aos organizadores e à cidade pensar em como transformar o caos de Interlagos em uma experiência verdadeiramente digna do automobilismo mundial. Com a próxima edição já agendada para 2024, nos dias 1, 2 e 3 de novembro, a pressão para aprimorar a estrutura do autódromo e oferecer uma experiência mais completa aos fãs torna-se crucial para manter o sucesso do GP do Brasil de Fórmula 1.