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Futuro das Sprints na F1: Domenicali cogita grid invertido e calendário ampliado

Ideia é tornar as Sprints mais emocionantes com mudanças inspiradas nas categorias de base

A Fórmula 1 está pensando em tornar as provas Sprint mais disputadas no futuro. O presidente e CEO da categoria, Stefano Domenicali, deseja discutir com as equipes e pilotos novas ideias, como a possibilidade de implementar um grid invertido e ter mais desses eventos ao longo do campeonato.

Os eventos Sprint foram implementados em 2021 e ao longo dos últimos anos passaram por alguns ajustes para tornar as corridas mais movimentadas. Para o público, duas classificações e duas corridas no mesmo fim de semana, torna-se tudo mais atrativo, do que três sessões de treinos livres de uma hora cada.

Recentemente “vazou” o calendário com as provas Sprint de 2026 pelo perfil do GP da Holanda, aparentemente a categoria se manterá com seis eventos para o próximo ano e eles podem acontecer: em Xangai (China), Miami (EUA), Montreal (Canadá), Silverstone (Inglaterra), Zandvoort (Holanda) e Singapura.

Em um ano com muitas novidades como o de 2026, pela introdução do novo regulamento, é natural que a categoria pense em mudanças grandiosas para a Sprint, para 2027.

Durante entrevista com Domenicali, no podcast The Race, o presidente da Fórmula 1 revelou que vários promotores de evento têm demonstrado interesse para receber este formato, desta forma, providenciar as conversas para definir o futuro, são o próximo passo.

“Há: podemos trabalhar [com mais corridas como a Sprint] em mais eventos? E essa é a fórmula certa para termos a possibilidade de ter um grid invertido, como estamos fazendo na F2 e na F3? Esses são pontos de discussão.”

“Acredito que estamos chegando lá para sermos maduros e garantir que esse ponto seja abordado seriamente com as equipes. Os burburinhos nesse sentido estão crescendo e, portanto, estou pronto para apresentar e discutir não apenas mais sprints, mas novos formatos e novas ideias”, comentou.

Em um primeiro momento, quando surgiu a ideia dos eventos Sprint, as equipes eram mais resistentes com o evento. Isso afetava a possibilidade não apenas de expandir o calendário, como pensar em novos formatos, já que o primeiro pensamento das equipes estava relacionado com os gastos que eventos trazem.

Conforme o tempo foi passando, foi possível para a Fórmula 1 encontrar algumas aberturas e propor modificações. O que começou como um teste foi aperfeiçoado e de modo geral caiu nas garras do público.

Antes era impensado tentar implementar o grid invertido, como acontece nas categorias de base, mas Domenicali vê que agora os times e pilotos estão menos resistentes as mudanças. Essas podem não ser as únicas ideias, mas um caminho para se pensar e tornar o evento mais movimentado – que é o seu objetivo.

“Estamos abertos, porque acho que é a coisa cerca a se fazer, ouvir nossos fãs, tentar criar algo e não ter medo de cometer erros. Quem acredita que não pode cometer erros, não faz nada novo”, falou Domenicali.

O que se sabe é que no ponto que a Fórmula 1 chegou atualmente não é possível retroceder.

“Acho que precisamos ter as sprints, seja qual for o formato correto. Ele representará o futuro.”

A MotoGP também aderiu aos eventos Sprint, mas foi um passo mais radical, com o calendário todo composto por este evento. No caso da Fórmula 1, é necessário chegar em um meio-termo, antes de pensar em uma mudança tão grande como ter os 24 eventos com Sprint.

“Não estou dizendo que não, mas acho que, entre seis e 24, temos que dar passos no meio”, disse ele.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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