A FIA realizou uma reunião emergência do Conselho Mundial de Automobilismo nesta terça-feira (01) para tratar sobre a invasão da Rússia à Ucrânia. Muitas decisões têm sido tomadas nos últimos dias, desde que a Rússia começou a invadir a Ucrânia na última quinta-feira.
Com impacto direto no esporte, sanções começaram a ser impostas aos atletas. As autoridades de automobilismo da Ucrânia, o presidente da Federação Ucraniana de Automobilismo, Leonid Kostyuchenko solicitou o banimento dos pilotos e equipes russas e bielorrussos das competições, mas a FIA está tratando o assunto de outra forma. O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem disse que se solidariza e está seguindo as recomendações do COI.
Os pilotos da Rússia e de Belarus estão liberados para participar de competições internacionais de automobilismo.
“Como você sabe, a FIA está observando os desenvolvimentos na Ucrânia com tristeza e choque e espero uma solução rápida e pacífica para a situação atual. Condenamos a invasão russa à Ucrânia e nossos pensamentos estão com todos aqueles que sofrem como resultado dos acontecimentos na Ucrânia. Gostaria de salientar que a FIA, juntamente com os nossos promotores, agiu de forma proativa sobre este assunto na semana passada e já comunicou um acordo com a Fórmula 1, Fórmula 2, WTCR e a International Drifting Cup. Uma versão atualizada dos diferentes calendários internacionais da FIA será apresentada na reunião do WMSC (Conselho Mundial do Esportes a Motor) no Bahrein para aprovação”, informou a FIA no início da reunião.
A Fórmula 1 anunciou na sexta-feira o cancelamento do GP da Rússia, ele foi feito de uma forma branda, dando a entender que a corrida poderia ser realizada ainda neste ano, dependendo do andamento dos conflitos. Neste comunicado da FIA, eles informam que um novo calendário será divulgado para as suas competições, além disso eles não vão realizar corridas na Rússia ou em Belarus até um próximo comunicado.
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Sem banir os atletas, a FIA informa uma outra ‘solução’, nenhuma bandeira ou símbolo que remeta a Rússia ou a Belarus poderá ser usado em competições internacionais, até um próximo comunicado ser emitido.
O Comitê Olímpico Internacional solicitou a não participação dos atletas e equipes, assim como a realização de convites, mas aprovaram as medidas que foram implementadas e vão ser seguidas imediatamente.
Os pilotos russos vão poder usar uma bandeira neutra, sob a “bandeira da FIA”. Pinturas, uniformes e equipamentos que tinham alguma referência a Rússia também estão proibidos com este tratado. Portanto, dependendo de como as conversas entre UralKali e Haas vão seguir, o time americano precisará abandonar as cores russas de sua pintura.
Nikita Mazepin poderia correr normalmente em 2022, entretanto depende de como as negociações vão seguir e determinar o seu destino na competição.
Para as equipes as medidas foram mais duras, os times russos e bielorrussos estão proibidas de participar de competições internacionais. Também solicitaram que representantes russos estão afastados temporariamente das suas funções e responsabilidade de dirigentes e membros de comissões.
Nesta manhã, antes que uma solução fosse declarada, o ex-piloto de Fórmula 1, Daniil Kvyat já havia solicitado que as federações esportivas não implementassem medidas contra os atletas. O piloto deve competir no Campeonato Mundial de Endurance com a equipe russa G-Drive Racing.
A WADA já havia solicitado a não utilização do hino e bandeira da Rússia em campeonatos internacionais, por conta de um escândalo institucional de doping.