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FIA não poderá liberar a superlicença para Colton Herta disputar a temporada 2023 da F1

Sem os pontos necessários, a FIA não poderá liberar a superlicença para Colton Herta por conta do sistema vigente

A FIA confirmou que não concederá a superlicença à Colton Herta, o piloto não cumpre os atuais requisitos para obtê-la.

Com o sistema atual da FIA, apenas pilotos que contam com 40 pontos ou mais podem solicitar a superlicença, Herta fica de fora, pois atualmente conta com apenas 32 pontos e está abaixo da marca para cumprir o requisito.

A AlphaTauri tinha considerado auxiliar o piloto para que ele conquistasse os pontos necessários, mas a FIA não tinha mecanismos para viabilizar isso. A Red Bull queria adicionar o piloto norte-americano ao seu quadro de competidores, mas por conta da burocracia envolvida, já estava deixando a ideia de lado.

Na semana passada Helmut Marko comentou sobre a situação, comunicando que a Red Bull estava desistindo de ter Herta na equipe.

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“A FIA confirma que a investigação foi feita através dos canais apropriados que levaram a FIA a confirmar que o piloto Colton Herta não tem o número de pontos necessários para obter uma superlicença”, afirmou a FIA em comunicado.

“A FIA revisa continuamente o regulamento e os procedimentos, inclusive no que diz respeito à elegibilidade de superlicenças, sendo os principais fatores considerados em relação a esse tópico a segurança, experiência e o desempenho no contexto da via.”

A ideia de contratar Colton Herta, surgiu como uma possibilidade para liberar Pierre Gasly, por conta de todas as movimentações inesperadas que tivemos no grid de pilotos. A permanência do francês foi confirmada pela AlphaTauri em julho, enquanto Yuki Tsunoda teve o seu contrato renovado nesta semana, porém, mas com a contratação de Herta, seria possível viabilizar a ida de Gasly para a Alpine.

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Para Pierre Gasly ser liberado das suas obrigações com a AlphaTauri no próximo ano, a liberação da superlicença à Colton Herta era um requisito – Foto: reprodução AlphaTauri

A aquisição da superlicença levou alguns pilotos da Indy Car tecerem comentários negativos sobre o sistema da FIA e também foram um motivo para afirmar que a Fórmula 1 não deseja os pilotos dessa categoria correndo com eles.

O sistema para a conquista da superlicença foi uma forma que a FIA encontrou para valorizar os pilotos que participam das categorias de base em direção a F1, mas que atualmente se tornou alvo de questionamentos e algumas mudanças estão sendo propostas.

Herta é um piloto que venceu sete corridas na Indy, além disso foi o terceiro colocado no campeonato de 2020 e o quinto na temporada passada. Atualmente apenas o Campeão da Indy recebe os 40 pontos necessários para guiar na Fórmula 1 e esse foi um dos motivos que levou Alex Palou ser cogitado na F1.

Os pilotos que terminam em outras posições do campeonato na Indy, não recebem pontuações para a superlicença sequer semelhantes as recebidas pelos pilotos da Fórmula 2, tornando muito mais difícil a obtenção dela.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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