A Ferrari quer ampliar a diferença de 39 pontos para a Mercedes e de 49 para a Red Bull, desta forma podendo administrar o campeonato de uma forma melhor. Qualquer ponto faz diferença, mesmo com 20 pela frente. Antes de se deslocar para Miami, nos Estados Unidos, a F1 vai passar por Ímola, na Itália. Na Europa, mas próximo de suas fábricas, as equipes podem recorrer de uma melhor forma as atualizações, portanto Ímola era um circuito que alguns times esperavam realizar modificações. Entretanto, existe uma outra questão que vai barrar grandes modificações.
A equipe italiana está administrando este início de temporada sem um novo pacote de atualizações e ainda conta com um desempenho superior. Vemos que a Ferrari aprendeu a lutar com alguns problemas, mas se olharmos individualmente para todo o grid, cada uma das equipes têm as suas questões e também estão tentando lidar com conhecimento adquirido e peças que já possuem. Um ponto importante neste começo de temporada foi realmente conhecer o carro e aplicar o melhor acerto.
“Então, chegando aos testes de inverno, sabíamos que tínhamos um carro competitivo, mas certamente não esperava um carro tão bom para o começo da temporada; seria injusto pensar assim. Mas ainda acredito que a diferença entre nós e nossos adversários pode ser muito pequena, como vimos nas últimas semanas, e devemos enfrentar grandes batalhas nas próximas corridas”, disse Binotto, o chefe de equipe da Ferrari.
Mattia Binotto informou que o F1-75 não terá atualizações tão significativas neste fim de semana em que a Sprint será realizada. Algumas equipes também estão receosas em implementar modificações em Ímola pela dinâmica diferente do fim de semana, além disso, os carros correm mais riscos de sofrer danos por conta de duas corridas sendo disputadas.
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“Se olharmos para nós mesmos, não haverá muitas atualizações em Ímola porque não será o lugar certo. Tentamos suavizar, os problemas que ainda temos como o porpoising que afetou nosso desempenho no fim de semana, então tentamos trabalhar nesse ponto específico, mas as atualizações mais significativas serão implementadas mais tarde na temporada”, seguiu Binotto.
Em Ímola o tempo para ajustar os carros também não será muito generoso, pois depois do primeiro treino livre, a classificação no formato Q1, Q2 e Q3 será realizada, com os carros entrando em parque fechado. Não existe tempo hábil para testar muitas modificações, na realidade o ‘segredo’ é fazer modificações pontuais para se adequar as características do circuito.
“Será um fim de semana difícil em termos de trazer atualizações e executá-las nos treinos de sexta-feira, porque você precisa no acerto para a classificação que acontece à tarde”, explicou.
Binotto tinha mencionado que as atualizações do F1-75 foram planejadas, o objetivo é manter o equipamento competitivo até o final e não cometer o deslize de perder performance depois do meio da temporada – um ponto que a equipe italiana errou muito, principalmente quando disputou o campeonato com a Mercedes.
Para Miami algumas equipes também se mostram receosas com a questão das atualizações, pois é um circuito que eles não conhecem e seu primeiro contato acontecerá pós-Ímola. Uma pista boa para providenciar mudanças é Barcelona, por ser um traçado que eles contam com muitos dados que também é ideal para os testes.
A Ferrari lidou com uma classificação ruim de Carlos Sainz na Austrália, assim como seu abandono, portanto estão tentando ‘buscar’ os pontos perdidos e tentando evitar novos problemas.
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