Ficou evidente a desorganização da Alpine com todas as trocas realizadas pela equipe nos últimos meses. Além disso, no ano passado, o time francês conseguiu perder Fernando Alonso e Oscar Piastri, deixando o chefe de equipe, Otmar Szafenauer em maus lençóis.
O piloto espanhol aproveitou a saída de Sebastian Vettel da Aston Martin para se juntar ao time britânico. Enquanto a Alpine tentava amarrar Alonso, o time francês perdeu o tempo para fechar um contrato com Piastri. O australiano que não sabia se teria assento para guiar em 2023, por conta dos tramites com Alonso viu uma oportunidade na McLaren e fechou o acordo com a equipe, deixando a Alpine – mesmo após todo o investimento.
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Foi um verdadeiro escândalo quando Alonso optou por deixar a Alpine e defender a Aston Martin. Na época o espanhol já ressaltava a estrutura da equipe e o potencial de crescimento da equipe britânica. Meses após todo o imbróglio, Alonso comentou a sua saída da Alpine e ressaltou os motivos que levaram o piloto a deixar a equipe.
Em uma entrevista recente ao “El Larguero” um programa de rádio espanhol, Alonso deu maiores detalhes sobre a sua saída. Obviamente a aposentadoria de Sebastian Vettel o fator para começar a movimentação no grid. A Aston Martin contava com um piloto que tinha muita experiência no grid e precisava de um outro competidor de nível semelhante para guiar o seu carro.
“Um acúmulo de circunstâncias. A primeira é que Vettel se aposentou, sem a aposentadoria de Vettel, sem aquele anúncio que nos pegou de surpresa, e o assento livre que sobrou na Aston Martin, teria sido impossível”, disse o bicampeão mundial.
“A segunda foi a Alpine estava em negociação há vários meses e nada foi finalizado. Concordamos com tudo, mas a papelada para assinar não estava disponível, bem, notei uma falta de profissionalismo na Alpine naquela época”, comentou Alonso.
No momento que o espanhol tomou a decisão, a escolha parecia bem duvidosa, afinal, o rendimento da Aston Martin não chamava a atenção e a equipe estava lutando para obter alguns poucos pontos. Mas Alonso viu o investimento que a Aston Martin estava realizando na fábrica, nas instalações, para contratar novos funcionários. Mesmo com uma temporada 2022 fraca, o risco compensava.
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“Depois na Aston Martin desde a aposentadoria de Vettel, que acho que foi na quinta-feira do GP da Hungria, no sábado tínhamos tudo claro e o papel estava diante dos meus olhos e sobre a mesa. Essa vontade de me ter me atraiu e, bom, era uma aventura, sétima nos construtores, havia risco nessa mudança, mas no final deu certo”, seguiu Alonso.
O espanhol abriu a temporada 2023 com três pódios faturados na sequência e até o momento, celebrou sete pódios desde que se mudou para a Aston Martin. A dupla da Alpine obteve um pódio cada, mas em circunstâncias adversas que colaboraram para os resultados de Pierre Gasly e Esteban Ocon. A Alpine seguiu passando por mudanças em 2023, com Otmar Szafenauer deixando o cargo de chefe de equipe no GP da Bélgica, com o anúncio acontecendo antes do início das férias de verão. Outras movimentações internas foram realizadas na equipe italiana.
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A Aston Martin subiu na tabela do Mundial de Construtores, inicialmente foi vista com uma das adversárias da Red Bull, mas conforme as etapas foram passando, Mercedes e Ferrari travaram um duelo particular com a equipe britânica, até a McLaren se reorganizar e oferecer uma oportunidade melhor para os seus pilotos disputarem pódios. Embora a Aston Martin esteja atualmente flutuando no grid, em decorrência de atualizações que não foram tão bem executadas – o time é uma potência para ser observada.
A situação da equipe britânica poderia ser ainda melhor se Lance Stroll estivesse andando próximo ao companheiro de equipe, pois teriam faturado mais pontos. Após a rodada dupla formada por Holanda e Itália, a Ferrari assumiu a terceira posição no Mundial de Construtores, somando 228 pontos, contra 217 da Aston Martin.
“Houve algumas horas em que eu tinha as duas ofertas sobre a mesa, achou o nível de ambição era maior na Aston Martin. Com as contratações que eles realizaram nos últimos dois anos, levando muitas pessoas da Red Bull e da Mercedes, grandes engenheiros e grandes designers, era um projeto com mais ambição”, afirmou o espanhol.