F1 tenta ‘melhorar a competitividade’ e propõe mudança na pontuação da categoria

A Fórmula 1 realizará uma reunião da Comissão da F1 em Genebra nos próximos dias. Nesta sessão existem vários assuntos relacionados a categoria que precisam ser tratados, inclusive o tópico que menciona a pontuação da categoria.

Com apenas 20 carros no grid, mas uma grande dificuldade para equipes menores chegarem entre os dez primeiros colocados, a ideia é realizar uma estrutura na pontuação atual da Fórmula 1.

Atualmente os 10 primeiros colocados são contemplados com pontos, mas a ideia proposta é que os pontos sejam distribuídos entre os 12 primeiros finalistas. O sistema atual de pontuação foi implementado em 2010, com exceção das mudanças que foram realizadas para dar um ponto adicional ao piloto que fizer a volta mais rápida (2019), além da pontuação da prova Sprint (2021).

Foi necessário também realizar um plano de contingência para as corridas que forem interrompidas antes do previsto, tentando evitar o que aconteceu durante o GP da Bélgica de 2021.

A informação sobre essa mudança foi realizada pelo Autosport, se a mudança for aprovada, ela deve entrar em vigor no próximo ano.

O Boletim do Paddock entende que para a categoria é ruim realizar muitas etapas no ano e ainda contar com equipes e pilotos zerados. Aumentar a oferta de pontos pode até mesmo estimular os times menores a melhorarem os seus carros com certa frequência, ainda que a sua disputa fique limitada do meio para o final do pelotão.

Também entende-se que existe uma pressão das empresas e patrocinadores para obter um destaque “mais positivo” na categoria.

Vale dizer que os regulamentos usados atualmente na categoria não surtiram o efeito que era esperado. Em algumas corridas de 2024 mais batalhas aconteceram abaixo do 10° lugar, mas os competidores não estavam lutando por pontos, deixando o duelo até um pouco desinteressante.

Os pontos distribuídos de uma forma mais ampla, ajudam até mesmo a mascarar esse problema da competitividade da categoria.

Após cinco etapas disputadas, equipes como Williams, Alpine e Sauber seguem sem nenhuma pontuação, enquanto a Red Bull que é líder do campeonato já faturou 195 pontos.

Os pontos principais para a mudança da pontuação, consistem em tornar mais atrativa competição, além de estimular os times a travarem batalhas no pelotão. Também é pensada em uma forma de beneficiar a consistência de equipes intermediárias da categoria.

• Para evitar mudanças drásticas, os pontos concedidos às oito primeiras colocações não serão alterados, mas ocorreria outro tipo de distribuição de pontos do 9º ao 12°.
• O ponto da volta rápida hoje é concedido ao piloto que fizer a melhor volta e estiver entre os dez primeiros colocados. Com o novo formato de pontuação, o piloto que terminar entre os doze primeiros colocados, poderia lutar pelo ponto.
• A alteração na pontuação não é motivada pela entrada de uma 11ª equipe no grid, mas sim uma forma de resolver um problema observado atualmente no grid da categoria.
• Manter a pontuação inalterada dos primeiros colocados, é vista como a forma de obter o apoio dos times que atualmente estão nas cabeças da competição, para aceitarem a mudança proposta da pontuação.

Talvez a mudança possa até mesmo refletir na pontuação atual da prova Sprint, que já passou por mudanças nos últimos anos para se adequar a realidade da categoria, enquanto mantém o desejo de melhorar as disputas em pista.

Existem ainda outras formas de contemplar mais pilotos com pontos, como competidores que terminarem na mesma volta do líder, algo que discutimos no podcast sobre o GP da China – mas que não foi apontada pela matéria original. Após a reunião teremos uma diretriz das ideias concretas da categoria.

Embora o apoio não deva ser unânime, bastaria o apoio de seis das dez equipes do grid para a mudança ser realizada.