Com um proposito que vai além das corridas, o Extreme E aproveita para chamar a atenção para as transformações dos ecossistemas e clima em nosso planeta, provocados pela humanidade por conta do uso de combustíveis fósseis.
O Extreme E é uma categoria off-road elétrica que vai disputar cinco provas em diferentes cantos do planeta, as disputas vão ocorrer no deserto, florestas e geleiras, mas a categoria também busca chamar a atenção para os problemas que os oceanos estão enfrentando.
E alguns devem estar se perguntando: por que realizar uma corrida? Eles vão destruir estes ambientes!
Na realidade a realização de uma corrida é a forma que a categoria encontrou para chamar a atenção para os problemas, mas eles só vão realizar as suas provas em áreas que já foram afetadas, para justamente abordar as questões que precisam ser resolvidas naquela área; buscando a conscientização e não a destruição daquele ambiente.
O Extreme E aproveitou para apresentar o Projeto Legado! Para cada lugar que a categoria passar eles vão apoiar uma causa e ajudar na execução daquela iniciativa. Na Arábia Saudita, local que está recebendo a primeira disputa eles optaram por trabalhar com a preservação das tartarugas marinhas que luta pela espécie que está ameaçada de extinção.
Sobre as tartarugas marinhas o problema não é só o clima ou as embalagens plásticas descartadas nos oceanos, mas também o comércio ilegal dos ovos que são considerados iguarias em alguns locais.
A categoria elétrica que encontrou várias formas de ser sustentável e não agredir o ambiente, está realmente preocupada com os problemas do nosso planeta. Com transmissão para vários países do mundo, o Extreme E busca entrar em várias casas e provocar a transformação, conscientizando as pessoas e instigando mudanças. Enquanto as pessoas aproveitam uma corrida, a categoria faz os nossos olhos se depararem com outras causas.
O navio St. Helena e a sustentabilidade
O Extreme E investiu na adaptação do navio St. Helena para fazer o seu deslocamento pelo mundo, levanto a tripulação, carros e equipamentos necessários para a realização de cada etapa. Ele também conta uma horta que fornece alimentos para a tripulação. Tudo isso foi pensado para evitar o deslocamento de aviões que acabam causando um impacto muito grande no ambiente.
Eles também contam com uma equipe de cientistas que vão desenvolver pesquisas relacionadas ao meio ambiente e clima, mas também a matérias presentes na natureza.
A energia para o recarregamento das baterias terá zero emissão de gases poluentes, a tecnologia utilizada é uma célula de combustível de hidrogênio, que usa a água e o sol para recarregar as baterias dos carros e alimenta os acampamentos.
LEIA MAIS: Santa Helena, o navio da Extreme E, está pronto para ir para a Arábia Saudita
A categoria está investindo pesado na transmissão, não somente pela divulgação das suas causas, mas também pela limitação de profissionais que foram liberados para acompanhar a categoria de perto. Não é só pelo fator da pandemia, mas também para não provocar o deslocamento desnecessário de pessoas para acompanha-la, reduzindo assim ainda mais o seu impacto.
O deserto e as primeiras questões, a primeira passagem do Extreme E
Com as ações humanas, períodos de seca são cada vez mais frequentes no mundo. O desmatamento acaba mudando o ciclo da água, principalmente com áreas cada vez mais afetadas pelas práticas agrícolas. A desertificação acaba ocorrendo e cerca de 12 milhões de hectares são afetados todos os anos.
Nas próximas décadas, a disponibilidade média de água potável está prevista para ser reduzida entre 10% e 30%, afetando 2,4 bilhões de pessoas que viveram sujeitas a escassez de água. Recursos que são agravados com as mudanças climáticas.
Com a vida de várias pessoas sendo afetada não só pela falta de água, mas também de outros recursos, além do desaparecimento de várias espécimes, o Extreme E convida a gente a pensar sobre as mudanças e realizar elas, melhorando o mundo para nós e para as futuras gerações.