A McLaren foi o primeiro time que revelou o carro da temporada 2021, o MCL35M está equipado com o motor da Mercedes. Por estar utilizando a unidade de potência de um time que foi sete vezes campeão, a perspectiva da McLaren pode ser boa, no entanto, no grid ela ainda conta com duas equipes como referência – Aston Martin e Williams – que também utilizam este motor.
Na temporada passada a McLaren conseguiu um brilhante terceiro lugar, agora com a troca de motores, o chefe de equipe, Andreas Seidl fala sobre os objetivos e expectativas para a nova temporada.
“Em primeiro lugar, foi uma grande conquista para nós alcançar o terceiro lugar no ano passado. No início deste ano, esperamos novamente outra batalha difícil com todos os concorrentes com os quais lutamos no ano passado.”
“É claro que queremos chegar mais perto dos carros à nossa frente, dos carros da Mercedes e Red Bull, que administramos no ano passado. Ao mesmo tempo, queremos ter certeza de ganhar para todos os concorrentes ao nosso redor. Acho que há muitos motivos para ser otimista e, novamente, precisamos ser realistas e é assim que estamos vendo”, disse Seidl.
LEIA MAIS: Fernando Alonso fala sobre suas expectativas para a temporada 2021
A Aston Martin segue com o motor Mercedes e nesta temporada contará com o tetracampeão mundial Sebastian Vettel, acompanhado por Lance Stroll. O time pode ser uma incógnita no grid, pois o carro tem muito potencial se ser uma boa máquina como a Racing Point conseguiu construir na última temporada, mas o desempenho dos pilotos ainda é difícil bater o martelo. Vettel enfrentou uma fase complicada na carreira em sua passagem com a Ferrari, além de não conseguir adaptar o estilo de pilotagem na era dos motores híbridos. Do outro lado, o jovem canadense conta com feitos interessantes na carreira, mas ainda é muito inconstante.
“Temos o Lando Norris agora entrando no seu terceiro ano na F1, temos o Daniel a bordo, que é uma referência clara neste esporte. Temos a unidade de potência vencedora do campeonato na parte de trás do nosso carro e acho que temos tudo de que precisamos para dar um passo em frente”, completa Seidl.
LEIA MAIS: Allison revela como a Mercedes está lidando com o teto orçamentário
A preocupação de várias equipes neste momento é sobre a manutenção das atualizações dos carros, logo a preocupação na pista volta, principalmente quando os times começarem a enfrentar as suas primeiras batalhas.
“Não devemos esquecer a batalha que travamos no ano passado. Temos muito respeito por esses competidores com os quais lutamos no ano passado. Estávamos lutando contra equipes que têm uma infraestrutura bem mais atual do que a que temos no momento. É por isso que podemos ser otimistas com o início da temporada, mas ao mesmo tempo precisamos ser realistas sobre o que é possível”, disse Seidl.
A Fórmula 1 implementou uma regra para o uso do túnel de vento, uma nova artimanha para aproximar as equipes. O time mais forte tem direito a um número menor de horas do que a equipe que terminar na última posição do campeonato.
“Precisamos de mais tempo para colocar nossa infraestrutura no lugar, para estar em um campo mais nivelado com os times da frente e também com alguns ao nosso redor. O maior tópico é obviamente o túnel de vento, ainda levará cerca de dois anos até que possamos ver os primeiros benefícios deste novo túnel de vento, que é crucial no lado do desenvolvimento do carro de corrida. E até lá simplesmente temos limitações”, explicou.