O GP do Canadá ficou fora do calendário da Fórmula 1 por dois anos em decorrência da pandemia de Covid-19. A última prova realizada em Montreal foi disputada em 2019, mas agora a categoria marca o seu retorno e a realização da 9ª etapa da temporada 2022.
Pela terceira corrida consecutiva a Pirelli fornecerá os pneus mais macios de sua gama. Assim como em Mônaco e Azerbaijão, os pilotos vão trabalhar com os pneus C3 (faixa branca – duro), C4 (faixa amarela – médio) e C5 (faixa vermelha – macio). A estratégia vencedora em 2019 foi composta de apenas uma parada, onde Lewis Hamilton largou com os pneus médios e encerrou a prova com os compostos duros.

Neste ano os dez primeiros colocados (que avançam para o Q3) não tem mais a necessidade de começar a corrida com os pneus que fizeram a melhor volta no Q2. A estratégia de iniciar a corrida com os pneus médios pode voltar a se repetir, mas agora usando compostos novos. O começo do campeonato e a corrida no Azerbaijão mostra que os pneus médios têm uma boa eficiência para o começo da corrida.

Uma segunda parada pode ser trabalhada principalmente se tivermos a ativação de um Safety Car ou Virtual Safety Car, pois com a neutralização da prova os times encontram uma janela para realizar as suas paradas e optar por compostos que forneceram um desempenho melhor para o trecho final da corrida. No Azerbaijão o Safety Car provocado por Kevin Magnussen deu a oportunidade para os quatro primeiros colocados substituírem os seus pneus duros.
O clima mais frio colabora para reduzir o desgaste dos pneus, mas para times que sofrem com o problema do aquecimento dos compostos, como a Mercedes, a prova será um desafio. Assim como Baku, os freios são bem exigidos nessa pista, desta forma é necessário controlar a temperatura dos compostos para evitar surpresas.
O asfalto ‘verde’ é uma característica das primeiras sessões de treinos livres, a falta aderência leva os competidores a cometer vários erros, além disso é necessário levar em consideração que eles ainda estão conhecendo os novos carros. As retas são longas, as frenagens intensas, enquanto o nível de stress dos pneus está avaliado em 3 de cinco na escala da Pirelli. A chuva também é um ponto de atenção neste circuito, a previsão aponta 58% de chance de chuva na sexta-feira, mas os outros dois dias com dias secos.
No Canadá a categoria principal não dividirá a pista com as categorias de base, mas a Ferrari Challenge estará na pista equipada também com pneus da Pirelli e podendo auxiliar com o emborrachamento da pista.
“O Canadá colocará uma série de pontos de interrogação para as equipes: o clima é muitas vezes variável, todos os dados anteriores têm três anos e temos uma gama completamente diferente de pneus com novos compostos e estruturas, em uma pista que quase nunca é usada – o que levará a um grau muito alto de evolução. Em comparação com sua última visita a Montreal, os pilotos devem encontrar compostos mais estáveiscom uma faixa de trabalho mais ampla, permitindo que eles forcem mais o ritmo ao longo de cada stint com um risco muito menor de superaquecimento. Um aspecto interessante de Montreal é que a pista tem uma das menores perdas de tempo no pit lane do calendário, o que significa que um carro pode entrar e sair do pit lane em menos de 20 segundos. Isso pode abrir algumas opções em termos de estratégia”, disse Mario Isola.

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