Neste fim de semana a Fórmula 1 disputará a 9ª etapa da temporada, a categoria aproveita o momento para realizar a segunda prova Sprint do ano.
O formato
Em 2022, o formato Sprint foi testado na Áustria e optaram por fazer outra vez a corrida de 100 km neste sábado. A categoria vai executar outra vez o formato que foi avaliado no GP do Azerbaijão: na tarde de sexta-feira é realizada a classificação que define o grid de largada para a corrida do domingo; o sábado será todo dedicado para a Sprint, com uma nova classificação (com tempo reduzido) estabelecendo o grid da prova de 100 km.
Os pneus
Para o evento, a Pirelli mais uma vez fornecerá a sua gama de pneus mais macia. A configuração funciona melhor neste traçado e auxilia nas disputas. A gama é composta pelos pneus: C3 (duro – faixa branca), C4 (médio – faixa amarela) e C5 macio – faixa vermelha). A escolha colabora para uma prova no domingo mais dinâmica, oferecendo uma degradação de pneus acentuada. Pela Pirelli o grau de stress dos pneus está em três, mas os compostos mais macios da gama cumprem o seu propósito na pista.
Com essa configuração, a Pirelli fornecerá apenas 12 jogos de pneus, diferente dos 13 conjuntos que são fornecidos em um fim de semana convencional. São entregues para cada um dos pilotos 2 conjuntos de pneus duros, 4 conjuntos de médios e 6 conjuntos de macios.
Existem algumas regras para participar da classificação Sprint Shootout: os pilotos só podem usar pneus novos. Durante as três fases da sessão, divididas em Q1, Q2 e Q3 (com duração de 12, 10 e 8 minutos, respectivamente), as equipes terão que usar pneus novos. No Q1 e Q2 eles só podem trabalhar com os pneus médios e no Q3 apenas o pneu macio pode ser utilizado.
Se o piloto avançar para alguma das partes da classificação e não tiver um pneu novo, ele não pode entrar na pista e fazer parte daquela atividade – no entanto, ele não será penalizado se não tiver reservado o composto. O segredo está em não consumir muito os pneus no TL1 e saber administrar a classificação da sexta-feira para salvar um jogo de pneus macios que serão usados no sábado.
Na temporada passada quando a Sprint foi disputada, grande parte dos pilotos optou por trabalhar com os pneus médios, para ter um pouco mais de borracha no final da prova. A Sprint não é uma corrida que os pilotos precisam realizar uma parada obrigatória e ela é encerrada praticamente no momento que os pilotos começariam a buscar os boxes para fazer a substituição dos pneus.
O GP da Áustria de 2022, disputado no domingo, contou com vitória de Charles Leclerc, o piloto monegasco conseguiu derrotar Max Verstappen na casa da Red Bull. O desempenho do piloto da Ferrari era muito superior e com isso ele realizou três ultrapassagens no rival, por conta das estratégias trabalhadas na pista.
No entanto, a corrida teve o seu tom dramático, Carlos Sainz abandonou a prova com problemas. Leclerc também começou a viver o pesadelo de flertar com o abandono, pois começou a lidar com um problema no acelerador do carro. Verstappen tentou se aproximar, mas com as instruções da equipe o monegasco venceu a prova.
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A estratégia trabalhada por Leclerc e Verstappen contou com três paradas cada, mas elas aconteceram em momentos distintos da prova. Lewis Hamilton completou o pódio, mas fez apenas duas trocas de pneus. Apenas os compostos médios e duros foram trabalhados ao longo das 71 voltas.
Normalmente duas trocas de pneus são suficientes para ter performance e concluir a prova. Mas isso pode sofrer alterações, principalmente por conta das disputas que estão acontecendo ao longo da corrida.
“O Red Bull Ring é um circuito onde os pneus não descansam. Os carros percorrem as 10 curvas da pista em um tempo de volta de pouco mais de um minuto, e as poucas retas significam que há pouco alívio para os pneus. O asfalto apresenta uma rugosidade bastante elevada, devido à idade da superfície, enquanto a aderência é elevada no início da volta. Tração e frenagem são elementos-chave, enquanto atenção especial deve ser dada ao gerenciamento do superaquecimento dos pneus”, comenta Mario Isola da Pirelli.
“Os pilotos que não conseguem resfriar os pneus adequadamente podem ter dificuldades para se defender dos ataques dos rivais, principalmente no primeiro e no último setor. Um fator importante nisso será a temperatura ambiente, com condições climáticas tradicionalmente um pouco variáveis. A corrida do ano passado foi basicamente de duas paradas usando compostos médios e duros”, finalizou.
Atualmente a previsão é de chuva para o sábado na Áustria, mas as coisas podem mudar até termos o primeiro carro invadindo a pista. Essa também é uma situação que muda a estratégia das equipes e a forma como eles vão trabalhar ao longo do fim de semana.