A nona temporada do Campeonato Mundial ABB FIA Fórmula E trouxe consigo três novos desafios: Hyderabad, Cidade do Cabo e São Paulo, cidades estreantes na categoria. Mas como esses circuitos urbanos ganham vida, proporcionando segurança, emoção e logística impecável? Vamos adentrar o intrigante universo do design e construção das pistas que abrigam a competição de carros elétricos mais empolgante do mundo.
Desde sua estreia em 2014, a Fórmula E sempre se destacou por sua abordagem inovadora, que se estende até mesmo ao design de seus circuitos. A última temporada registrou a adição dessas três novas pistas ao calendário, e todas elas receberam carros, equipes e pilotos sem contratempos ou bueiros voando. Contudo, a construção de circuitos urbanos não é tarefa fácil, e a décima temporada reserva um desafio ainda maior ao levar a competição para o coração de Tóquio, no Japão.
Projetando o Futuro das Corridas Urbanas
O processo de seleção de um circuito urbano na Fórmula E difere substancialmente de outros campeonatos. Ao contrário de pistas permanentes, a grande maioria dos circuitos são temporários, construídos no centro de algumas das principais cidades do mundo. O relacionamento entre a FIA, Fórmula E, Autoridade Desportiva Nacional (ASN) e o promotor local desempenha um papel crucial nessa escolha, por este motivo que a Fórmula E E faz tudo por conta própria, a Fórmula E não joga dados.
O Diretor de Desenvolvimento Urbano da Fórmula E, Oli McCrudden, compara o processo a um namoro, enfatizando a importância da comunicação aberta, colaboração e comprometimento para estabelecer uma parceria frutífera.
Do Conceito à Competição: O Caminho para a Homologação
O processo de projetar e construir uma pista de corrida na Fórmula E é uma jornada que se inicia cerca de 18 meses antes da corrida planejada. Um projetista de pista elabora uma proposta, revisada pela Fórmula E através de um estudo de viabilidade. Contratos são firmados após a clara compreensão de todas as entregas.
Nove meses antes do evento, a ASN envia um pedido formal de homologação ao Departamento de Segurança da FIA. Simulações são realizadas para validar os recursos de segurança do circuito. A Comissão de Circuitos da FIA avalia o documento, e faltando quatro meses para a corrida, uma equipe visita o local para aprovar o layout do circuito e suas estruturas periféricas.
Construção e Segurança: Transformando Ruas em Pistas de Corrida
Duas semanas antes da corrida, a construção da pista começa, supervisionada pela Fórmula E e com especialistas da FIA assinando recursos de segurança. Na manhã de quinta-feira do fim de semana de corrida, uma caminhada na pista é realizada com todas as partes interessadas para garantir familiaridade com o layout.
No dia seguinte, o Inspetor de Circuito da FIA corrobora que a pista foi construída de acordo com o plano final, produzindo um relatório exaustivo antes do Shakedown. Meses depois, um grupo de revisão discute possíveis melhorias para futuras edições.
O Futuro Elétrico nas Ruas de São Paulo
Enquanto a Fórmula E se prepara para a 10ª temporada, os olhares se voltam para São Paulo, que novamente receberá os GEN3, os carros elétricos mais rápidos, leves e potentes já construídos. O circuito do Sambódromo do Anhembi promete mais emoções, e os fãs já podem garantir seus ingressos para o E-Prix de São Paulo, marcado para 16 de março, através do site da Eleven