Após o GP da Inglaterra, a Fórmula 1 segue diretamente para a Áustria. O Red Bull Ring é uma pista definida pelos pilotos como uma montanha russa, por conta das mudanças de elevação no circuito.
No ano passado duas provas foram disputadas no traçado, desta forma a Pirelli optou por fornecer compostos diferentes para as duas provas, tentando mudar a dinâmica do evento. Neste ano a novidade fica por conta da prova Sprint, que também mudará a distribuição dos compostos durante o evento, além da mecânica do fim de semana.
A Pirelli optou por fornecer a gama mais macia de pneus, contando com o C3 (duro – faixa branca), C4 (médio – faixa amarela) e C5 (macio – faixa vermelha). Com essa escolha, a Pirelli pode contar com uma degradação mais acentuada, mas também gerar uma oportunidade para que mais ultrapassagens possam acontecer. Pela Pirelli o grau de stress dos pneus está em três, mas os compostos mais macios da gama cumprem o seu propósito na pista.
No ano passado, durante o GP da Áustria, quando a Pirelli também optou pela gama mais macia de pneus, Max Verstappen conquistou a vitória realizando uma estratégia de duas paradas (médio – duro e duro). O piloto tinha uma boa vantagem para o segundo colocado, dando a oportunidade fazer uma segunda substituição.
Por outro lado Valtteri Bottas e Lando Norris concentraram a disputa na realização de apenas uma parada. A Pirelli acreditava que com essa escolha de pneus forçaria os times a trabalhar com estratégias diferentes, mas as equipes ainda foram bem conservadoras e optaram por arriscar e terminar a corrida realizando apenas uma troca de pneus.
Para este ano a situação pode mudar um pouco, pois os times vão conta com a prova Sprint sendo disputada no sábado, a Pirelli também está trabalhando com os pneus de 18 polegadas e que tem composição diferente. Além disso, existe previsão de chuva para a sexta-feira e domingo, desta forma as estratégias também podem ser alteradas.
Os pneus médios foram fundamentais na estratégia daqueles que apostaram na realização da prova, cumprindo apenas a parada obrigatória e instalando os pneus duros na sequência. Foi uma estratégia que funcionou bem no pelotão, principalmente por ser um composto que fornece uma boa aderência e tinha mais resistência que os pneus macios.
Este é o segundo evento no ano que receberá a Sprint, desta forma a classificação no formato Q1, Q2 e Q3 será disputado na sexta-feira, enquanto no sábado os pilotos vão entrar na pista para disputar uma corrida de 100 km, definindo o grid de largada para o domingo.
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Com essa configuração, a Pirelli fornecerá apenas 12 jogos de pneus, diferente dos 13 conjuntos que são fornecidos em um fim de semana convencional. São entregues para cada um dos pilotos 2 conjuntos de pneus duros, 4 conjuntos de médios e 6 conjuntos de macios. Além disso, os times terão até seis conjuntos de pneus intermediários e três de pneus para chuva extrema.
Após a realização do GP da Áustria, a Pirelli realizará uma sessão de testes dos pneus para a próxima temporada. A fornecedora de pneus contará com a ajuda de McLaren, Red Bull e Williams. O time de Grove estará em pista nos dois dias, enquanto as outras duas equipes vão participar de um dia cada.
A Fórmula 1 dividirá a pista por mais um fim de semana seguido com Fórmula 2 e Fórmula 3.
“O asfalto no Red Bull Ring oferece aderência razoavelmente baixa em um circuito de baixa severidade, o que possibilita trazer os pneus mais macios da gama. Isso nos ajuda a colocar o foco no entretenimento, em um local que muitas vezes proporcionou corridas emocionantes no passado, graças a uma volta movimentada e compacta que é essencialmente uma série de curvas curtas. A tração e especialmente a frenagem são fundamentais aqui: com um risco particular de travamento em algumas das áreas complicadas de frenagem em declive. Manter o desempenho dos pneus traseiros ao longo da volta também é vital para garantir a tração adequada. Nossa indicação de pneus possibilita uma variedade de diferentes estratégias possíveis”, disse Mario Isola.