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Chuva na Bélgica atrapalha realização do TL3, sessão é marcada pelo pouco contato com a pista

Verstappen encerrou a atividade na liderança, embora os pilotos tenham completado menos de cinco voltas ao longo do TL3

A chuva não deu trégua neste início de sábado (27) dando um novo tom para o fim de semana. Por conta de um TL3 bem molhado, tivemos basicamente 10 minutos de movimentação na pista, até que Lance Stroll provocou o regime de bandeira vermelha.

Conforme o cronômetro avançava, a chuva piorou cada vez mais, gerando poças pela pista e intimidando ainda mais os competidores a completar uma volta no traçado. A direção de prova então aplicou um novo regime de bandeira vermelha, preservando os competidores e os carros nos boxes.

Max Verstappen era o ‘líder’, com a marca de 2m01s565, o competidor foi um pouco mais ousado, enquanto Oscar Piastri estava separado por mais de 1s433. As poucas voltas completadas foram feitas em volta de muita cautela, já que o TL3 antecede a classificação. Os times não queriam ter a dor de cabeça de passar pela reconstrução do carro.

A classificação deve acontecer com a chuva, mas as equipes contariam com poucos dados para tomar as suas decisões. Além disso, eles têm a preocupação com o asfalto novo, pois com a pista molhada esses trechos estão oferecendo uma menor aderência.

A Fórmula 1 retorna às 11h (pelo horário de Brasília) para a disputa da classificação.

Saiba como foi o TL3 do GP da Bélgica

Quando a sessão foi iniciada, a chuva caia na Bélgica como era o esperado. Ela era esperada para o sábado, mudando a dinâmica do dia, já que a sexta-feira as atividades foram realizadas em pista seca e a prova também deve acontecer em pista seca.

Depois das primeiras avaliações, mesmo a McLaren que liderou o TL2, não estava feliz com desempenho apresentado. A Mercedes também não tinha se encontrado na pista e lutava para ter um bom rendimento neste traçado. O time alemão optou por retirar as atualizações levadas para este traçado, tentando algo diferente para o restante do fim de semana.

O grande problema neste circuito é que os setores são diferentes, portanto as equipes precisam definir qual parte da pista eles vão priorizar para encontrar esse bom rendimento.

A temperatura na pista estava na casa dos 21 °C, com 18 °C no ambiente. Assim que a pista foi liberada, Max Verstappen foi enviado para o traçado com um jogo de pneus intermediário instalado. A Sauber por sua vez foi um pouco mais cautelosa, usando os pneus de chuva extrema.

Neste primeiro contanto com o traçado, os pilotos já eram mostrados cometendo alguns erros. A Sauber abandonou o uso dos pneus de faixa azul, para assim como os outros competidores trabalhar com os pneus intermediários.

Verstappen começou a registrar os seus primeiros tempos na tabela, com o holandês anotando 2m01s565, contra 2m02s998 de Oscar Piastri. Alguns pilotos eram um pouco mais cautelosos que outros, nestes primeiros minutos da sessão. A chuva ficou anda mais intensa e deveria durar cerca de 10 minutos.

Daniel Ricciardo reclamava do carro, a equipe achava que era a sensação gerada pelos pneus de chuva, mas o time solicitou o seu retorno aos boxes para fazer uma verificação mais detalhada.

O regime de bandeira vermelha foi instaurado quando restavam cerca de 48 minutos para o final da sessão, Lance Stroll que estava em sua terceira volta no traçado, bateu na saída da Eau Rouge, quando perdeu completamente o controle do equipamento. A suspensão dianteira direita quebrou com a batida lateral, o carro do competidor ficou parado na pista, precisando de auxílio para ser removido. A asa dianteira também foi uma peça danificada.

O cronômetro seguiu em regressiva, pois este é o padrão do treino livre, pois o relógio não para.

Com 40 minutos restantes, a sessão foi reestabelecida mais uma vez. Porém, os carros permaneciam nos boxes, sem ninguém arriscar uma saída, já que a chuva caia de forma constante, sem dar uma trégua. As equipes tentavam preservar os equipamentos, com medo de uma batida antes da classificação.

Restando 25 minutos para o final, novamente a atividade foi encaminhada para a bandeira vermelha. George Russell não tinha registrado nenhum tempo. Kevin Magnussen e Carlos Sainz se quer tiveram contato com a pista.

A McLaren tinha um trabalho um pouco mais acirrado, pois precisou substituir o assoalho usado por Lando Norris, já que o piloto tinha escapado do traçado nos primeiros momentos da atividade.

Apenas alguns trechos da pista foram recapeados, tornando essas partes ainda mais complicadas de guiar, pois ficavam mais escorregadias com a chuva.

Os times têm sofrido com os radares, já que por conta das montanhas eles não estão recebendo dados de um monitoramento preciso, desta forma não sabem o quanto as condições podem piorar ou até mesmo melhorar com o passar das horas.

Nos últimos dois minutos, a pista foi liberada mais uma vez, parte dos pilotos seguiu para a pista, apenas para sentir o carro nessas condições de pista, no entanto, ninguém abriu volta rápida.

Carlos Sainz aproveitou essa liberação para acelerar um pouco com os pneus de chuva extrema. O espanhol cometeu um pequeno erro, mas conseguiu completar o seu giro.


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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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