Depois de um bate papo lá no grupo administrativo do BP, entre uma brincadeira e outra surgiu a ideia de uma nova atração no site que é essa que o Amigo Cabeça de Gasolina está pondo os olhos agora: O BP Beats tem como ideia fazer algum tipo de sintonia com o automobilismo e sua provável trilha sonora.
E para essa estreia, os colunistas Carlos Eduardo Valesi e Ricardo Bunnyman que não só são amantes da velocidade como também de boa música (pelo menos são boas no nosso ponto de vista) unem suas forças para lhe trazer uma abordagem bacana nesse novo projeto.
Direcionamos então a nossa agulha em um dos pilotos mais simpáticos das últimas temporadas da Formula 1: Daniel Ricciardo e suas origens na terra dos cangurus. Inclusive canguru em inglês se fala Kangaroo (e uma história que, como diriam os antepassados de Ricciardo, se non è vero, è ben trovato, diz que a palavra surgiu quando os colonizadores ingleses apontaram para o bicho e perguntaram para o aborígene que estava ao lado, perguntando que animal era aquele. “Kan Gar Ow”, o cara disse, e o marsupial foi batizado. Só depois de um tempo descobriram que a tradução daquela frase era “Não entendo o que você está me perguntando”). Mas o importante aqui hoje é que Kangaroo lembra Hoodoo, que lembra Hoodoo Gurus, banda australiana de Surf Music muito famosa nos anos 80/90. O termo hoodoo tem a ver com magia africana e não tem nada a ver com a Austrália. Inclusive esse parágrafo longo não tem outro objetivo a não ser fazer um gancho para lhe apresentar uma das bandas mais bacanas da terra natal de Ricciardo.
Inclusive, Daniel Ricciardo nasceu em 1989, ano em que o Hoodoo Gurus lançava um dos seus álbuns mais famosos, Magnum Cum Louder com dois grandes hits Another World e Come Anytime que você pode conferir no vídeo abaixo:
Ricciardo nasceu em um primeiro de julho, exatamente 47 anos após o nascimento de outro Daniel, o canadense Daniel Edward “Dan” Aykroyd que, além de ser um dos melhores atores de comédia nos anos 80 ainda personificou Elwood Blues, um dos Irmãos Cara de Pau. E, se vocês ainda não viram esse filme, façam um favor a si mesmos e assistam! Uma palhinha do que vocês encontram lá:
Daniel Ricciardo é um australiano de origens italianas, por isso seu sobrenome “carcamano”. Seu pai nasceu na Sicília enquanto sua mãe embora nascida na Austrália, tem pais italianos, então no fim das contas fica tutto a casa. Será que o seu Joe e a dona Grace colocavam Laura Pausini para o pequeno Daniel dormir quando estourou com seu sucesso La Solitudine em 1993 quando nosso pequeno sorrisão tinha de 3 para 4 anos?
Como todo piloto, Ricciardo começou sua vida automobilística no kart, em 2005. Mais tarde disputou a Wertern Australian Formula Ford pilotando um Van Diemen chegando à oitava posição. Outra curiosidade é que a Terra de Van Diemen foi a primeira designação que os europeus deram à ilha da Tasmânia, hoje parte da Austrália. O explorador Abel Tasman foi o primeiro europeu a explorar a Tasmânia, que a chamou por esse nome em homenagem a Anthony van Diemen, governador-geral da Companhia Holandesa das Índias Orientais que promoveu a expedição de Tasman pela região.
Além disso, o U2 fez sua tradução do que seria a colonização da área com a música Van Diemen’s Land no álbum Rattle And Hum de 1988 (na opinião do Valesi, o único bom da banda – hora de gerar polêmica prá bombar nos comentários) na voz do guitarrista The Edge, pouco menos de um ano do nascimento de Daniel (na opinião do Bunnyman, Valesi é maluco e precisa ouvir melhor o The Joshua Tree).
Ricciardo chegou em 2008 na Formula 3 Inglesa e em 2009 tornou-se o primeiro piloto australiano desde David Brabham em 1989 a ganhar o título britânico de Fórmula 3. Coincidência ou não, esse título de Brabham foi no ano quem que Daniel nasceu. Aos que acreditam no alinhamento das estrelas, é uma curiosidade interessante. Aos que não acreditam, também é.
Daniel chegou a Formula 1 através da famosa academia de pilotos da RedBull. Talvez por isso tenha sido o único piloto jovem que vingou da extinta equipe Hispania, uma das equipes mais pobres que entraram em 2010 e morreu pelo caminho, afetando o quadro de análise das nanicas do Podcast F1 Brasil. No meio da temporada de 2011, no GP de Silverstone, Ricciardo entra no lugar de Narain Karthikeyan e desde então sua ininterrupta carreira na F1 está fazendo do paddock um lugar mais divertido do que a postura sisuda que nós víamos anteriormente.
Em 2012 e 2013, Ricciardo passou para ToroRosso e posteriormente para a RedBull onde rivalizou com o tetracampeão Sebastian Vettel, mostrando a todos que não é só um belo sorriso no grid, mas sim um grande postulante a campeão do mundo.
Hoje, Daniel Ricciardo acumula 6 vitórias e divide curvas com o prodígio Max Verstappen (conterrâneo do tal Anthony van Diemen que falamos lá mais acima). Há quem diga que em 2019 o australiano estará de casa nova.
Você pode conferir as 10 músicas preferidas desse grande piloto na página da RedBull em Um fã de emo: As dez músicas favoritas de Daniel Ricciardo, ou na nossa playlist ao final do post.
Enquanto isso a gente finaliza por aqui o primeiro texto do que esperamos que seja uma nova série (agora é com vocês, escrevam para o Boletim do Paddock pedindo mais) com a banda australiana ACDC e um sucesso que pelo bom humor certamente agrada nosso homenageado do dia, The Jack.
Qual é a melhor banda da Austrália na sua opinião? O AC/DC do Valesi ou o Midgnight Oil do Bunnyman? Ou nenhum desses porque a melhor você vai jogar nos comentários?
AC/DC é claro. E Valesi tem razão. U2 sucks!!
U2 é legal vai, melhor música par se tocar em toca fitas de fusca!
kkkkkkk toca fitas de fusca! Mas tem que ser autoreverse!!
AC/DC é lôco, mas U2 é gigante!
Tá maluco? Quem nasceu pra Bono nunca chegará a Bon. Nem com scotch!
Perdão Bunnyman, mas AC/DC é melhor!
Sobre as críticas ao U2, uma pena, não esperava por isso a essa altura da minha vida, ôh mundo cruel onde erramos, haters da banda andando livres pelas ruas de São Francisco, consumindo Starbucks, Donuts de churros a bordo de seus Golf 88 amarelos conversíveis!
Sobre Daniel Ricciardo, só digo que me lembra muito o grande ícone da cultura pop renegado pelos sites especializados em cultura nerd e quicá pelo próprio Ministério da Cultura da Austrália, o nosso querido Crocodilo Dundee, um manolo batuta que topava qualquer parada, jeitão simples, rústico e sistemático, muito parecido como Daniel Ricciardo, seria lindo um shoe com Ricciardo e Paul Hogan!
Bom na espera dos demais BP Beats para que eu possa tecer mais palavras de inconformismo com o gosto musical de vocês, pois se negam a falar do Molejão!!!
Vossa Senhoria nem precisa ser convidada para pitacar dentro de seus domínios. Tudo que se vê por aqui tem sua marca.
Mas Molejão por aqui só quando eu ou o Valesi estivermos bem loucos!