Quantas vezes o amigo Cabeça de Gasolina se deparou com as clássicas comparações entre os pilotos? Você não deve ter nenhuma ideia sobre esses números.
E o gosto musical? Minha nossa… “tal banda é ótima”, “tal banda é um porre”, “tal estilo é um lixo”.
Bom, Bunnyman e Valesi têm gostos muito parecidos dependendo do ponto de vista (e quanto mais de perto se olha, mais se percebe que esses dois malucos são um tanto quanto diferentes). Se colocarmos uma lupa em suas opiniões, podemos ver que não é bem assim.
A melhor banda australiana por Bunnyman
A melhor banda australiana por Valesi
Os comparativos entre pessoas e coisas existem desde antes de sabermos da nossa existência. Comparar é algo que faz parte da nossa essência e não há como fugir disso. O cérebro humano trabalha de maneira a ordenar o mundo, é uma necessidade fisiológica e rotular, classificar e comparar as coisas é a maneira que utilizamos para colocar as coisas nos seus lugares, pelo menos dentro de nossas cabeças. Mas qual o ponto de equilíbrio? Quão tolerantes somos com as opiniões?
lll SENNA Vs. PROST
É a mais polêmica e talvez a que tenha mais controvérsias entre o nacionalismo e o que de fato é qualidade. Sendo bem generalista, Ayrton Senna é um piloto que se ama ou se odeia devido a esse símbolo que foi para o Brasil, muitas vezes cegando seus fãs (como já disseram de outro cara, “fulano até é legal, o que estraga é a torcida”) para os talentos de Alain Prost. É inegável que ambos utilizavam não só seus talentos nas pistas, mas também fora delas para poder ter um diferencial (ou vantagem) sobre o outros naqueles anos de uma McLaren digna de aplausos. E como já deve ter gente xingando só por colocar esse parágrafo, fique com um dos mais brilhantes textos sobre Senna escritos por nosso colunista Eduardo Casola Filho onde ele aborda Ayrton de uma forma muito respeitosa e racional: Mais um texto sobre Ayrton Senna ou não
Nos anos 60 quem diria que Beatles e Stones seriam capazes de comer uma feijoada juntos com o pessoal do Beach Boys? Talvez isso nunca tenha acontecido de verdade, mas e se não fossem diferentes entre si, o que seria hoje do rock? Será que a rivalidade não é algo bom para que todos evoluam?
Isso sem contar os genéricos que sempre apareciam por aí:
Mas não vamos nos deixar levar pelas imitações, voltemos ao original.
lll WEBBER Vs. VETTEL
Fonte: Autoracing.com.br
O famigerado Multi 21 deu o que falar na no GP da Malasia em 2013, mas o caldo esteve quente desde em 2009, quando a Red Bull se mostrou uma equipe competitiva. Isso foi só uma das situações contrangedoras entre Mark Webber e o Sebastian Vettel que vieram a público.
Segundo Webber, Vettel recebia todas as atenções, chocolates, flores e ursinhos da equipe enquanto ele ia se tornando um coala coadjuvante até chegar ao ponto de vencer uma corrida e no famoso rádio de ‘parabéns’ logo após a bandeirada, responder ‘Nada mal para um segundo piloto’. Isso pegou muito mal, pois a Red Bull não queria transparecer ter a mesma estratégia que a Ferrari que privilegia um piloto sobre o outro logo antes da temporada – embora saibamos que esse negócio de chances iguais nunca existiu na categoria.
Nos números, Mark perdeu para Sebastian, mas ele era tão ruim assim?
Isso faz pensar em Charlie Brown Jr e Los Hermanos. Lembra daquele pau que rolou entre Chorão e Marcelo Camelo? Chorão foi tirar satisfações com Camelo por um comercial de refrigerantes estrelado pelo Charlie Brown Jr. Camelo disse algo sobre tomar Coca Cola não ser sinal de atitude. Naquele momento, chorão socou Camelo e a briga na justiça continua até hoje mesmo após o falecimento do Chorão.
E aí? Você vai de Coca ou Pepsi? Quem é mais poeta entre as duas bandas?
Bunnyman, eu escrevi ali em cima que não vamos ficar com os genéricos, né? Esse papo de Coca ou Pepsi (sério que tem quem prefira Pepsi?!) me lembra que a juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantes.
lll ALONSO Vs. HAMILTON
Cara… isso deu o que falar…
Esse caso foi às ultimas consequências e fez a McLaren deixar de ver um de seus pilotos campeão em 2007. Uma briga de egos entre o bicampeão Fernando Alonso e o novato filho da base da McLaren Lewis Hamilton.
“Como assim esse fedelho quer me enfrentar?” pode ter pensado Alonso ao ver como o inglês era rápido. No final das contas, Kimi Raikkonen que, era apenas a quarta aposta para o título, levou a taça enquanto os dois se degladiavam dentro e fora das pistas.
No mundo da música existem muitos caras com o ego lá em cima. Como por exemplo a rivalidade entre Blur e Oasis. Seria mesmo uma guerra ou estratégia para abalar as estruturas? Fato que o Oasis se achava a melhor banda de todos os tempos desde os Beatles. Mas seriam mesmo algo diferenciado? E a longevidade do Blur como se explicaria?
O importante é que enquanto eles se elevam entre si, nós espectadores temos que pedir que toda essa energia seja depositada em melhores performances. A competição sempre vai existir. Seja por bem ou pelo mal, mas cabe a nós estarmos sempre extraindo o que vem de mais positivo dessas batalhas e não defendermos cegamente algum posicionamento. Até dando um exemplo, é claro que os Smiths em 4 anos de existência fizeram muito mais do que os Stones em todas essas décadas, não é mesmo, Valesi? Dessa forma nem tem o que discutir…
Claro que não tem o que discutir. Os Stones, só em “Time is on My Side”, já botaram esses ferreiros no chinelo…
Até porque o melhor de todos os tempos já foi declarado na série 365 dias aqui do BP: O melhor piloto que você nem sabia que existia – Dia 350 dos 365 dias mais importantes da história do automobilismo.
E, para encerrar a discussão, vamos homenagear a Irlanda natal de Tommy Byrne com a melhor banda irlandesa de todos os tempos. O quê? Não, Bunnyman, é claro que não é o U2, até parece….