A Audi anunciou nesta terça-feira (23) a contratação do ex-chefe de equipe da Ferrari, Mattia Binotto, para liderar o projeto da Fórmula 1 e a entrada da montadora alemã na categoria.
Por meio de um comunicado emitido, a Audi formalizou o ingresso de Binotto ao time, se tornando o seu diretor de operações e diretor técnico (COO e CTO) da Sauber Motorsport AG, a partir de 1° de agosto, para liderar o time que está se preparando para competir na Fórmula 1 a partir de 2026.
Ao longo deste ano a Audi já estava movimentando algumas peças, a escolha do time era para facilitar as tomadas de decisão e é exatamente isso que formaliza o comunicado.
A chegada do suíço ocorre no momento que o atual CEO da Sauber, Andreas Seidl está de saída do projeto. Seidl deixou o cargo de chefe de equipe da McLaren para atuar nos bastidores como CEO em 2023, colaborando para essa fase de transição da Sauber para Audi. Oliver Hoffmann anteriormente presidente do conselho de administração, também está deixando o projeto.
“Gostaria de agradecer a Oliver e Andreas por seu importante trabalho em estabelecer nossa entrada na Fórmula 1 e seu comprometimento em prepará-la”, afirmou Gernot Döllner, que assumirá o cargo de presidente do Conselho de Administração da Sauber Motorsport AG no futuro, atualmente ocupa a função de CEO da Audi.
Nos últimos meses a Audi correu para realizar a compra total das ações da Sauber e dar continuidade ao projeto, fazendo as manobras necessárias para a sua entrada na F1. Cada vez mais a fabricante alemã tem deixado claro que precisa aumentar o controle das operações e melhorar as estruturas da empresa para ser compatível com a sua chegada.
Binotto então se reportará diretamente ao conselho da Audi, no comunicado a eles reforçam que “a decisão por Binotto faz parte do realimento da estrutura de controle para a futura equipe de fábrica da Audi” e ainda afirmam que “esse realinhamento garante a autonomia e a independência do projeto Audi F1.”
“Nosso objetivo é levar todo o projeto da Fórmula 1 à velocidade da F1 por meio de estruturas de gestão claras, responsabilidades definidas, interfaces reduzidas e processos de tomada de decisão eficientes. Para esse propósito a equipe deve ser capaz de agir de forma independente e rápida”, disse Döllner.
A aquisição da Audi faz um tanto de sentido, pois Binotto tem muita experiência na área de motores, além de ter trabalhado na parte de chassis, as duas estruturas precisam funcionar bem para a introdução dos novos regulamentos da F1.
A Audi também está de olho em novas contratações, algo que ficou um pouco travado por conta do duelo interno travado entre Seidl e Hoffman.
Binotto deixou a Fórmula 1 ao final de 2022, quando por uma gestão ruim, a Ferrari perdeu a chance de conquistar o título ao final da temporada. Binotto estava na equipe italiana desde 1995, atuou no departamento técnico de motores e chassi da Ferrari, antes de se tornar chefe de equipe em 2019.