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As várias faces dos GPs sem nome na Fórmula 1

Foto: Williams

Por conta da pandemia de coronavírus, as atividades da Fórmula 1 foram suspensas, contudo a categoria sempre teve a pretensão de realizar a temporada de 2020, principalmente pela comemoração dos seus 70 anos, desta forma o calendário precisou sofrer alterações e alguns circuitos vão receber duas provas.

É algo inédito na categoria – a realização corridas no mesmo circuito em uma temporada – mas era comum alguns países receberem duas provas no mesmo ano. No entanto, não era possível a utilização dos mesmos nomes, portanto a categoria batizou algumas provas de forma diferente.

Em 2020

Até o momento Áustria e Inglaterra vão receber duas provas em seus circuitos, a primeira rodada na Áustria segue com o nome já conhecido, mas a rodada do dia 12 de julho, foi batizada como GP da Estíria nome do Estado onde o circuito está localizado.

O GP da Grã-Bretanha vai receber um nome diferente para a segunda prova que será realizada no dia 9 de agosto, será conhecida como o GP do 70º Aniversário. O motivo está ligado ao fato de a categoria estar obviamente completando 70 anos de existência, mas o local escolhido é justamente por conta da primeira prova disputada pela F1, ainda no dia 13 de maio de 1950 em Silverstone.

Fã que é fã, gosta desses atos de amor, mas não superou o 1000º GP na China.

O título honorífico para o GP da Europa

Este nome foi utilizado quando a categoria precisava realizar uma prova em um mesmo país em circuitos da Europa. A sua primeira vez ocorreu em 1983 para o circuito de Brands Hatch, com um calendário realizando duas provas inglesas.

Foto: reprodução F1 Stats

Ela apareceu em outros momentos para: Nürburguing, Donington Park, Jerez e Valência. A última vez que foi utilizado foi para nomear a primeira corrida em Baku (2016), pois com este nome ela se tornaria mais atrativa para a sua estréia, já em 2017 ela passou a ser conhecida como GP do Azerbaijão.

A pista alemã de Nürburging, foi chamada em 1997 e 1998 de GP de Luxemburgo, seguindo a mesma regra de não ser posível ter dois GPs disputados com o mesmo nome ou no mesmo país. No primeiro ano, o título de GP da Europa fora concedido para o circuito de Jerez. Em 1998 o circuito espanhol não esteve no calendário, mas optaram em manter o nome do ano anterior. O GP de Luxemburgo fez jus ao país que ficava situado a 100 km de distância do circuito.

Foto: reprodução F1 Stats

Em 1982 o GP da França era realizado no circuito de Paul Ricard, mas o país receberia uma segunda etapa em Dijon-Prenois, desta forma ela foi conhecida como GP da Suíça, o motivo é que naquela época as provas foram proibidas no pais, por conta do acidente das 24 de Le Mans de 1955. Com a participação do Automóvel Club Suíço na prova e a proximidade com a fronteira dos países – França e Suíça – Dijon foi batizado desta forma.

GP da Itália

A Itália já recebeu duas provas na mesma temporada, muitos conhecem a corrida pelo nome do circuito de Monza. No entanto em 1980, Monza passava por reformas e não poderia receber a etapa italiana naquela temporada, desta forma a corrida em Imola foi realizada com o nome de GP da Itália.

A partir de 1981, o calendário passou a receber Monza e Imola, desta forma o segundo circuito foi batizado como GP de San Marino. O motivo está no fato de ser uma das repúblicas mais antigas do mundo, San Marino é um dos microestados assim como Vaticano e Mônaco.

E outras histórias… 

Tivemos anos recheados de GPs com nomes diferentes, pois os Estados Unidos já receberam até três provas na mesma temporada – 1982, bingo – o GP de Las Vegas esteve presente em 1981 decidindo o primeiro título de Nelson Piquet e 1982 com o único título de Keke Rosberg. O nome popular ficou para Vegas, mas também era chamado de GP de Caesars Palace, por conta do hotel com o mesmo nome, que teve o estacionamento utilizado para montar o circuito.

Ainda em 1982, foi realizado o GP do Oeste dos Estados Unidos no circuito de Long Beach, neste mesmo ano o país recebeu a prova em Detroit, em Michigan. As 500 Milhas de Indianápolis fizeram parte do Mundial de Fórmula 1, justamente para ajudar neste título de “mundial”, porém a etapa contava apenas com as equipes e pilotos norte-americanos.

O GP dos Estados Unidos com este nome já foi realizado nos circuitos de Sebring, Riverside, Watkins Glen, Phoenix, Indianapolis e atualmente em Austin – o Circuito das Américas.

E por último, mas não menos importante o GP do Pacífico, realizada entre os anos de 1994 e 1995, com vitória de Michael Schumacher no Circuito Internacional de Okayama. Como as provas do Japão já estavam confirmadas para Suzuka, um novo nome foi escolhido para a outra.

Poster: GP do Pacifico de 1994 / Foto: Reprodução F1 Stats
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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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