A recuperação da Ferrari é um ponto que vem chamando a atenção após o GP do Bahrein, é apenas a primeira corrida do ano e os times ainda têm um caminho longo pela frente, mas o ressurgimento do time italiano precisa ser observado.
Após figurar por três anos seguidos (2017 até 2019) na segunda posição do campeonato de construtores, a queda da Ferrari em 2020 não era esperada (até o acordo com a FIA), mas o time terminou na sexta posição do campeonato de construtores.
Os italianos estavam em busca em retomar a briga, ainda é difícil cravar em qual posição a Ferrari vai terminar este ano, mas eles podem duelar com a McLaren e travar uma disputa acirrada com o meio do pelotão. No Bahrein eles provaram que tem velocidade, um ponto importante para está disputa que também está relacionada a potência dos motores.
“Sim, sinto-me aliviado, com certeza, porque podemos trabalhar numa posição melhor e isso é saudável para a equipe. É importante que a equipe possa trabalhar de forma saudável, mantendo-se calma e positiva”, disse Binotto.
“Para mim isso foi importante, então vir aqui e ver que o carro está progredindo, colocar a equipe de alguma forma em um ambiente mais sereno onde podemos até trabalhar melhor. Então isso foi importante, não apenas do motor, mas como eu disse, tudo do motor, chassi, arrasto, aerodinâmica, ferramentas, correlação, tudo isso foi importante para nós e foi a chave.”
Nos últimos meses o clima ficou tenso na Ferrari (em Drive to Survive isso é mostrado), os resultados ruins, a diferença entre Charles Leclerc e Sebastian Vettel, um ambiente que estava longe de ser o mais agradável.
Sobre o motor
Depois da investigação da FIA e o acordo a Ferrari perdeu muita potência e desenvolvimento. Neste ano a equipe apresentou um novo motor que vai impulsionar o SF21, mas Binotto não consegue quantificar o ganho da Ferrari.
“Quanto está vindo da unidade de força, a melhoria? Difícil dizer por que é tudo relativo aos concorrentes, não é um valor absoluto, e não sei qual é o progresso dos outros. Mas, novamente, no final, sempre temos que julgar todo o pacote e não o dividir”, acrescentou Binotto.
Ferrari vs. McLaren
Na temporada passada Carlos Sainz estava guiando pela McLaren e viu a Ferrari com diversos problemas, mas o espanhol já sabia que na próxima temporada estaria guiando pelo time.
Ultrapassar a Ferrari no ano passado não era uma tarefa muito difícil, eles perdiam desempenho nas retas, era uma questão de esperar e atacar, mas após a primeira corrida no Bahrein os pilotos da McLaren e Ferrari terminaram bem embolados: 4º Lando Norris, 6º Charles Leclerc, 7º Daniel Ricciardo, 8º Carlos Sainz.
O espanhol ficou feliz com o que viu no Bahrein e acredita no potencial do carro que vai utilizar nesta temporada. E para comparação, a fala de Charles Leclerc que guiou o modelo anterior se faz importante neste momento:
“Sim, se eu olhar para onde estávamos no ano passado, exatamente no mesmo lugar, houve um bom progresso. Então, com certeza queremos lutar pela vitória muito, muito em breve, mas de forma realista e honesta, fizemos um ótimo trabalho para conseguir isso e agora estar mais perto da McLaren pelo menos e lutar com eles na corrida, então vamos ver em Imola”, concluiu o monegasco.
Uma validação sobre a disputa
Andreas Seidl, chefe de equipe da McLaren esperava a recuperação da Ferrari por conta do potencial da equipe italiana.
“Dissemos que nunca subestimamos a capacidade de uma equipe como a Ferrari, com toda sua história e todos os seus recursos e experiência, poderiam voltar rapidamente, então não é nenhuma surpresa, e eles também têm dois ótimos pilotos”, disse ele.
“Estamos simplesmente ansiosos para lutar com a Ferrari novamente este ano, como eles vão jogar. É simplesmente muito cedo para dizer, mas sim, definitivamente ansioso para lutar contra esta grande equipe”, concluiu.