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A dupla da Foyt 

A Fórmula Indy em 2018 vem com carro novo, pista clássica voltando, um grid maior e a expectativa de um belíssimo campeonato. Para nós brasileiros, temos o que pode vir a ser a mistura ideal da experiência e da juventude.
Matheus. Foyt e Kanaan Fonte: Indy
A experiência vem a cargo de Tony Kanaan, com seus 43 anos, campeão de 2004 da antiga IRL pela Andreeti Green, vencedor das 500 milhas de Indianapolis de 2013 pela KV. Não teve a passagem dos sonhos pela equipe de Chip Ganassi, mas jamais devemos desprezar o talento e a perícia do bom baiano.
Com um cartel de 16 vitórias, 11 poles e 206 largadas, Tony Kanaan é o nome perfeito para desenvolver o carro da equipe de Aj Foyt. Com larga experiência e sede de vitórias, pode sim ser um diferencial tanto para a equipe, quanto para o próprio piloto.
O outro piloto da equipe será o gaúcho Matheus Leist, de 19 anos. Campeão da Fórmula 3 inglesa em 2016 com quatro vitórias, Leist em 2017 migrou para a Indy Lights pela equipe Carlin, e como novato terminou na quarta posição no campeonato, com 3 vitórias, incluindo as 100 milhas de Indianapolis, vitória esta conquistada com autoridade, sendo apenas a terceira vez em que não houve troca de líderes durante a corrida.
Matheus Leist a bordo do Dallara DW12 da AJ Foyt Racing, no primeiro teste oficial na Fórmula Indy em Sebring Fonte: PitLane

O gaúcho de Novo Hamburgo sobe para a IndyCar sendo um desses nomes que tem tudo para vingar e se tornar um dos belos nomes do futuro maravilhoso da categoria, mas pra isso, terá que se adaptar a um carro que notoriamente é mais difícil de guiar que o seu antecessor. Terá de se adaptar a equipe Foyt, que não é uma Penske, Ganassi ou Andretti, mas que tem um corpo técnico bom e muita condição de fazer melhor que na última temporada, onde Conor Daly e Carlos Muñoz não puderam terminar melhor que P16 e P18 no campeonato, respectivamente, além de Zach Veach, que participou de três provas, com resultados fracos.

lll O que esperar da Foyt e dos brasileiros?

Um ano de aprendizado, de evolução, um ano em que não veremos os dois brigando por vitórias, mas sim por pontos, onde talvez na Indy 500, onde a soma do conjunto pode funcionar e de forma surpreendente. Se espera que a equipe possa terminar o ano a frente do que apresentou nas últimas temporadas, para 2019 a evolução continuar, e aí sim, podendo ter resultados melhores e progressivos.

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Rubens Gomes Passos Netto

Editor chefe do Boletim do Paddock, me interessei por automobilismo cedo e ao criar este site meu compromisso foi abordar diversas categorias, resgatando a visão nerd que tanto gosto. Como amante de podcasts e audiolivros, passei a comandar o BPCast desde 2017, dando uma visão diferente e não ficando na superfície dos acontecimentos no mundo da velocidade. Nas horas vagas gosto de assistir a filmes e séries de ação, ficção científica e comédia. Atuando como advogado, também gosto de fazer análises e me aprofundar na parte técnica.

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