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Mitch Evans fala sobre as expectativas para o e-Prix de São Paulo

Vencedor da primeira edição da prova brasileira, Evans espera que São Paulo conte com uma prova recheada de ultrapassagens

A próxima etapa da Fórmula E será disputada em São Paulo, correspondendo a 4ª prova da 10ª temporada. A Jaguar como atual líder do campeonato busca repetir um bom desempenho no Sambódromo do Anhembi, após ter dominado a primeira edição da corrida no Brasil. Atualmente Nick Cassidy lidera a tabela de pontos com a Jaguar, após faturar dois pódios e uma vitória, enquanto Mitch Evans está tentando se acertar para repetir a mesma performance do ano passado.

Cassidy foi contratado pela Jaguar, substituindo Sam Bird, após o neozelandês defender a Envision no último ano. Porém, o mais interessante na chegada de Cassidy ao time é justamente a sua rápida adaptação e interação com a equipe, em um momento que Evans lidou com escolhas ruins para as provas iniciais do campeonato.

Obviamente a situação é um pouco complicada para Evans, afinal, o companheiro de equipe é o seu maior rival, o piloto falou um pouco sobre a situação em coletiva de imprensa.

“O que é realmente frustrante é que poderíamos ser 1-2 no campeonato e não somos. Ele fez um ótimo trabalho, nas duas ou três corridas e ele se adaptou muito bem à equipe. Acho que não é realmente surpreendente, pois ele está familiarizado com o pacote do ano passado da Envision”, comentou Evans.

“Ele realizou uma transição muito boa para o time. Então sim, Nick realmente se saiu muito bem com este carro da terceira geração. Então, sim, teremos que ver o que acontece nas próximas corridas. Tenho certeza de que ele ainda será muito competitivo e rápido, mas do meu lado quero tentar obviamente conseguir alguns resultados melhores na tabela”, seguiu.

A Fórmula E é uma categoria extremamente competitiva e desafiadora, a regularidade portanto faz toda a diferença para se manter firme na disputa pelo título.

Com a etapa no Brasil as expectativas estão altas para que o equipamento da Jaguar volte a dominar por aqui, embora nesta segunda edição os times contêm com mais dados do circuito.

Após grande desempenho da Jaguar em São Paulo, equipe busca repetir a dose, mas sabe que o desafio será maior – Foto: reprodução Fórmula E

“Se conseguirmos repetir o mesmo resultado, ficarei muito feliz, mas de um ano para o outro as coisas mudam. Então temos que tentar, as corridas podem ser completamente diferentes em comparação as três primeiras corridas que participamos”, afirmou Evans.

“Tivemos que descobrir quantas voltas teríamos para definir a estratégia de gestão de energia e como as corridas poderiam decorrer do ponto de vista estratégico. Então, sim, podemos descobrir mais informações. Mas espero que possamos conseguir um bom resultado, como no ano passado, isso seria ótimo!”

A corrida do ano passado em São Paulo foi bem movimentada, marcada pelo alto número de ultrapassagens e troca de liderança até que por fim Evans faturou a vitória. No início desta temporada a movimentação não se repetiu, a corrida do México foi bem travada e mesmo na Arábia Saudita os duelos foram bem complicados. É esperado que a prova no Anhembi seja mais agitada e próxima das características da categoria.

“Este ano foi um pouco pior do que os outros anos. O México sempre foi uma corrida difícil de ultrapassar. Espero que haja alguns pequenos ajustes para o Brasil, mesmo que a pista seja um pouco mais adequada para as corridas ou ultrapassagens”, comentou Evans sobre o que espera para a prova brasileira.

“Saímos do ano passado onde estávamos tendo uma loucura, várias ultrapassagens ao longo das corridas. E então fomos para outro extremo onde praticamente não houve ultrapassagens. Eu tentei um pouco na corrida da Arábia Saudita, mas foi muito difícil e aí a dinâmica da prova era completamente diferente.”

O público que tem buscado a Fórmula E nos últimos anos valoriza muito a imprevisibilidade das provas, a dinâmica da corrida e as disputas que acontecem pelo traçado, portanto até mesmo para os competidores é importante que isso volte a acontecer.

Também para a realização de boas provas, está sendo necessário ponderar o número de voltas de cada uma das etapas e quanto isso pode afetar no gerenciamento da energia vs. o quanto os competidores terão oportunidade de batalhar no traçado, já que precisam poupar equipamento para serem competitivos no final da prova.

“Espero que a gente tenha aprendido algumas lições nessas primeiras corridas. Foi uma pena porque foram as primeiras provas do ano, éramos o único campeonato [que tinha retornado], as corridas poderiam ter sido um pouco melhores, mas vamos ver o que fazemos em São Paulo”, disse Evans.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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