ColunistasDestaquesFórmula EPost

Mitch Evans domina e-Prix de Mônaco e fatura vitória. Cassidy completa dobradinha para a Jaguar

Em corrida movimentada, Evans e Cassidy saltam para a ponta, dominam a corrida com maestria e faturam grande resultado depois da Jaguar confirmar seu compromisso com a era Gen4 da Fórmula E

Mitch Evans venceu o e-Prix de Mônaco, uma das corridas mais icônicas do calendário. O piloto que ficou por um fio de vencer a prova em outras temporadas, conduziu de forma brilhante o carro da Jaguar para faturar este resultado. A Jaguar completa a oitava etapa da temporada com uma dobradinha.

O neozelandês enfrentou certa dificuldade no começo da temporada, quando Nick Cassidy acabou se sobressaindo. Evans precisava desta vitória, não apenas na temporada, mas também em um circuito que por vezes ele demonstrou um bom desempenho, mas não tinha conseguido concretizar a vitória.

A Jaguar, que já renovou o seu compromisso com a era Gen 4, fez um bom fim de semana em Mônaco. Evans liderou os dois treinos livres em Mônaco e conseguiu fazer uma corrida segura, trabalhando com o companheiro de equipe. Cassidy não ameaçou o companheiro de equipe, até ajudou a comboiar o final da prova, pois estavam sofrendo pressão dos pilotos da DS Penske.

Stoffel Vandoorne ficou com a terceira posição, seguido por Jean-Erick Vergne. O piloto francês tentou negociar com a equipe, o pódio, buscando a inversão de posição entre os pilotos, com a desculpa que atacaria Cassidy, mas a DS Penske optou por manter as posições e não correr riscos, para não perder os pontos.

Pascal Wehrlein completou o top-5, depois de faturara pole. O competidor perdeu algumas posições depois da largada. A atuação do Safety Car acabou prejudicando a prova da Porsche, mas eles conseguiram faturar pontos em uma corrida tão movimentada.

No campeonato, Pascal Wehrlein permanece na liderança chegando aos 102 pontos, seguido por Nick Cassidy que obteve 95 pontos. Dennis manteve os 89 pontos e ocupa a terceira posição. Oliver Rowland é o quarto colocado com 88 pontos. Após a vitória, Mitch Evans chega na marca de 77 pontos.

A Fórmula E conclui com Mônaco a primeira metade do campeonato, agora a categoria enfrentará uma maratona de quatro eventos, com duas provas em cada um deles.

Saiba como foi o e-Prix de Mônaco

Todas as sessões em Mônaco foram realizadas no mesmo dia, desta forma o TL1 não aconteceu na sexta-feira como tem ocorrido em outros eventos.

Sam Bird bateu no TL1 e quebrou a mão, a McLaren precisou substituir o piloto, desta forma Taylor Barnard assumiu o carro do piloto inglês. Barnard, portanto, está realizando a sua estreia em uma corrida oficial da Fórmula E com apenas 19 anos.

Mitch Evans dominou os treinos livres do fim de semana, mas foi Pascal Wehrlein que faturou a pole para o e-Prix de Mônaco. O alemão conquistou o direito de começar pela terceira vez no ano, liderando uma prova. Wehrlein batalhou com Stoffel Vandoorne para conquistar a pole. A dupla da Jaguar se classificou logo atrás, demonstrando a força da equipe neste traçado.

Entre os brasileiros, Sergio Sette Câmara conseguiu se classificar na 11ª posição com o carro da ERT, enquanto, Lucas di Grassi foi o 17º colocado.

Largada autorizada, Werhlein manteve a ponta, enquanto Vandoorne se concentrou em fechar os pilotos da Jaguar. No grid aconteciam algumas movimentações, como Sette Câmara que foi ultrapassado por Mortara, enquanto Di Grassi avançou duas posições.

Jake Dennis que mais uma vez no ano não tinha se classificado bem, tentava escalar o pelotão. O piloto da Andretti travou um duelo com Nyck de Vries, com o piloto holandês sendo superado. No começo da prova Dennis e Rowland tinham se encontraram, pouco depois o incidente fora anotado pela direção de prova.

A corrida estava bem controlada no começo, Wehrlein abandonou a liderança da prova no terceiro giro para ativar o Modo Ataque. Di Grassi, Dan Ticktum, De Vries, Barnard e Müller se lançaram também para ativar a potência extra.

No giro seguinte, Norman Nato começou a se arrastar pela pista.

As confusões começaram cedo, um toque aconteceu no Grand Hotel Harpin do circuito. Sébastien Buemi e Antonio Felix da Costa se chocaram, o piloto da Enision ficou na barreira de proteção, esperando o restante do pelotão passar para retornar ao traçado.

Na sequência, Edoardo Mortara, bateu na curva 14, passando reto com o carro da Mahindra.

O Safety Car foi acionado para limpar o traçado e remover o carro da Mahindra. Os dez primeiros eram: Vandoorne, Evans, Cassidy, Wehrlein, Vergne, Günther, Frijns, Sette Câmara, Rowland e Dennis. Hughes ficou com o carro danificado em um toque e precisou seguir aos boxes para substituir a asa dianteira.

O Safety Car deixou os boxes na nona volta, Vandoorne manteve a liderança, mas era pressionado fortemente por Evans. Vários pilotos aproveitaram esse momento que o ritmo da corrida era reestabelecido, para ativar o Modo Ataque.

Os duelos eram intensos, Rowland batalhava com Wehrlein, na tentativa do piloto da Nissan de avançar no grid.

Evans assumiu a ponta, quando Vandoorne saiu do traçado principal para usar o Modo Ataque. O piloto da Jaguar ainda tinha os oito minutos de ativação disponível. Foi neste momento da prova que Sette Câmara recebeu uma punição de cinco segundos, sendo culpado por ter causado uma colisão com Buemi e desencadeou outros problemas em pista.

Dennis estava fazendo uma boa corrida, mas a asa dianteira do carro acabou sendo danificada. O piloto da Andretti se arrastou até o pit-lane para fazer a substituição da peça.

Com 12 voltas, os dez primeiros eram: Evans, Cassidy, Vandoorne, Vergne, Wehrlein, Günther, Rowland, Fenestraz, Di Grassi e Ticktum.

Com o grid próximo, os pilotos tentavam encontrar uma brecha para realizar as ultrapassagens. Wehrlein e Günther batalhavam peça quinta posição.

Na ponta, a Jaguar passou a trabalhar fortemente com a estratégia, tentando manter o pódio para a equipe.

Novas confusões aconteciam, Di Grassi se envolveu em batalhar mais duras e protagonizou dois toques, mas tentava se manter na décima primeira posição, mirando a zona de pontuação.

As trocas de posição eram intensas na corrida. Com 18 voltas completadas, o duelo pela vitória se concentrava entre os pilotos da Jaguar e DS Penske. Da Costa tinha se aproveitado das confusões que aconteceram ao longo da prova, para surgir na oitava posição, escalando o plotão.

Com 22 voltas, a dupla da Jaguar comandava, seguidos ainda pelos pilotos da DS Penske, enquanto a dupla da Porsche ocupava a quinta e a sexta posição, com Wehrlein e Da Costa, respectivamente. Os pilotos da Nissan andavam juntos, com Rowland e Fenestraz estavam logo atrás. Completando top-10, ainda era possível ver Nato e Günther.

No giro 24, Daruvala e Frijns se tocaram. Hughes avançou no grid depois da corrida prejudicada. O piloto da McLaren saltou para a décima quarta posição.

O Safety Car retornou para a pista, com a batida de Müller na La Rascasse. Neste momento os dez primeiros eram: Evans, Cassidy, Vandoorne, Vergne, Wehrlein, Da Costa, Rowland, Fenestraz, Günther, Nato e Cassidy.

A relargada foi autorizada na 27 volta, a direção de prova adicionou mais duas voltas por conta do período de Safety Car, desta forma a corrida seguiu até o giro 31.

Vergne tentava atacar o companheiro de equipe, brigando pelo pódio em Mônaco.

Ao final da corrida, Hughes também foi punido com cinco segundos, por causar uma colisão.

Evans faturou a vitória com a Jaguar, acompanhado por Cassidy. Vandoorne conseguiu preservar a terceira posição. Rowland ultrapassou Da Costa para ser o sexto colocado, quebrando a dobradinha da Porsche.

Mitch Evans fatura a vitória em Mônaco, confira o resultado do e-Prix – Foto: reprodução
Mostrar mais

Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo