Ocupando o lugar de quinta força no campeonato, a Williams este ano se quer teve a oportunidade de brigar pelo quarto lugar com a Force India – ficando a 104 pontos atrás da rival. Frank Williams dizia que o grande problema da equipe inglesa estava relacionado aos chassis e isso acabou comprometendo o desempenho do carro ao longo do ano. Esta foi a grande questão que o time tentou resolver, portanto testaram alguns pacotes aerodinâmicos para descobrir o que poderia ajudar no seu avanço, mas muita coisa acabou não dando certo.
Os motores fornecidos pela Mercedes, não foram realmente o maior problema, principalmente nas primeiras etapas já que os abandonos que ocorreram com Lance Stroll foram culpa do próprio canadense que ainda estava se adaptando à equipe e por fim bateu o carro em alguns testes e provas.
Paddy Lowe acabou retornando como diretor-técnico nesta temporada, mas não teve participação no desenvolvimento do carro de 2017, por isso algumas peças que vimos ser testadas ao longo deste ano já estavam relacionadas ao desenvolvimento do projeto para o ano seguinte, quando efetivamente Lowe vai conseguir mostrar um carro em que ele teve a participação no seu desenvolvimento.
lll Felipe Massa Vs. Lance Stroll
O brasileiro acabou sendo desaposentado depois que a Mercedes fez a contratação de Valtteri Bottas para substituir Nico Rosberg. Defendendo mais um ano a Williams, Massa não teve novamente uma temporada boa, terminando com apenas 3 pontos de vantagem em relação ao seu companheiro de equipe. O desempenho do piloto se deu muito pelo equipamento que foi fornecido para ele e também aliado um pouco ao seu azar, como na prova no Canadá em que Massa teve a traseira do seu carro acertada por Carlos Sainz, e não estava se quer perto do espanhol, ou em Baku onde a equipe teve a maior chance de pontuar com os dois carros e o brasileiro acabou enfrentando problemas e não completou a prova. A experiência de Felipe Massa contou muito em 2017, conseguindo se manter na frente de Stroll por 13 vezes e pontuando em mais corridas que o canadense.
Lance Stroll levou mais tempo para se adaptar ao carro e a confiança do piloto no seu próprio trabalho também demorou a aparecer. Após a conquista do seu terceiro lugar na temporada, no GP do Azerbaijão, o jovem canadense terminou mais provas e também foi possível conhecer um melhor desempenho. Não deixou de ser arrojado, mesmo que o seu jeito de guiar na pista tenha sido julgado algumas vezes.
Os dois pilotos não tiveram uma temporada melhor justamente por causa do carro e no caso de Stroll, como já mencionado a cima, por causa da sua confiança que o atrapalhou um pouco. Por pagar pela vaga da equipe, ele foi extremamente contestado e tinha que provar seu valor rapidamente, mas não foi isso que vimos acontecer.
lll Em 2018
Lowe, ao retornar para a equipe, começou a fazer algumas mudanças internas que prometem melhorar o desempenho do time nas pistas e também internamente. O segredo para aumentar a confiança está nesta reorganização, portanto a parceria entre Ed Wood e Jason Somerville, foi desfeita e agora o desenhista-chefe (Wood) está sob orientação de um novo especialista de aerodinâmica, Dirk de Beer, um dos responsáveis pelo modelo utilizado pela Ferrari nesta temporada e o Lowe coordenando todo o projeto.
O time ainda não decidiu quem vai compor a dupla do próximo ano, um dos grandes nomes é Robert Kubica que acabou treinando em Abu Dhabi em testes que a equipe adaptou para o próprio polonês. O dinheiro que Kubica pode trazer, ajudará diretamente nas melhorias do carro e equipamentos que vão ser usados em 2018. A ideia é que a partir do momento que os resultados começarem a aparecer, o montante disponível para o desenvolvimento do projeto surgirá da mesma forma, pois vai chamar a atenção de patrocinadores e também trazer um pouco mais de verba ao final do ano.