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Wehrlein fatura título da 10ª temporada da Fórmula E; Rowland vence e-Prix de Londres

Jaguar tenta, mas falha com Cassidy e Evans e Wehrlein aproveita oportunidade para conquistar título com a Porsche na Fórmula E

Pascal Wehrlein se tornou o campeão da 10ª temporada da Fórmula E. O alemão assumiu a liderança no sábado em Londres com a vitória conquistada, em um momento que Nick Cassidy não conseguiu fazer a corrida esperada e Mitch Evans não sustentou a performance do piloto da Porsche.

Ao longo dos últimos anos, Wehrlein teve a sensação de participar da disputa do título da Fórmula E, mas como no ano passado, algumas coisas fugiram do controle e o piloto perdeu desempenho no momento que mais precisava brigar pelas primeiras posições e capitalizar pontos. Nesse ano o competidor tentou ser o mais eficiente para coletar pontos, faturou a sua terceira vitória no sábado e mais confiante perseguiu a dupla da Jaguar no que foi o duelo decisivo da temporada.

Os últimos instantes do e-Prix deste domingo foram de tirar o fôlego, na batalha que se desenhava em pista e na utilização do Modo Ataque. Vários episódios de tensão surgiram até a bandeirada acontecer.

Evans até terminou a corrida na terceira posição, mas Wehrlein obteve os pontos que eram precisos cruzando a linha de chegada na segunda posição.

Oliver Rowland que em um momento deste campeonato também brigou pelo título, lutou pela vitória, complicando o resultado de Evans. Rowland surgiu como uma bala, ultrapassou o piloto da Jaguar e conseguiu se sustentar na liderança, quando o adversário tentava se livrar do Modo Ataque.

Os três postulantes ao título chegaram para o último confronto separado por apenas sete pontos, prometendo ser um grande duelo neste último embate. E realmente tivemos uma grande prova.

A Jaguar leva o título da temporada como equipe, mas é a Porsche que celebra ao lado de Wehrlein o grande resultado de 2024.

Saiba como foi o e-Prix de Londres – FINAL

Antes de tudo, tanto Wehrlein, como Mitch Evans e Nick Cassidy mereciam os títulos, os pilotos passaram por muita coisa ao longo dos últimos campeonatos. A Fórmula E tem a fama de ser uma competição muito acirrada e difícil, com corridas tão movimentadas que é inevitável não participar de uma certa flutuação de desempenho ao longo do campeonato.

Cassidy faturou a pole para a segunda prova do domingo, tendo certa vantagem por começar a corrida na ponta. O piloto neozelandês fez o possível para ter esse resultado, depois de um sábado um tanto desastroso, fazendo uma prova para conter danos.


Evans se classificou logo atrás de Max Günther que ocupava a segunda posição na largada e ainda na curva 1 do circuito, Evans foi decisivo e saltou para o segundo lugar, formando uma dobradinha para a equipe. Eles já tinham um norte para direcionar a prova.

Os duelos aconteciam, acirrados no meio do pelotão por conta da proximidade. O Safety Car então apareceu em pista, quando Jake Dennis e Edoardo Mortara se chocaram na segunda volta.

A corrida foi neutralizada no quinto giro, com Cassidy liderando a prova. Evans permanecia próximo do companheiro de equipe, deixando que o competidor soubesse que ele estava por perto.

Na sequência Wehrlein fez a ultrapassagem em Günther e os três postulantes ao título se enfrentavam diretamente em pista.

O Safety Car apareceu mais uma vez no traçado durante a sétima volta, quando Jehan Daruvala acertou Sam Bird, empurrando o piloto da McLaren para o meio do pelotão. Ticktum e Nato também foram atrapalhados pelo entreveiro que ocorreu à frente.

A prova retornou ao normal da décima volta e mais uma vez Cassidy fazia o trabalho de sustentar a dianteira, com Evans e Wehlerin logo atrás.

Depois do trabalho realizado pela Porsche no sábado, restava saber se a Jaguar seguiria com a estratégia de usar o Modo Ataque já no começo da corrida. Então Cassidy respondeu à dúvida, o piloto neozelandês foi buscar a potência extra, mas não foi superado pelos adversários.

Pouco depois, na volta 13, Cassidy fez a sua segunda ativação de Modo Ataque, caindo para trás de Wehrlein então Evans assumiu a liderança com a Jaguar. A corrida do domingo seria um pouco mais curta do que aquela planejada para o sábado, mas as equipes estavam atentas com o uso da energia e a Porsche mostrava mais uma vez que estava mais acertada.

A prova seguiu e na volta 18, Oliver Rowland subiu para o no lugar, tentando participar da briga dos pontos. Duas voltas depois, Wehrlein tentava fazer as suas investidas para atacar Evans, mas o neozelandês apostava em um traçado defensivo para sustentar a ponta.

Então foi a vez de Antonio Felix da Costa trabalhar pelo seu companheiro de equipe, já que suas chances de duelar pelo título acabaram com o abandono do sábado. O bom português subiu para a quinta posição no giro 22, para participar do confronto.

Duas voltas depois, novamente a bateria e a diferença entre os competidores chamava a atenção. Wehrlein contava com 3% de vantagem para Evans, mas o piloto da Jaguar seguia na ponta. Evans foi alertado pela direção de prova de sua postura defensiva e a mudança de direção que estava realizando.

No giro 29 e com o final da prova se aproximando, Evans e Wehrlein ainda contavam com o Modo Ataque. No entanto, foi outro competidor que chamou a atenção, Cassidy viu as suas chances de brigar pelo título acabarem de uma vez, depois que o piloto foi atingido por Günther. O neozelandês foi lançado ao pit-lane e aproveitou para passar por reparos. A Jaguar até devolveu o competidor para a pista, mas a corrida tinha acabado e pouco depois optaram por recolher o equipamento.

Evans e Wehrlein ainda precisavam fazer duas ativações de Modo Ataque e os pilotos de lançaram para a zona de Modo Ataque, mas elas não pegaram, pois o Safety Car tinha entrado instantes antes por conta do incidente Günther-Cassidy.

Na volta 31 a corrida foi reestabelecida, a direção de prova pouco depois notificou que a prova contaria com três voltas adicionais. Evans e Wehrlein foram cumprir a ativação obrigatória e Oliver Rowland assumiu a liderança. Da Costa fez o papel de escudeiro para atrapalhar Sébastien Buemi e não deixar o competidor atrapalhar Wehrlein.

Rowland foi conduzindo na ponta, mas precisou devolver a posição para Evans, pois a sua ultrapassagem nos líderes ocorreu com a presença do Safety Car em pista. A prova seguiu e na volta 33, Evans e Wehrlein foram mais uma vez para o Modo Ataque, novamente o piloto da Jaguar perdeu a liderança.

O neozelandês então foi instruído a deixar Rowland na ponta, pois eles estavam no limite do Modo Ataque, se cruzassem a linha de chegada com a potência extra ainda ativa, uma punição seria aplicada ao competidor. Rowland fez a sua prova em seu ritmo, cruzando a linha de chegada na ponta, Evans faturou o terceiro lugar, mas não obteve o ponto da volta mais rápida que poderia lhe dar o título.

Wehrlein terminou de usar o Modo Ataque quando estava próximo da linha de chegada, faturando a segunda posição foi sagrado o campeão da 10ª temporada.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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