A prova na Cidade do México foi mais uma daquelas corridas mornas, a prova teve poucos momentos com emoção. Max Verstappen venceu, depois da Red Bull performar muito bem com os pneus médios, enquanto o W13 não estava rendendo com os pneus duros. Novamente o GP da Cidade do México é marcado por ser uma corrida de estratégia, mas com poucos duelos pela pista.
A Mercedes fez uma aposta, quando optou por estratégia diferente daquela trabalhada pela Red Bull. Os carros da equipe alemã trabalharam muito bem na classificação, mas ainda falta um pouco de desempenho em ritmo de corrida.
A Pirelli apostava na estratégia de duas paradas, porém, no ano passado os times deram preferência por uma única troca de pneus, onde muitos começaram a corrida com os compostos médios e fizeram a troca para os pneus duros.
Perdendo cerca de 22 segundos em cada parada, não compensava para muitos pilotos realizar uma segunda troca de pneus. Mesmo com a distância que foi ampliando ao longo da prova entre os competidores, para muitos ela era apenas uma zona de segurança para não ser atacado, mas não perdia uma segunda troca sem grandes danos. Os pneus macios foram avaliados ao longo do fim de semana e entraram na estratégia de alguns times como uma opção para o começo da prova.
LEIA MAIS: Mercedes tenta, mas Max Verstappen supera equipe alemã e vence GP da Cidade do México
Como o circuito do México é um traçado curto e rápido, não demorou muito para ver os pilotos abrindo distância para os rivais, onde não era possível abrir o DRS para disputar posições. Mas ainda tivemos algumas batalhas como a de Esteban Ocon e Valtteri Bottas, além da dupla da Alpine com Daniel Ricciardo.
Foram 12 pilotos começando a prova com os pneus macios, enquanto oito apostaram nos compostos médios. O calor e alta temperatura fizeram parte de todo o fim de semana da Fórmula 1 no México.
Os Pneus da Rodada
A Pirelli selecionou a gama de pneus intermediários para o GP da Cidade do México, com a intensão dos times adicionarem os pneus macios em suas estratégias. De fato, a escolha funcionou, a zona de operação dos pneus médios e macios praticamente se equivaleram no começo da prova, desta forma, poucos competidores apostaram na estratégia de duas paradas.
Na sexta-feira os times avaliaram os pneus macios da Pirelli de 2023, mas os tempos eram bem altos quando comparados as marcas que os pilotos conquistaram durante a classificação, com os pneus C4 (macios) de 2022.
Duro (C2 – faixa branca): como no ano passado o pneu duro entrou na estratégia de alguns times, podendo fornecer uma durabilidade maior, principalmente para aqueles que estavam cientes de realizar apenas uma parada.
Lewis Hamilton terminou a prova no segundo lugar, a Mercedes acreditava que os pneus duros ajudariam o piloto britânico a caçar Max Verstappen mais para o final da prova, porém, o desempenho do W13 com esse composto não rendeu como o esperado. Hamilton que deveria ir se aproximando de Verstappen ao longo das voltas, foi se distanciando do rival, perdendo performance e brigando com o carro. Os pneus médios eram ideais para a Mercedes, mas eles usaram o composto no primeiro stint.
Antes da troca de pneus de George Russell, a Mercedes acreditava que o seu carro estava performando bem com os pneus duros, mas depois que fez a mesma instalação de pneus no carro de Russell, se deu conta que fora um erro. O britânico passou parte da prova reclamando do desempenho do carro com os pneus duros, mas foi mantido na pista, mesmo com uma boa distância entre ele e Carlos Sainz. Na volta 69, Russell se encaminhou para os boxes, instalou os pneus macios e foi em busca da volta mais rápida e do ponto que é concedido por ela.
Os pneus duros foram considerados em apenas sete estratégias. Valtteri Bottas foi o único que terminou a prova usando pneus duros que foram usados nos treinos livres;
Médio (C3 – faixa amarela): os pneus macios fizeram parte da estratégia de Max Verstappen, o piloto começou a corrida com os pneus macios e após 25 voltas substituiu os compostos por pneus médios novos, conseguindo completar a prova fazendo o uso deles.
Foi aquele jogo principalmente de evitar erros e conservar os compostos até o final da prova. Em estratégia semelhante, a dupla da Ferrari garantiu o quinto e o sexto lugar com Carlos Sainz e Charles Leclerc respectivamente.
Os pneus médios forneceram aderência e contribuíram para stints mais longos no começo da corrida, como Daniel Ricciardo que completou 44 voltas com os pneus médios depois da largada, ou Pierre Gasly que completou 40 voltas com eles e ainda Zhou Guanyu que fez 45 giros com os compostos médios.
A dupla da Red Bull, Ferrari e Mick Schumacher também foram pilotos que apostaram nos pneus médios para o final da prova;
Macios (C4 – faixa vermelha): os pneus macios foram uma boa aposta para começar a prova, ao longo do fim de semana foi possível atestar a durabilidade desses compostos e como eles estavam rendendo, diversos times conseguiram incluir eles nas estratégias.
Na volta 23 os pilotos que largaram com esse composto, começaram a realizar as suas paradas, mas Sebastian Vettel permaneceu na pista até o giro 38, antes de fazer a sua troca de pneus. E pneu macio também foi uma opção para os pilotos terminar a prova. Com o tanque mais baixo a sua performance era melhor, garantia aderência e um consumo menor.
A Fórmula 1 retorna no dia 11 de novembro, com o primeiro TL1 sendo realizado em Interlagos, dando início ao fim de semana com Sprint em São Paulo.
“Ver como todos os três compostos deram aos pilotos e equipes a chance de abordar a corrida em uma espécie de jogo de xadrez estratégico na pista e no pit-wall dos boxes é obviamente uma fonte de satisfação para nós. Foram várias as estratégias, todas baseadas nas capacidades individuais de optimização dos pneus, sendo os médios protagonistas e os duros e macios também a desempenharem um papel fundamental, apresentando forte performance e desgaste limitado. Tudo se resumiu a um duelo estratégico entre as duas equipes que conseguiram tirar o máximo proveito dos pneus durante todo o fim de semana”, afirma Mario Isola.
“Isso é particularmente significativo para nós, especialmente após 15 dias intensos em dois testes dos pneus protótipo de 2023 para coletar dados sobre os compostos duros e macios em Austin e na Cidade do México, respectivamente, bem como os comentários das verdadeiras estrelas – os pilotos – que demonstraram entusiasmo e verdadeiro envolvimento na análise de todos os tópicos que surgiram, até à noite de sexta-feira do segundo teste. Parabéns à Red Bull e Max Verstappen por sua vitória e um novo recorde de 14 vitórias em uma temporada, na frente do público único do México.”