Max Verstappen conquistou os seus primeiros pontos na Arábia Saudita, mas não foi tão simples para o holandês que começou a prova da quarta posição.
Grande parte do grid começou a prova com os pneus médios, contando com mais aderência no início da prova, pois estes compostos conseguem atingir a temperatura ideal de forma mais rápida. Verstappen saltou para a terceira posição no início da prova, pois Charles Leclerc fechou o próprio companheiro de equipe, mas este não foi o ponto de virada da prova.
No décimo quinto giro, a Ferrari blefou, induzindo a Red Bull a realizar a sua parada com Sergio Pérez. Charles Leclerc permaneceu por mais uma na pista e deu sorte, pois neste momento Nicholas Latifi tinha batido no muro de contenção e provocou a entrada do Safety Car. O monegasco foi chamado para os boxes, como estava na liderança, permaneceu na ponta.
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Quando a corrida foi reestabelecida, Verstappen estava atrás de Leclerc, então eles começaram a se enfrentar, pois o holandês usou o DRS várias vezes para buscar a liderança da prova. Leclerc parecia estar com um carro mais equilibrado, conseguiu estabelecer uma distância para o holandês e comandar a ponta, até que o Virtual Safety Car ativo na volta 37 voltou a mudar o rumo da prova.
Verstappen conseguiu se aproximar de Leclerc quando a bandeira verde foi dada, a distância entre eles reduziu rapidamente e o holandês teve mais uma oportunidade de usar o DRS. Depois de muitas investidas, Verstappen fez a ultrapassagem na volta 47, depois administrou a liderança para vencer o GP.
A prova foi resumida em uma parada, onde as dezesseis voltas foram realizadas com os pneus médios e como muitos não pensavam em uma nova parada, completaram a corrida realizando um longo stint de pneus duros. A degradação dos pneus aconteceu, mas por não ser uma pista tão abrasiva, conseguiram trabalhar o desempenho dos compostos para fazer uma prova com apenas uma parada.
Os pneus da rodada
C2 (duros – faixa branca): esse pneu foi o composto chave para a prova, assim como no ano passado quando correram em Jeddah pela primeira vez, ele foi importante para garantir apenas uma parada. Com a degradação baixa, permitiu os pilotos lutarem em vários momentos da prova, principalmente vimos um duelo entre Max Verstappen e Charles Leclerc que perdurou por algumas voltas.
Apenas Kevin Magnussen, Lewis Hamilton e Nico Hülkenberg, começaram a sua corrida com os pneus duros. Infelizmente a corrida de Lewis Hamilton foi prejudicada pela própria equipe que perdeu o momento ideal para chamá-lo aos boxes. No momento que o virtual Safety Car foi ativo, era para Hamilton ter entrado nos boxes, antes que o pit-lane fosse fechado, o piloto só foi comunicado quando já tinha passado pela entrada, desta forma só pode trocar os pneus na volta 40, partindo para os compostos médios, contando com um pouco mais de aderência e eficiência nas últimas voltas da prova.
C3 (médio – faixa amarela): foi o pneu escolhido por grande parte dos times para realizar uma largada mais confortável, contando com aderência e um composto que atinge a temperatura ideal de forma mais rápida. Como a prova é realizada já na noite Saudita, as temperaturas estavam mais baixas, assim o nível de degradação é reduzido.
C4 (macio – faixa vermelha): não foram usados na corrida e agora como o grid têm a liberdade para escolher os pneus que desejam para a largada, os compostos macios foram esquecidos nesta prova. Este foi o primeiro GP que eles foram testados, pois no Bahrein a Pirelli ofereceu a gama mais dura.
“Mais uma vez, em condições completamente diferentes do Bahrein em termos de layout e características da pista, vimos os carros da nova era capazes de seguir e passar uns aos outros com ótimas batalhas na pista: o que também se deve aos novos pneus. O duro foi o composto chave para a corrida desta noite, com forte desempenho e degradação quase zero, como provado pela volta mais rápida de Charles Leclerc a apenas duas do final em um composto bem usado. O médio também teve uma degradação bastante baixa, contribuindo para a estratégia de uma parada que achamos que seria a mais rápida e ajudando a proporcionar uma corrida emocionante do início ao fim. A volta mais rápida da corrida também foi menos de um segundo mais lenta que a volta equivalente no mesmo composto no ano passado”, disse Mario Isola ao final do GP da Arábia Saudita.